Expresso Bolsa
O Ibovespa terminou a quarta com uma alta de 0,20%, atingindo os 120,3k. O mercado reagiu com dúvida se a Rússia vai de fato reduzir suas atuações militares na Ucrânia, o que provocou nova alta nos preços do petróleo e trazem novas preocupações com a inflação global.
Além disso, houve um avanço do preço do minério, o que fez as mineradoras e siderúrgicas juntamente com as petroleiras a empurrarem o índice para o positivo.
O que aconteceu no Mercado?
❌ Petrobras (PETR4): Petrobras publica seu relatório 20-F com alteração nos possíveis riscos corporativos
Preços, sempre eles: A empresa publicou uma atualização do seu formulário de referência, mencionando a possibilidade de alteração na política de preços da cia.
Normas, são normas! O documento menciona o uso do conselho de administração com possível ferramenta para aplicação de uma nova política de preços.
Nada de novo. Não achamos que tal fator de risco já não fosse reconhecido pelo mercado. Atualmente, PETR4 negocia ao redor de 2,6x EV/EBITDA 22E – um múltiplo descontado em relação aos pares internacionais. Não achamos que tal evento consiga trazer oscilações relevantes nas ações da empresa.
VALE3
Tesla assina acordo com Vale
A Tesla fechou um acordo com a Vale para fornecimento de níquel pelas operações da mineradora no Canadá. Isso é visto como uma solução encontrada pela montadora para contornar o problema de escassez do metal. Com as sanções contra a Rússia, o preço do níquel disparou o que torna a questão desse metal ainda mais delicada. Para a Vale, isso faz parte do seu planejamento em aumentar sua participação no mercado de veículos elétricos dos atuais 5% para 30% a 40% nos próximos anos. (Valor e Genial)
BRML3
Briga
A brMalls enviou ao Cade um pedido para evitar que a Aliansce Sonae exerça direitos políticos na companhia. Caso o Cade aceite o pedido, a Aliansce não teria direito de voto no conselho de administração da brMalls. A Aliansce vem comprando ações da brMalls há 3 meses, atingindo ~11% das ações, o que torna a concorrente na maior acionista da brMalls e lhe oferece direito de indicar nomes para o conselho de administração. O argumento enviado ao Cade é que a compra de mais de 10% das ações e o ativismo societário via conselho de administração representaria um ato de concentração. (Exame e Genial)
ALSO3
Sem pressa
Na teleconferência de resultados, a Aliansce Sonae declarou não ter pressa em finalmente chegar a um acordo com a brMalls, mas ainda vê mérito e espera que a transação seja firmada. A resposta foi dada em questionamento à visão de que as ações de ambas as companhias não negociam fundamentos por conta do “vai-não-vai” da transação. A expectativa de fusão já se arrasta há 3 meses. (Aliansce Sonae e Genial)
TELECOM
Falta de regras pode atrasar o cronograma 5G
A ausência de uma regulamentação atualizada para o compartilhamento de rede entre empresas de telecom e distribuidoras de energia pode atrasar a implantação do 5G no Brasil, segundo Eduardo Rossi da ANEEL. A proposta de compartilhamento de postes, feita junto a Anatel está em consulta pública que será encerrada em 18/abril. A tecnologia 5G faz um uso intensivo da infraestrutura de postes, sendo imprescindível que a regulamentação se adapte às novas necessidades do setor.(Valor e Genial)
BPAC11
Nova compra
O BTG firmou acordo para adquirir o banco Econômico, encerrando a liquidação instaurada em 1996. Segundo o BTG a compra faz parte da sua estratégia de investimento de situações especiais, focada na aquisição e recuperação de créditos inadimplentes e ativos alternativos. Potencialmente o BTG conseguirá utilizar o prejuízo fiscal do Econômico para reduzir sua alíquota e obter um saldo positivo dos ativos e passivos do banco. O valor da transação não foi divulgado (Valor, Braziljournal e Genial)
AÉREAS
Azul e Gol seguem pressionadas
A Petrobras deve anunciar um novo reajuste para o querosene de aviação (QAV) nesta semana. O reajuste deve refletir num aumento de cerca de 17% no preço do combustível. O insumo representa atualmente cerca de 50% do custo das aéreas. (Genial e O Globo)
De olho na economia
Os investimentos estão de volta: privatização do porto de Vitória teve forte concorrência
Após uma dura disputa entre a Quadra Capital e o braço de infraestrutura da Vinci Partners, em consórcio com a empreiteira Serveng, a Quadra arrematou a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) com um lance de R$ 106 milhões.
O modelo agrega a venda da estatal associada à concessão dos serviços públicos dos portos de Vitória e Barra do Riacho. Foi a primeira privatização de uma autoridade portuária na história do país. O contrato é de 35 anos e o vencedor tem o compromisso de adquirir as ações da Codesa por R$ 326 milhões, pagar R$ 186 milhões em 25 outorgas anuais e investir R$ 855 milhões no prazo do contrato. É a primeira privatização portuária de uma série que inclui, entre outros, Itaguaí, São Sebastião e Santos.
A forte disputa mostra a atratividade dos leilões de privatização realizados pelo governo brasileiro nos últimos dois anos. Nossa avaliação é que o grande número de reformas estruturais implementadas desde 2016, que melhoraram o ambiente de negócios e o funcionamento dos mercados, está tornando o Brasil mais atraente ao capital privado, com consequente aumento da taxa de investimentos.
Entre 2019 e 2021, a taxa de investimento do Brasil passou de 15,5% para 19,2% do PIB. A continuidade das reformas no próximo governo é fundamental para intensificar este processo.
Enquanto isso, na política, O candidato do PSDB João Doria pretende desistir de disputar a presidência. Acreditamos que deve ser formada uma nova chapa unindo o PSDB e MDB com Eduardo Leite e Simone Tebet.
