
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta quinta-feira, 17 de julho.
Na edição de hoje
Se o Pix virou orgulho nacional, agora também virou alvo: os EUA abriram investigação alegando “desvantagem comercial”.
O STF restaurou o aumento do IOF com efeito retroativo, revalidando a medida do governo Lula e atingindo desde MEIs até grandes empresas, passando por câmbio e cartões internacionais. Um alívio veio para o varejo: o “risco sacado” ficou de fora.
Enquanto isso, o Ibovespa caminha na corda bamba entre juros longos pressionados, IBC-Br fraco e mais um round na disputa do IOF. Mas nem tudo é tropeço: o minério sobe com estímulos na China e o petróleo volta a respirar.
Nessa edição, o investidor pode se debruçar sobre as expectativas de números que podem vir por aí: Gerdau encara margens espremidas no Brasil, mas deve mostrar força lá fora. Já o Assaí segue sem banquete, mas com “sustança” suficiente para manter a firmeza — e com estimativas revisadas pra cima.
Nem só de geopolítica vive o investidor — tem muito movimento no micro também. E tudo isso está na edição de hoje.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa fechou em leve alta de 0,19% nesta quarta-feira, aos 135.510,99 pontos, em sessão volátil marcada pelo vencimento de opções sobre o índice e pelo monitoramento de impasses políticos e comerciais. No radar, seguiram as tensões em torno das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, enquanto no cenário doméstico pesaram as incertezas fiscais ligadas à disputa entre Executivo e Congresso sobre o IOF.
Juros futuros: Fecharam em alta especialmente na ponta longa, com pressão das tarifas fora EUA e pesquisa da Genial/Quaest mostrando maior força de Lula. O DI com vencimento em janeiro/2026 fechou em estabilidade a 14,94%. Já os DIs com vencimentos em janeiro/2027 e janeiro/2029 fecharam em alta de 4 e 11 pontos-base, respectivamente.
Mundo: Dólar se fortalece com compradores que aproveitam os preços em baixa em meio à redução das apostas em cortes de juros do Fed. Mercados foram atingidos na véspera por notícia de que Trump planejaria demitir Powell do comando do Fed.
Minério de ferro: Minério de ferro estende ganhos com os comerciantes encorajados pela promessa da China de reduzir o excesso de concorrência e a capacidade obsoleta, apesar da perspectiva de enfraquecimento da demanda do mercado de aço.
Petróleo: Petróleo sobe após queda na esteira da oscilação do dólar com especulações sobre o comando do Fed.
Em Destaque
O que esperar da incorporação do RBRL11 e RDLI11 pelo XPGL11?
Usiminas (USIM5) | Prévia 2T25: Alinhamento de astros não deve ser suficiente
Auren (AURE3) | Principais Destaques do Dia do Investidor!
Novos Conteúdos
Gerdau (GGBR4) | Prévia 2T25: Dois lados da mesma moeda
O destaque positivo será a América do Norte, em contraste com pressões no Brasil, projetamos uma Receita de R$17,6b Est. (+1,5% t/t; +6,1% a/a), e o EBITDA deve totalizar R$2,5b Est. (+5,1% t/t; -3,8% a/a), refletindo a combinação entre melhora no mix de vendas e controle de custos na América do Norte, diante de um ambiente favorável após as tarifas, frente à pressão de preços e maiores custos operacionais no Brasil.
Assaí (ASAI3) | Prévia 2T25: Ainda não é um banquete, mas tem “sustança”
Com inflação alimentar próxima dos dois dígitos, o consumo segue fragilizado — mas o básico bem feito ainda entrega resultado. Nesta prévia do 2T25, revisamos as estimativas para frente e elevamos o preço-alvo, refletindo um operacional mais forte e um resultado financeiro menos pesado nos próximos anos.
Economia
Por José Marcio Camargo
Vale a pena tentar
A reação inicial do governo brasileiro diante da decisão do Presidente Donald Trump de penalizar o Brasil com uma tarifa de 50% sobre todas as exportações do país para os Estados Unidos, não foi muito promissora.
De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 17/07/25
🎯 Macro 17/07/2025
PIX | EUA inicia investigação sobre sistemas de pagamento
O que aconteceu? Os Estados Unidos, sob a liderança de Trump, iniciaram uma investigação via o USTR (Representante de Comércio dos EUA) para apurar se práticas brasileiras nos sistemas de pagamento digital, como o Pix, seriam “comerciais desleais”, favorecendo meios domésticos em detrimento de empresas norte-americanas como Apple Pay e Google Pay — modelo parecido com questionamentos anteriores contra o sistema de QR Code da Indonésia. (G1 e Genial)
🎯 Macro 17/07/2025
STF mantém aumento do IOF com efeito retroativo
O que aconteceu? O ministro Alexandre de Moraes suspendeu a suspensão do decreto do governo Lula que elevou a alíquota do IOF, restabelecendo a cobrança desde a edição da medida, com efeitos “ex tunc” e afetando desde microempreendedores até grandes empresas, além de operações de câmbio, cartão internacional e previdência VGBL. Foi excluída a incidência sobre o chamado “risco sacado”, utilizada por varejistas em antecipações de recebíveis. A decisão já está em vigor e valerá para operações realizadas durante o período em que o Congresso havia derrubado o decreto. (Poder360 e Genial)
🛒 Varejo 17/07/2025
Fluxo em lojas físicas cresce 4,5% no 1º semestre e projeta alta de +17% no 2º semestre
O que aconteceu? O movimento de visitantes em lojas físicas aumentou 4,5% no 1º semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, segundo o Índice de Intenção de Compra no Varejo (IICV) da Seed Digital. Mesmo com a retração expressiva em junho — reflexo da cautela do consumidor e eventos climáticos no Sul — o semestre fechou positivo e reforça a expectativa de um segundo semestre ainda mais forte, com alta projetada de +17%, impulsionado por datas comerciais como Dia dos Pais, Black Friday e Natal. (Mercado & Consumo e Genial)
🚚 Transporte 17/07/2025
Aportes em rodovias federais chegam a R$97 bi em renegociações
O que aconteceu? Os aportes em rodovias federais alcançaram R$97 bi em renegociações. Esses investimentos incluem faixas adicionais, passarelas, túneis e outras obras de infraestrutura. Dos 14 contratos solicitados para renegociações, apenas 2 não foram aceitos pelo órgão regulador, ANTT. (Valor e Genial)
Opinião Genial: Tal medida reafirma a iniciativa dos órgãos reguladores e federais em aumentar a celeridade dos processos de renegociações. Com a pandemia, muitas concessões sofreram impactos operacionais que inviabilizaram os investimentos em diversas concessões. Além disso, outros projetos licitados há mais de uma década, apresentavam estimativas irreais com o cenário atual. Tanto Motiva, com a concessão MSVia, quanto a Ecorodovias, com a concessão Eco101, já foram beneficiadas esse ano com o processo de renegociação.