Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta terça-feira, 23 de dezembro.
Já é Natal? O ano passou voando!
Amanhã, o mercado de ações não abrirá devido ao feriado nacional, desejamos um Feliz Natal a todos!
Resumo do dia
O mercado entra na última sessão antes do Natal em compasso de espera, com atenção dividida entre política, inflação e câmbio. O destaque do dia é a primeira entrevista de Jair Bolsonaro desde a prisão, marcada para as 13h, com investidores atentos a possíveis sinais sobre a estratégia da direita para 2026, envolvendo Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. No macro, o Banco Central volta a atuar no câmbio com leilões de linha após o dólar testar R$5,60 na véspera, enquanto o IPCA-15 deve mostrar leve aceleração mensal, reduzindo ainda mais as apostas em um corte da Selic já em janeiro.
No exterior, o clima é de acomodação após o rali recente. As bolsas globais operam de lado, com o S&P 500 próximo das máximas históricas e alívio marginal nos yields dos Treasuries antes de uma bateria de dados dos EUA, incluindo PIB e confiança do consumidor. O dólar recua pelo segundo dia consecutivo, enquanto o ouro renova recordes em meio à expectativa de cortes de juros mais à frente. Entre as commodities, o petróleo segue estável, o minério de ferro cede levemente e o cobre continua rondando novas máximas históricas.
No noticiário corporativo, a agenda segue cheia mesmo às vésperas do feriado. A Aegea confirmou que estuda um IPO, a Azul anunciou uma oferta de ações de R$7,44 bilhões dentro do seu plano de reestruturação, e empresas seguem aprovando dividendos e JCP, o que mantém o tema das remessas no radar do mercado. Com a agenda doméstica carregada, volatilidade política latente e liquidez reduzida típica de fim de ano, o tom do pregão tende a ser mais defensivo, com investidores evitando movimentos grandes antes da pausa de Natal.
Amanhã os mercados brasileiros não abrem.
Feliz Natal a todos! Boa semana e boas festas 🎄
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa recuou 0,21% nesta segunda-feira, aos 158.141,65 pontos. No cenário doméstico, a saída de recursos pressionou o câmbio, com o dólar comercial subindo mais de 1,0%, movimento que se refletiu também na alta dos juros futuros ao longo de toda a curva. O pano de fundo político voltou a pesar, com investidores reagindo à consolidação do nome de Flávio Bolsonaro no campo da oposição, tema que manteve o mercado cauteloso mesmo às vésperas do Natal. Em contraponto, dados econômicos trouxeram algum alívio, com melhora nas expectativas de inflação captadas pela pesquisa do BC e pelo Focus.
Juros futuros: Fecharam em alta, acompanhando a pressão cambial com o dólar acima de R$ 5,60 e os yields das Treasuries em alta, enquanto a curva reduziu a precificação de corte da Selic em janeiro diante do aumento das incertezas e das projeções mais elevadas no Focus.
Mundo: Bolsas globais operam de lado após rali recente, com S&P 500 próximo de máxima histórica e índices da Europa em alta pontual, em meio a posicionamento para o fim de ano, refletindo liquidez sazonal e otimismo dos investidores.
Minério de ferro: Minério de ferro recua em Singapura para a faixa de US$ 104 por tonelada, e cobre se aproxima de US$ 12.000 perto de nova máxima histórica.
Petróleo: Petróleo opera de lado, com Brent perto de US$ 62 após ganhos recentes atribuídos à tensão entre EUA e Venezuela.
De Olho nas Aços
🔴 Intenção de voto para presidente | Avaliação do governo | Dezembro 2025 | PodQuaest
🔴 Primo Pobre: como largar as dívidas e se tornar um investidor de verdade | Podcast Genial Analisa
Destaques
☕️ Expresso Bolsa Semanal: Incerteza política no Brasil, CPI no menor nível desde 2021
Semana marcada por incerteza política no Brasil: pesquisa com Lula à frente levou a fuga de ativos locais. Ibovespa teve uma das piores performances globais, curva de juros se esticou. No exterior, CPI dos EUA cai e Fed sinaliza novos cortes.
Economia
Por José Marcio Camargo
Certezas e incertezas
O final de 2025 tem sido marcado por uma elevação da volatilidade observada tanto na bolsa de valores quanto na curva de juros, refletindo um cenário de maior incerteza doméstica. O principal ponto de incerteza gira em torno da corrida presidencial de 2026, sobretudo no que diz respeito à convergencia ou não da direita em torno de uma candidatura única.
⌕ Leia o relatório completo aqui.
As principais notícias do dia 23/12/25
🏦 Seguradoras 23/12/2025
BBSE3 | Dados Susep de Out/25
O que aconteceu? Em outubro de 2025, a BB Seguridade registrou queda de -16,9% a/a nos prêmios emitidos, impactada pelo Prestamista (-16,3% a/a) e Rural (-22,8% a/a), pressionado pelo forte recuo do Agrícola (-40,5% a/a) e do Vida Produtor Rural (-24,2% a/a). Em contrapartida, destacaram-se positivamente os ramos de Residencial (+8,9% a/a) e Empresarial (+26,3% a/a). Em previdência, as contribuições recuaram -32,5% a/a, refletindo principalmente a redução do ticket médio, enquanto as reservas avançaram +8,4% a/a. Já em capitalização, a arrecadação caiu -2,2% a/a, impactada pela menor venda de títulos de pagamento único. (BB Seguridade e Genial)
Opinião Genial: Os dados de outubro reforçam o cenário desafiador da unidade de Seguros, com retração relevante dos prêmios emitidos, em linha com o impacto do agro e do prestamista. No acumulado do ano, a dinâmica segue abaixo do guidance da companhia, que prevê variação entre -4% e +1%, reforçando a dificuldade de retomada no curto prazo.
