
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 07 de fevereiro.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: Encerrou o pregão de quinta-feira (06) em alta, impulsionado por Vale e pelo setor de bancos. A mineradora foi influenciada positivamente pelo preço do minério de ferro, enquanto os bancos são destaques após o começo da temporada de resultados. Itaú começou o dia no vermelho com preocupações com o novo guidance para 2025, mas virou para alta após o call de resultados.
Juros futuros: Encerraram o pregão da quinta-feira (06) em alta na ponta longa, enquanto os vértices mais curtos ficaram no zero a zero. O leilão de títulos prefixados ofertados pelo tesouro nacional pressionou a curva nos seus pontos mais longos, jogando as taxas para cima. O DI/Jan 26 passou de 14,97% para 14,93%, já o DI de Jan/31 foi de 14,58% para 14,64%.
Mundo: Bolsas europeias e futuros de ações dos EUA operam de lado antes do payroll de janeiro, que deve influenciar as apostas sobre o rumo das taxas de juros.
Minério de ferro: Minério de ferro e cobre sobem, impulsionados por uma revisão do Goldman Sachs, que elevou sua previsão de preço médio do minério para US$ 100 a tonelada no primeiro semestre, citando um “tom benigno” das medidas de Washington até agora.
Petróleo: Petróleo registra alta moderada, mas caminha para uma queda semanal, em meio a preocupações de que as tarifas de Trump contra a China possam prejudicar a demanda global, apesar de novas sanções ao Irã.
Em Destaque
Brasil Agro (AGRO3) | Resultado 2T25AF: Cana adoça os números
Multiplan (MULT3) | Resultado 4T24: Forte, apesar de levemente abaixo da nossa expectativa
Brava (BRAV3) | Dados de produção Jan/25 + Boas expectativas para o 1T25
Novos Conteúdos
TIM (TIMS3) | Prévia 4T24 e Visão 2025: Crescimento sustentado pelo pós-pago, mas desafios no pré-pago
Para o 4T24, esperamos que a TIM apresente uma receita líquida de R$ 6,6 bilhões (4,6% a/a), embora desacelerado devido ao fraco desempenho do pré-pago, que deve registrar queda de 8% a/a, e à retração nos serviços fixos. Por outro lado, o pós-pago continua como o principal impulsionador de crescimento, sustentando uma expansão de 5,6% no EBITDA. No entanto, o aumento nas vendas de aparelhos, subsidiadas pela empresa, pode pressionar a margem. Para 2025, projetamos uma boa performance, mas destacamos riscos, como o impacto da inflação sobre os reajustes no pré-pago e a intensificação da concorrência, especialmente após a mudança de gestão na Claro e suas ofertas agressivas.
Vivo (VIVT3) | Prévia 4T24 e Visão 2025: Pós-pago forte, mas inflação preocupa
Para o 4T24, projetamos uma receita de R$ 14,5 bilhões (+7,2% a/a), impulsionada pelo forte crescimento do pós-pago (+11,0% a/a) e promoções no segmento de aparelhos (+7,0%). O EBITDA esperado é de R$ 6,2 bilhões (+6,9% a/a), com leve queda na margem devido ao mix de receita. Para 2025, vemos continuidade no crescimento do pós-pago, mas destacamos riscos como inflação, concorrência mais agressiva da Claro e a entrada do Nubank, embora este último tenha impacto limitado no curto prazo.
Inter (INBR32) | Resultado 4T24: Lucro Avança 82% com Melhora da Eficiência e PDD
O Banco Inter encerrou o 4T24 com um lucro líquido de R$ 275 milhões, aumento de +13,4% t/t e +82,3% a/a. Continuando seu ambicioso plano de melhora de rentabilidade, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) atingiu 13,2% (+1,20 pp t/t e +4,31 pp a/a). O índice de eficiência melhorou de 50,7% no 3T24 para 50,1% no 4T24. Com isso, o Lucro Antes do Imposto (EBT) acelerou, crescendo +15,8% t/t e +63% a/a.
Lojas Renner (LREN3) | Prévia 4T24 e Visão 2025: Uma escolha segura!
Acreditamos em uma entrega operacional robusta, impulsionando mais um forte aumento do lucro líquido (+18% a/a Est. Genial), apesar da forte base comparativa – que contempla um efeito positivo de R$ 153 milhões de reconhecimento em créditos tributários. Para 2025, vemos a Renner bem-posicionada para navegar um cenário macroeconômico mais desafiador ao longo do 2º semestre, beneficiada por sua posição de caixa líquido e tendências positivas para as vendas no 1º semestre.
Economia
Por José Marcio Camargo
Indústria brasileira cresce 3,1% em 2024 a despeito de um 4º trimestre de contração
A Produção Industrial Mensal (PIM) registrou recuo de 0,3% m/m em dezembro, surpreendendo positivamente o consenso de mercado que esperava uma queda ainda mais acentuada. Apesar disso, a indústria registrou o terceiro mês consecutivo de queda, levando a média móvel trimestral a um recuo de 0,4% em dezembro e a uma queda acumulada de 1,2% no 4º trimestre de 2024 (-0,2% m/m em outubro, -0,7% m/m em novembro e -0,3% m/m em dezembro), confirmando as expectativas de arrefecimento da economia brasileira no período. Um resultado negativo dessa magnitude não ocorria desde o 1º trimestre de 2021, ainda sob os efeitos da pandemia de covid-19.
