Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Carrefour (CRFB3), SLC (SLCE3), JSL (JSLG3), Americanas (AMER3), Itaú (ITUB4), Caixa, Oi (OIBR3), Magazine Luiza (MGLU3) e BrasilAgro (AGRO3).
Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de +4,29%, alcançando os 106,2k. A última sessão foi marcada por um forte otimismo no mercado local. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu +0,71% no mês de março, vs. aceleração de 0,84% no mês de fevereiro. A divulgação abaixo da expectativa do mercado trouxe fôlego aos papéis do principal índice da bolsa brasileira. Os juros futuros também tiveram um dia positivo, fechando o dia em queda em todos os horizontes.
Novos relatórios
Carrefour (CRFB3) | Prévia 1T23: O primeiro prejuízo desde 2019?
Acompanhamento mensal commodities agronegócio – WASDE (USDA)
Logística | Prévia de Resultados 1T23: JSLG3
O que aconteceu no mercado?
Grupo Carrefour (CRFB3): Acordo para redução do preço de aquisição do BIG
O que aconteceu? O Carrefour Brasil anunciou um acordo com os principais vendedores de uma redução no valor de aquisição do Grupo BIG de até R$ 1b, a ser ajustado pelo CDI, em contrapartida à quitação de certas obrigações. Com isso, o valor da aquisição sai de R$ 7,5b para aproximadamente R$ 6,5b.
O que foi acordado? Os montantes serão pagos ao Carrefour em três parcelas, sendo uma parcela fixa de R$ 350m que foi paga à companhia na data deste anúncio, uma parcela de R$ 550m que será paga até 31/05/2024 e uma parcela variável, calculada segundo métrica estabelecida entre as partes, no valor de até R$ 100m, que deverá ser paga até a data do pagamento final da transação (31/05/2024).
Nossa visão. O fato relevante é positivo para diminuição da alavancagem financeira da companhia. O ajuste dos aditivos contratuais não traz relação com a performance das lojas do BIG, não impacta as sinergias de R$ 2b anunciadas inicialmente e nem deve trazer impactos de provisionamento para o Carrefour, ao menos em análise preliminar.
AMER3
Trégua nas disputas judiciais
A Americanas comunicou que concordou com alguns de seus credores financeiros na suspensão temporária de suas disputas judiciais em curso, permitindo que as partes foquem esforços em uma negociação de um Plano de Recuperação Judicial aceitável para a maior parte dos credores da empresa e que viabilize a continuidade operacional da Americanas. De acordo com a companhia, a expectativa é que, durante esse período, as negociações consigam levar a um plano que tenha o apoio da maior parcela possível de seus credores e que possa ser submetido a uma Assembleia Geral de Credores dentro do prazo estabelecido legalmente. (Americanas e Genial)
ITUB4
Ganho de participação na Copel!
O Itaú divulgou um acordo com o Governo do Estado do Paraná, sujeito à homologação do Supremo Tribunal Federal, pelo qual o banco receberá R$ 1,7b referente a dívida contraída pelo Estado há mais de 20 anos e que possui como garantia ações de emissão da Copel. A liberação das ações será feita a medida que o pagamento for feito ao longo de 2 anos. Esperamos um ganho com essa ação dado que o crédito já tinha sido write-off. (Itaú e Genial)
PAGAMENTOS
Início da Meta nos meios de pagamentos
O WhatsApp deu iniciou as operações de pagamentos de pessoas para empresas através do aplicativo. A nova funcionalidade contará com 15 bancos e 3 empresas de adquirência, no qual a Cielo detém exclusividade na transferência de pessoas para pessoas. (Broadcast, Valor e Genial)
CAIXA
Crédito imobiliário
A Caixa aumentou a taxa do crédito imobiliário em 0,5pp, oferecendo taxas que partem de 8,99% + tr e vão até 9,99% + tr. O movimentou ocorreu devido aos saques realizados na poupança, fazendo com que companhia tivesse que buscar outros meios de captação como as LCIs que acabaram elevando seu custo de funding. (Estão e Genial)
MINERAÇÃO
Pacote de estímulos da China e ciclone em porto na Austrália devem fazer preço no curto prazo
Acreditamos que dois acontecimentos recentes devem suportar os altos preços das referências para o minério de ferro no curto prazo: (i) governo chinês com planos para injetar US$1,8t (trilhões) diretamente em grandes projetos de construção, a fim de estimular sua economia que é dependente de infraestrutura, e (ii) a expectativa de que um ciclone pode afetar o porto mais importante da Austrália, grande exportadora de minério, causando uma diminuição da oferta temporariamente. Apesar disso, reforçamos nossa tese para o médio prazo, com estimativa de US$95/t para a commodity ferrosa até o final de 2023. (Bloomberg e Genial)
OIBR3
Justiça autoriza empréstimo de US$ 275 milhões à Oi
O juiz Fernando Viana autorizou a Oi a captar emergencialmente empréstimo de US$ 275 milhões com seus principais credores e dar como garantia ações na V.tal; a Companhia alegou que, sem o dinheiro, havia risco para as atividades regulares do grupo já neste mês de abril. O dinheiro captado pelo financiamento DIP, tem duração de um ano e juros de 23% e deve servir para pagar salários e atender obrigações de curto prazo. A dívida será quitado pela operadora com a tomada de novo empréstimo após a aprovação pelos credores do plano de recuperação judicial previsto para ser apresentado em maio. (Telesíntese e Genial)
