Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Cielo (CIEL3), Petrobras (PETR4), Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), MRV (MRVE3), BrasilAgro (AGRO3) e BRF (BRFS3).
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de +1,46%, alcançando os 118,3k. Ao longo do dia, o mercado reagiu a divulgação do IGP-M, que contraiu -1,93% m/m. Já após o final do pregão, o CMN decidiu que as metas de inflação para 2024 e 2025 se mantiveram em 3%, mas alteraram o regime para meta contínua.
Juros futuros: As treasuries americanas com vencimentos intermediários abriram 20bps após a divulgação do PIB trimestral de +2,0% que surpreendeu positivamente. Os dados resilientes dos EUA propiciam a retomada do ciclo de aperto monetário pelo FED. Os juros locais fecharam levemente após a criação de empregos ter sido pior do que o esperado. Amanhã, teremos a divulgação da taxa de desemprego e a projeção da Genial é 8,3%.
Mundo: Os rendimentos dos títulos americanos e europeus estão ampliando fortemente a alta motivada na quinta-feira por dados robustos do PIB e de emprego nos EUA. O mercado de swaps agora aponta para uma probabilidade de quase 50% de uma segunda elevação da taxa pelo Federal Reserve até o final do ano. No entanto, apesar da cautela com a inflação e do risco de novos apertos monetários em grandes economias, as bolsas europeias e os futuros de Nova York estão em alta no encerramento do segundo trimestre. No mercado de commodities, o minério de ferro está recuando em Singapura após o aviso das principais siderúrgicas chinesas de que o setor enfrentará um segundo semestre desafiador, com uma demanda abaixo do esperado, queda da lucratividade e pressão para cortes de custos. Por outro lado, o petróleo está tentando registrar a terceira alta consecutiva.
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De olho na economia
Como esperado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu ontem manter a meta para a inflação em 3,0% ao ano até 2026 e, ao mesmo tempo, mudar o regime de metas para a inflação no país a partir de 2025, abandonando a meta no ano calendário e passando a adotar uma meta contínua… Saiba mais.
Ações
CIEL3 – Mudança no conselho
A Cielo divulgou que o Vice-presidente (VP) do Conselho de Administração (CA), José Forni, renunciou ao cargo e será substituído por José Sasseron, indicado pelo acionista controlador (BB Elo Cartões). Sasseron foi diretor de seguridade da Previ, além de ter atuado no CA da Vale e da Fras-le. Atualmente é VP de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil. (Cielo e Genial)
Nossa visão: COMPRAR. Não esperamos que a estratégia de gestão adotada pela empresa será alterada com essa mudança no conselho de administração. Confira nossa visão completa para a Cielo.
PCAR3 – Oferta recusada
O GPA informou que rejeitou a oferta não solicitada recebida de Jaime Gilinski para adquirir a totalidade da sua participação no Almacenes Éxito. O Conselho de Administração considerou o preço oferecido insatisfatório em termos financeiros e não no melhor interesse da GPA e de seus acionistas. A transação de segregação dos negócios entre GPA e Éxito segue em andamento, dependendo apenas da conclusão do programa de ADRs junto à SEC e das aprovações regulatórias colombianas para sua conclusão. (GPA e Genial)
Nossa visão: MANTER. Conforme comentamos ontem, víamos a venda como positiva para varejista brasileira. Acreditamos que a venda da participação no Éxito seria menos burocrática do que o spin off que segue em curso. Vemos essa decisão como negativa.
MRVE3 – Resia vende projeto
A Resia, braço da MRV nos EUA, vendeu um projeto no valor de US$ 77m. A venda se deu a uma margem bruta de 22%, o que implica em um resultado líquido de US$ 17m. O cap rate da transação foi calculado em 5,6%. (MRV e Genial)
Nossa visão: COMPRAR. A notícia é marginalmente positiva. Por um lado o lucro da operação deixa a desejar, sendo praticada abaixo da expectativa de margem bruta de 29%. Por outro, o simples fato de existir demanda continuada pelos empreendimentos da Resia mesmo com o atual cenário do mercado imobiliário americano, demonstra a resiliência do segmento de atuação da marca. A viabilidade de 29% de margem (que deve implicar em cap rate de ~5%) é uma média, ou seja, em momentos ruins de mercado podemos ver margens praticadas mais baixas, enquanto em momentos mais típicos as margens devem ser superiores, como era o caso nos últimos anos, com média de 34%.
AGRO3 – Venda de fazenda
A BrasilAgro anunciou que vendeu uma área total de 4.408 hectares (3.202 hectares úteis) da Fazenda, o valor da venda é de 298 sacas de soja por hectare útil ou R$121,9 milhões (~R$38.069/ha útil). O tempo médio de recebimento desta venda é de 2,79 anos. A TIR esperada, em reais, nessa transação é de 16,0% ao ano. (Brasil Agro e Genial)
Nossa visão: COMPRAR. Vemos como positiva a venda da fazenda, já que a empresa conseguiu vender por um preço atraente para a região e com uma TIR alta.
BRFS3 – Follow-on à vista
A BRF divulgou que vai realizar uma oferta de ações (follow-on) em 3 de julho, com o objetivo de receber investimentos da Salic, fundo soberano da Arábia Saudita, e da Marfrig. Essa operação resultará em um aporte de R$ 4,5b na BRF, com contribuições iguais da Salic e da Marfrig. Após a conclusão da transação, a participação da Marfrig na BRF aumentará de 33% para 38,7%, enquanto a Salic se tornará detentora de 16% da empresa. (BRF e Genial)
Nossa visão: MANTER. Vemos como positiva essa notícia, dado que a BRF está com um alto nível de endividamento e pouca geração de caixa.
SHEIN – IPO à vista
De acordo com a Reuters, a Shein, avaliada em US$ 60b, apresentou às autoridades regulatórias americanas um pedido para fazer seu IPO na bolsa de Nova York. Caso a operação seja bem-sucedida, a Shein pode se se tornar a empresa chinesa de maior valorização a abrir seu capital no país desde 2021. A varejista submeteu confidencialmente o seu registro de IPO à SEC. Segundo fontes, a estreia no mercado poderá acontecer antes do término de 2023. (Reuters e Genial)
Nossa visão: Caso o IPO seja realizado, a injeção de capital na companhia tornará ela ainda mais competitiva, podendo impactar negativamente as varejistas de vestuário brasileiras, especialmente CEAB3, LREN3 e GUAR3.
SHEIN – Inicio da produção no Brasil
A empresa brasileira Coteminas vai iniciar a produção de roupas para a Shein a partir de julho, em sua fábrica em Macaíba no Rio Grande do Norte. A parceria faz parte do compromisso da empresa chinesa de trazer parte de sua produção para o Brasil, como alternativa à possível tarifação de seus produtos pelo governo brasileiro. A Shein planeja estabelecer uma rede com milhares de fabricantes têxteis no país e exportar para toda a América Latina. (Reuters e Genial)