De olho nas Ações
Bradesco (BBDC4) | Resultado 4T24: 4T em linha, com recuperação gradual em 2025
Nossa leitura dos resultados do Bradesco no 4T24 veio em linha com nossas expectativas, confirmando a recuperação bem gradual da rentabilidade. O banco reportou um lucro recorrente de R$ 5,4b (+3,4% t/t, +87,7% a/a), ligeiramente acima do consenso, com ROAE de 12,7% (+0,3pp t/t, +5,8pp a/a). O desempenho foi impulsionado pela queda nas provisões (PDD), melhora da margem com clientes e pelo resultado da tesouraria (trading). A carteira de crédito expandida cresceu +4,0% t/t e +11,9% a/a, com destaque para crédito imobiliário, rural, pessoal e PME. A inadimplência (>90 dias) recuou 0,2pp t/t e 1,1pp a/a, refletindo maior controle do risco de crédito. As receitas cresceram +5,4% t/t e +7,9% a/a, mas as despesas seguem acima da inflação, pressionadas por investimentos em tecnologia e reestruturação. Para 2025, o guidance aponta um lucro de R$ 22,3 bilhões (+13,8% a/a), reforçando a tendência de recuperação gradual.
As principais notícias do dia 07/02/25
🛒 Varejo
CRFB3 | Península avalia venda de participação no Carrefour Brasil
O que aconteceu? Segundo o Valor, o Península, family office da família Diniz, iniciou sondagens com bancos para vender sua participação de 7,3% no Carrefour Brasil, equivalente a R$ 992,8 milhões. A venda deve ser realizada via block trade, dada a liquidez das ações e o volume da posição. A família Diniz também detém uma fatia de 8,83% do Carrefour na bolsa de Paris, e pode optar por vender primeiro essa participação. (Pipeline e Genial)
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 7,50
🏦 Seguradoras
Setor de seguros cresce +12,2% em 2024
O que aconteceu? O setor de seguros cresceu +12,2% a/a em 2024, com as arrecadações atingindo R$ 435,5b, segundo dados antecipados ao Valor. A CNseg projeta crescimento de +8,8% para 2025, desconsiderando saúde, ficando abaixo dos 10% pela primeira vez desde 2021. Nos últimos quatro anos, o setor manteve expansão de dois dígitos. (Valor e Genial)
Opinião Genial: A desaceleração do crescimento do setor reflete um ambiente macroeconômico mais desafiador, marcado por taxas de juros elevadas e pressões inflacionárias. Esse contexto tende a frear a emissão de prêmios, resultando em um ritmo de crescimento mais moderado em 2025.
🏭 Mineração e Siderurgia
VALE3 | Vale assume controle total da Baovale
O que aconteceu? A Vale adquiriu os 50% restantes da joint venture Baovale, anteriormente pertencentes à Baoshan Iron & Steel Co., assumindo 100% do controle da empresa. Criada em 2001, a JV previa uma opção de compra pela Vale após 20 anos, agora exercida. A transação inclui mina e usina de beneficiamento no complexo Água Limpa (MG) e ainda aguarda aprovação do Cade. O valor da transação não foi divulgado, mas no 3T24 a participação foi reportada pela Vale em R$135 milhões (Pipeline e Genial).
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$65,60
⛽ Óleo e gás
Prio (PRIO3) | Empresa nega rumor de aquisição de 60% de Peregrino
O que aconteceu? Via fato relevante, a empresa confirmou ter o interesse de adquirir a fatia restante de 60% do campo de Peregrino. Entretanto, não existe nenhuma tratativa neste momento. (Prio e Genial)
Opinião Genial: Em nossa leitura, é tudo uma questão de tempo. Com a aquisição recente fatia de 40% de Peregrino, a empresa deve começar 2025 com uma alavancagem de 1,2x Dívida Líquida/EBITDA e encerrar o ano com endividamento em praticamente zero – momento esse que novas aquisições devem voltar a ser discutidas, em nossa leitura.
Recomendação: COMPRAR
Preço-Alvo: R$70
🖥️ Tecnologia
AMZO34 | Amazon cai 5% no after-market com guidance frustrando
O que aconteceu? A Amazon reportou lucro de US$20b (US$1,86/ação) vs. US$1,49 esperados e receita de US$187,79b vs. US$187,30b no 4T23. No entanto, o guidance frustrou, com previsão de US$151b-US$155,5b, abaixo dos US$158,5b projetados, impactado por câmbio adverso. AWS cresceu 19% a/a e publicidade, 18% a/a, enquanto margens melhoraram. A empresa prevê US$100b em capex para 2025, impulsionado por investimentos em IA. A ação caiu 5% no after-market. (CNBC e Genial)
Recomendação: Sem cobertura
🔧 Infraestrutura
CCRO3 | CCR reporta queda no lucro e aumento na alavancagem
O que aconteceu? A CCR teve queda de 61% no lucro líquido, para R$218m, impactado por reequilíbrios financeiros. A receita caiu 15% a/a, mas, sem efeitos não recorrentes, cresceu 9% a/a. O Ebitda ajustado avançou 5%a/a, enquanto a alavancagem subiu para 3,3x com a dívida líquida em R$27,3b. Investimentos aumentaram 15% a/a, chegando a R$2,36b, refletindo a expansão dos projetos, apesar do impacto nos resultados. (Valor e Genial)
Recomendação: Sem cobertura
🛫 Indústria Aérea
EMBR3 | Embraer tem de demanda acima de 11x a oferta em oferta de bonds
O que aconteceu? A Embraer emitiu US$650m em bonds de 10 anos, acima dos US$500m previstos, após demanda superar US$7b. O yield caiu de 190 bps para 158 bps sobre o Treasury, fechando em 6,02%. A emissão não eleva a dívida, pois será usada para recompras de bonds 2027 e 2028, estendendo o duration do passivo para quase 6 anos. (Brazil Journal e Genial)
Recomendação: Sem cobertura