Newsletter Genial Bom Dia

Análises, notícias e recomendações para as principais ações da bolsa de valores. A Newsletter Genial Bom dia é a dose de informação diária de todo o investidor, com conteúdo sobre economia, ações, empresas, criptos e muito mais!

Publicado em 14 de Novembro às 09:05:00

⚠️ O aumento de gastos

  • Ibovespa

    112.253

    (2,26%)

    Fechamento

  • Bitcoin

    16.754

    (1,35%)

    Mercado 24h

  • S&P 500

    3.992

    (0,92%)

    Futuro

  • Dólar

    5,32

    (-0,01%)

    Fechamento

  • Nasdaq

    11.817

    (1,82%)

    Futuro

  • U.S. 10Y Treasury

    3,88

    (0,38%)

    Mercado 24h

Temporada de resultados do 3º trimestre tem seus ‘suspiros finais’ nesta semana

Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Boa Safra (SOJA3), BMG (BMGB4), Alupar (ALUP11), Oi (OIBR3) e Azul (AZUL4).

Expresso Bolsa

O Ibovespa fechou a sexta-feira em alta de +2,25%, alcançando os 112,2k. Mesmo com a valorização do último pregão, o índice brasileiro perdeu -5% na última semana, em virtude do noticiário político relacionado a medidas para o próximo governo Lula. O dia foi marcado por notícias da China, em que foi confirmada uma flexibilização na política de Covid Zero. Isso impulsionou os papéis ligados a exportação, com CSN (CSNA3) +16,8%, JBS (JBSS3) +11,92% e Usiminas (USIM5) +10,58% puxando o esforço positivo do dia.

Novos relatórios

🌱 Boa Safra Sementes (SOJA3) | 3T22: Apesar do atraso, positivo
Apesar do crescimento de receita, a Boa Safra Sementes divulgou números apenas satisfatórios no 3T22. Atraso de produção e preços de soja elevados comprometeram as margens, mas gostamos da tese olhando adiante. Confira nossa análise completa. 

🏦 BMG (BMGB4) | Resultado 3T22: Imposto ajudou o lucro. Melhoras a partir de 4T22
O BMG registrou no 3T22 lucro similar aos trimestres passados reportando o valor de R$ 53b, em linha com as nossas expectativas. Mas o lucro teve uma ajudinha. Olhando para frente, esperando que o lucro tenho uma dinâmica melhor à partir do 4T22. Confira nossa análise completa. 

O que aconteceu no Mercado?

ALUPAR (ALUP11): Política de dividendos finalmente anunciada!

É disso que o povo gosta! Alupar passará a distribuir pelo menos 50% do seu lucro regulatório (que é mais próximo ao fluxo de caixa) com base nos resultados trimestrais. Pagamento será em até 60 dias!

Como? Tal notícia é muito interessante, por que mostra que desde o ciclo de investimentos que começou em 2016, a empresa já amadureceu tais projetos e pode se dar ao luxo de distribuir mais proventos!

Comparação! Para além dos recursos a serem recebidos pelos acionistas, vale mencionar que ALUP11 sempre foi menos generosa em proventos vs TAEE11/TRPL4. Em nossa leitura, tal evento deve fazer com o mercado precifique a empresa com melhor generosidade em relação aos seus pares.

OIBR3 Manter
Bancos querem prorrogar recuperação judicial

Os bancos nacionais, Caixa Econômica, Itaú e Banco do Brasil pediram para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) não encerrar a recuperação judicial da Oi enquanto não receberem os valores devidos pela Companhia, questionando a capacidade futura da tele de quitar suas obrigações, principalmente depois de se desfazer da maior parte de sua operação, com a venda da Oi Móvel e o controle da V.tal. A operadora, no entanto, diz que só é obrigada a iniciar o pagamento em 2024, e que possui plena capacidade de honrar com seus credores, mas enquanto nenhuma decisão judicial é tomada, o pedido se mantém em aberto. (Telesíntese e Genial)

EMPÍRICA
Investindo em Fintechs e Startups

A Empírica que é uma gestora de renda fixa e crédito estruturado, realizou a emissão de um FIDC (fundo de investimento em direito creditório) no valor de R$ 100m, os recursos serão destinados para à aquisição de Fintechs e Startups. (Valor e Genial)