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 47,00
🏦 Seguradoras 23/12/2025
PSSA3 | Dados SUSEP de Out/25
O que aconteceu? Em outubro de 2025, a Porto registrou prêmios diretos de R$ 1,34 bilhão em seguro auto (-2,5% a/a), enquanto os prêmios ganhos avançaram +3,1% a/a, para R$ 1,37 bilhão. A sinistralidade subiu +0,8pp a/a, atingindo 59,1%, em linha com a alta observada no mercado ex-Porto (+1,2pp a/a). Já o índice de comissionamento avançou +0,5pp a/a, para 21,9%. Nos ramos de Patrimonial e Transportes, os prêmios diretos somaram R$ 0,31 bilhão (+14,8% a/a), com sinistralidade de 35,4% (+6,8 pp a/a). Em Vida, os prêmios diretos atingiram R$ 0,17 bilhões (+21,4% a/a), enquanto a sinistralidade ficou em 44,6% (+8,8pp a/a). (Porto e Genial)
Opinião Genial: Os dados de outubro seguem mostrando pressão no crescimento de prêmios e leve aumento de sinistralidade no seguro auto, em linha com a dinâmica do setor, mas com crescimento consistente nos segmentos de maior rentabilidade, como Patrimonial, Transporte e Vida.
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 69,00
🏦 Seguradoras 23/12/2025
CXSE3 | Dados SUSEP de Out/25
O que aconteceu? Em outubro de 2025, a Caixa Seguridade registrou contribuição bruta acumulada em previdência de R$ 21,8 bilhões (+2,6% a/a), enquanto as reservas avançaram para R$ 194,1 bilhões (+14,7% a/a). Na capitalização, a arrecadação mensal atingiu R$ 179,1 milhões (+37,8% a/a), com crescimento acumulado de +25,4% a/a. Em seguros, os prêmios emitidos totalizaram R$ 831,6 milhões (-1,8% a/a), com destaque negativo para o Prestamista, que recuou -46,7% a/a. A sinistralidade total ficou em 23,4%, queda de -4,7pp a/a. (Caixa Seguridade e Genial)
⚡ Energia Elétrica | 23/12/2025
Enel São Paulo | Companhia descarta venda da distribuidora
O que aconteceu? A Enel informou que não pretende vender sua operação de distribuição em São Paulo, apesar da pressão política e regulatória após os apagões recentes. A empresa reafirmou compromisso com investimentos para melhoria da rede, destacando planos de reforço em infraestrutura e digitalização. A decisão ocorre em meio a discussões sobre caducidade do contrato, pedidos de intervenção e suspensão da renovação antecipada por decisão judicial. (Valor e Genial)
Opinião Genial: A negativa da venda indica que a Enel aposta na manutenção da concessão, mesmo diante do risco regulatório elevado. Como mencionamos anteriormente, a concessão da Enel em São Paulo pode se tornar uma oportunidade de M&A para outros players do setor a depender do desenrolar dos acontecimentos.
🏗️ Imobiliário 23/12/2025
IGTI11 | Dividendos intercalares
O que aconteceu? A Iguatemi comunicou a antecipação do pagamento de dividendos no montante total de R$ 200 milhões, referentes ao período entre 1º de janeiro de 2025 e 30 de setembro de 2025, com base no balanço patrimonial e nas demonstrações financeiras levantadas em 30 de setembro de 2025. Os dividendos serão pagos de forma parcelada, em quatro parcelas iguais ao longo de 2026, com datas de corte em 19/02, 14/04, 15/07 e 15/10, e pagamentos previstos, respectivamente, para 05/03, 29/04, 29/07 e 29/10. O valor por ação ordinária será de R$ 0,024 por parcela, por ação preferencial de R$ 0,072 e por Unit de R$ 0,17. As ações passarão a ser negociadas ex-dividendos a partir do dia seguinte a cada data de corte. (Iguatemi e Genial)
🏗️ Imobiliário 23/12/2025
PLPL3 | Dividendos intercalares
O que aconteceu? A Plano & Plano informou que foi aprovada a distribuição de dividendos intercalares no montante total de R$ 100 milhões, o que corresponde a aproximadamente R$ 0,49 por ação ordinária, resultando em um dividend yield de 3,6% com base no fechamento do dia 23/12/2025. Terão direito ao recebimento os acionistas posicionados em 29/12/2025, com as ações passando a ser negociadas ex-dividendos a partir de 30/12/2025. O pagamento dos dividendos está previsto para 01/07/2026. (Plano & Plano e Genial)
🛒 Consumo 23/12/2025
ALPA4 | Alpargatas (Havaianas) cai ~3% após polêmica em campanha
O que aconteceu? As ações da Alpargatas (ALPA4) caíram cerca de 2,4% a 3% no pregão de 22/12/2025 (perda de R$ 150-200 milhões em valor de mercado), pressionadas por repercussão negativa de campanha publicitária de fim de ano da Havaianas, estrelada por Fernanda Torres e lançada no final de semana. A peça motivacional (“não comece 2026 com o pé direito, comece com os dois pés”) foi interpretada por parte do público de direita como viés político, gerando críticas, vídeos de boicote (ex: Eduardo Bolsonaro jogando chinelos no lixo) e chamadas para boicote nas redes. (Exame, Valor Investe, O Globo, Estadão e Genial)