VAREJO
Taxação de remessas internacionais
O governo federal decidiu acabar com a regra que isenta de imposto os envios internacionais com valor menor do que US$ 50, podendo atingir as compras em lojas como a Shein, Shopee e AliExpress. O anúncio vem depois do Fernando Haddad afirmar que estuda formas de taxar as plataformas internacionais de varejo para aumentar a arrecadação do governo e alegar que a evasão representava uma concorrência desleal para companhias nacionais, prejudicando varejistas brasileiras. O anúncio feito não implica na criação de uma nova taxa. A Receita irá disponibilizar um sistema eletrônico para que o exportador registre informações sobre os itens enviados e passará a cobrar multa em casos de envios com subfaturamento ou dados incompletos. O possível impacto sobre as varejistas como Shein, Shopee e AliExpress ainda não é totalmente conhecido. (Valor e Genial)
MGLU3
Contratação de peso
Segundo o Neofeed, Carlos Mauad, que ocupa o cargo de presidente do Banco Carrefour, deverá deixar a instituição financeira para assumir a posição de diretor executivo de Serviços Financeiros no Magazine Luiza. A mudança acontece em um momento de expansão da Fintech do Magalu, que tem buscado se tornar uma referência em finanças. (Neofeed e Genial)
AGRO3
Venda de áreas de fazenda em Goiás
Em fato relevante, a BrasilAgro comunicou ontem, a venda de áreas remanescentes de uma fazenda de sua posse em Goiás, por R$ 417,8m. A fazenda, denominada Fazenda Araucária e localizada em Mineiros (GO), havia sido adquirida pela companhia em 2007, por R$ 76m, e rendeu, ao todo, R$ 602m para a BrasilAgro, equivalente a uma TIR de 16,2%. Com esta venda anunciada ontem, o ciclo da Fazenda Araucária dentro do portfólio da companhia foi encerrado. (BrasilAgro e Genial)
FRIGORÍFICOS
Exportações de carne bovina recuaram 20% em março
As exportações de carne bovina brasileira recuaram 20,0% em março em relação ao mesmo período de 2022, atingindo um volume de 162,8k toneladas, gerando uma receita de US$ 1,12b, declínio de 37,0% a/a, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Assim, no acumulado do 1T23, o volume exportado alcançou 498,9k toneladas (-8,0% a/a), e a receita, US$ 2,25b (-22,0% a/a). Estes dados mais fracos refletem, principalmente, o embargo chinês nas exportações de carne bovina brasileira, o qual durou 29 dias do 1T23. (Valor e Genial)
FRIGORÍFICOS
Exportações de carne suína cresceram 16,9% em março
As exportações de carne suína brasileira avançaram 16,9% em março em comparação ao mesmo período de 2022, alcançando um volume 91,5k toneladas, gerando uma receita de US$ 248,9m, crescimento de 30,8% a/a, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Assim, no acumulado do 1T23, o volume exportado atingiu 274,8k toneladas (+15,7% a/a), e a receita, US$ 646,3m (+29,6% a/a). Estes dados mais fortes refletem o fato de 8 dos 10 maiores importadores da carne suína brasileira terem aumentado suas compras no 1T23, consequência do impacto de problemas sanitários e altos custos de produção na oferta de outros países. (Valor e Genial)
De olho na economia
IPCA mostra desaceleração com composição positiva
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou um desempenho bastante positivo no mês de março, tanto no índice cheio quanto na composição. O índice cheio apresentou variação de 0,71% no mês, contra expectativas de 0,77% dos analistas e desacelerando em relação ao mês de fevereiro quanto atingiu 0,84%. É o menor índice para o mês desde janeiro de 2021. Em doze meses, o indicador acumula variação de 4,65%, abaixo do teto do intervalo de metas para a inflação.
Além da desaceleração no índice cheio, vários componentes do índice também mostraram desaceleração. Os serviços caíram de 1,41% para 0,25%, os serviços subjacentes arrefeceram de 0,65% para 0,35%, os preços livres variaram 0.17%, a difusão desacelerou de 65% para 60%, a difusão dos preços dos serviços saiu de 85,3% para 64,7% e a média dos núcleos desacelerou de 0,72% para 0,36%.
É o primeiro sinal efetivo de desaceleração do IPCA em 2023, o que poderá ter algum efeito sobre as expectativas para a inflação nos horizontes mais longos, que estão acima das metas até 2026. Apesar deste dado positivo, o Banco Central ainda tem muito trabalho a fazer, na medida em que a taxa de inflação continua acima da meta e as expectativas continuam desancoradas. Mas é o sinal de que a política monetária começa a fazer efeito mais forte sobre a desaceleração da taxa de inflação.
A reação dos preços dos ativos financeiros foi bastante positiva, com aumento dos preços das ações, queda das taxas de juros e valorização do Real frente ao Dólar.
Renda Fixa
Com o IPCA vindo melhor que o esperado pelo mercado, tanto o número cheio quanto os núcleos, o real se valorizou, a bolsa subiu e os juros fecharam em forte queda.
A curva a termo passou agora a embutir 15pb de corte da Selic em junho, ou seja, chance de 60% de redução de 25pb. Para o fim do ano, a projeção é de juro entre 12,00% e 12,25%. No fim de 2024, 10,75%.
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