AZUL4
Dados de tráfego de outubro

Em outubro, o volume total de passageiros transportados (RPK) da Azul foi de 2,6b, +11% a/a e +3,9% m/m. A oferta total de assento (ASK) foi de 3,4b, +18,1% a/a e +6,4 m/m%. Tivemos uma taxa de ocupação substancialmente menor, finalizando o mês em 77,2% contra 82,1% no mesmo mês do ano passado. Mesmo superando os patamares de 2019, a constante queda nessa taxa nos faz julgar os dados como neutros, dado que uma diminuição da ocupação pode refletir em quedas de tarifas. Ainda enxergamos um cenário incerto para as companhias aéreas, principalmente no que tange ao desdobramento das eleições e o cenário fiscal brasileiro, podendo impactar os preços do câmbio e consequentemente prejudicar as companhias do setor de aviação. (Azul e Genial)

De olho na economia

Aumentar gastos e o fim da independência do BC: a receita para o crescimento?
As manchetes dos últimos dias focaram em questões econômicas do próximo governo Lula, sobretudo no que diz respeito ao volume dos gastos necessários para cumprir as promessas eleitorais e a composição da equipe econômica. O discurso durante a campanha eleitoral era focado na necessidade de promover a retomada do crescimento em detrimento à “hipervalorização do equilíbrio fiscal”. Esta avaliação é uma crítica ao debate orçamentário atual, caracterizando-o como uma busca por um equilíbrio fiscal a todo custo deixando de lado temas importantes como a inclusão social e a sustentabilidade.

No plano econômico do próximo governo é defendida a “consistência macroeconômica”. Esta é caracterizada pela ideia de que a política monetária e a fiscal não devem atuar de maneira independente, exigindo uma coordenação entre elas. De acordo com esta visão, a independência entre as políticas faz com que, em momentos de expansão fiscal, a política monetária contracionista seja responsável por desacelerar a economia e agravar o pagamento de juros da dívida, prejudicando a impressão de controle das contas públicas com o aumento do pagamento de juros da dívida. Esta é uma dura crítica ao atual modelo de política monetária em que há independência do Banco Central, responsável por corrigir, através da taxa de juros, quaisquer desequilíbrios do lado fiscal.

A pergunta que fica é: será que sob um arcabouço de maiores gastos e coordenação entre a política monetária e fiscal o Brasil conseguirá se livrar dos anos de “voo de galinha”? Infelizmente a resposta é que muito provavelmente não. O trem da alegria de gastos e o fim do ciclo positivo de commodities será responsável por um impacto de cerca de meio trilhão de reais no resultado primário do próximo ano se todas as promessas forem cumpridas. Nesse contexto, de elevação do risco fiscal, é natural que o investimento estrangeiro seja canalizado para outros países, principalmente se tivermos uma coordenação entre a política fiscal e a monetária, que seja responsável por reduzir a taxa de juros.

Neste arcabouço, a taxa de investimento (que está em 19% do PIB) deve recuar novamente para os 15% observados durante 2015-2017. A fuga de capital estrangeiro será responsável por uma desvalorização cambial, que em última instância se traduz em inflação. Da mesma forma, a fuga impactará a demanda estrangeira por títulos do governo, tornando mais difícil a rolagem da dívida sem a correção dos prêmios de risco. Em última instância, o pagamento é feito através de emissão monetária, ou seja, mais inflação.

Moral da história: focar em gastos públicos e acabar com a independência do Banco Central pode até soar como a receita para o crescimento econômico sustentado. Um sonho. Porém, ao acordar, ficará claro que a realidade é mais dura e que esse pensamento na realidade é uma receita para o desastre.

Renda Fixa

Mais um dia em que os ativos globais tiveram desempenho positivo, porém, localmente a questão fiscal segue elevando os prêmios de risco da renda fixa.

Com isso, as curvas de juros fecharam com alta em suas taxas, com destaque para o miolo da curva subindo 35 bps.

O mercado já precifica cerca de 50bps de alta na Taxa Selic nas próximas reuniões do Copom. Acreditamos que o plano de voo do BCB seja manter os juros estáveis, em patamar alto, por mais tempo.

Cripto

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