Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 26 de dezembro.

Mercado deve reagir à carta de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou uma carta confirmando o apoio à pré-candidatura de seu filho Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026.

Resumo do dia

O mercado deve reagir nesta sexta-feira à carta em que Jair Bolsonaro confirmou a indicação de Flávio Bolsonaro para a disputa presidencial de 2026, em um movimento que volta a colocar o cenário político no centro das atenções. A sinalização contrasta com o alívio observado no dia 23, quando os ativos brasileiros subiram após o cancelamento de uma entrevista do ex-presidente, justamente pela ausência de comentários sobre a sucessão. Em paralelo, Tarcísio de Freitas reforça o discurso de reeleição em São Paulo, enquanto o noticiário jurídico também pesa, com Dias Toffoli determinando a acareação entre o banco Master, um executivo do BRB e um diretor do Banco Central no fim do mês. 

Na agenda doméstica, o Banco Central realizou o terceiro leilão de linha em pouco mais de uma semana, com oferta de até US$ 2 bilhões, buscando acomodar o fluxo de saídas típico de dezembro. O dia ainda traz dados de crédito e a definição da Aneel pela bandeira tarifária verde em janeiro, o que ajuda a reduzir pressões inflacionárias no curto prazo. No exterior, o ambiente segue relativamente construtivo, ainda que com baixa liquidez na reta final do ano, enquanto investidores monitoram indicadores de atividade e a política monetária global. 

Nos mercados internacionais, os futuros de Nova York operam de lado, mas as bolsas globais sustentam valorização apoiadas no otimismo com crescimento econômico e resultados corporativos. O dólar mostra leve recuperação, com alta dos rendimentos das Treasuries, enquanto o ouro e a prata renovam máximas históricas diante de riscos geopolíticos e da perspectiva de cortes de juros pelo Fed. O petróleo caminha para ganho semanal com tensões envolvendo a Venezuela e a Nigéria, ao passo que metais industriais seguem em alta, com destaque para o cobre, que atinge recordes em meio a preocupações com oferta. 

Expresso Brasil e Mundo

Ibovespa: O Ibovespa avançou 1,39%, aos 160.333 pontos, nesta terça-feira, em um pregão marcado por alívio político e leitura construtiva do cenário externo, com o cancelamento da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro ajudando a reduzir a volatilidade doméstica e o mercado assimilando o IPCA-15, que subiu 0,25% em dezembro, levemente abaixo das expectativas. No exterior, o PIB dos EUA acima do esperado reforçou a percepção de soft landing e sustentou apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve, favorecendo o apetite por risco e o fluxo para emergentes, enquanto, no noticiário político, nota do ministro Alexandre de Moraes também contribuiu para acalmar os mercados.

Juros futuros: Fecharam em queda, acompanhando o alívio no câmbio após Jair Bolsonaro cancelar entrevista ao Metrópoles, o que reduziu o risco político e as apostas de tensão eleitoral.

Mundo: Bolsas globais sustentam valorização na reta final do ano, com futuros em Nova York operando de lado nesta sexta-feira em pregão com baixo volume de negociações, enquanto ações são impulsionadas pelo otimismo em relação ao crescimento econômico e pelas expectativas de melhoria nos resultados corporativos.

Minério de ferro: Cobre atinge recorde na China e dispara em Nova York diante de preocupações com a oferta, refletindo aperto no mercado global do metal, enquanto minério de ferro tem avanço modesto em Singapura.

Petróleo: Petróleo tem leve alta e caminha para aumento semanal em meio ao bloqueio à Venezuela e Nigéria.

De Olho nas Aços

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Destaques

☕️ Expresso Bolsa Semanal: Incerteza política no Brasil, CPI no menor nível desde 2021

Semana marcada por incerteza política no Brasil: pesquisa com Lula à frente levou a fuga de ativos locais. Ibovespa teve uma das piores performances globais, curva de juros se esticou. No exterior, CPI dos EUA cai e Fed sinaliza novos cortes.

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Economia

Por José Marcio Camargo

PIB forte nos EUA afasta inflação da meta.

Após um atraso considerável devido ao shutdown do governo, o PIB dos EUA do 3º trimestre de 2025, que estava agendado inicialmente para o dia 30 de outubro, foi divulgado nessa terça-feira (23/12) e mostrou um crescimento econômico bem mais robusto do que o esperado (3,3% t/t, Bloomberg), avançando 4,3% t/t na métrica anualizada.

⌕ Leia o relatório completo aqui.

As principais notícias do dia 26/12/25

🏥 Saúde 26/12/2025
HAPV3 | Mudanças na administração
O que aconteceu? A Hapvida informou a implementação de mudanças na administração ao longo de 2026 dentro de seu plano sucessório. Dr. Jorge Pinheiro passará a atuar exclusivamente como Chairman Executivo, sucedendo o fundador Dr. Candido Pinheiro, que permanecerá no Conselho. Para a posição de CEO, foi escolhido Luccas Augusto Adib, atual Vice-Presidente de Finanças e Tecnologia, que assumirá após período de transição com foco em transformação digital, experiência do usuário e disciplina na alocação de capital. Além disso, Alain Benvenuti renunciou ao cargo de diretor estatutário, sendo substituído por Cidéria Costa, ex-Diretora Executiva de Medicina Diagnóstica, com foco em eficiência operacional e inovação. (Hapvida e Genial)

✈️ Aviação | 26/12/2025
EMBJ3 | Azul reduz encomenda de jatos da Embraer em meio à reestruturação financeira
O que aconteceu? A Azul reduziu pela metade seu pedido de jatos junto à Embraer, ajustando o plano de frota em meio ao processo de reestruturação financeira e à necessidade de adequar investimentos à geração de caixa. A companhia destacou que a decisão faz parte de uma revisão mais ampla de capex e não altera a relação estratégica com a fabricante brasileira (Times Brasil).
Opinião Genial: O movimento é consistente com a atual prioridade da Azul: preservação de caixa e redução de compromissos futuros, ainda que implique crescimento mais moderado da frota. Para a Embraer, o impacto é pontual e diluído ao longo do backlog, sem alterar a tese estrutural, dada a forte demanda global por aeronaves regionais.