Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Americanas (AMER3), Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11), Méliuz (CASH3), SLC Agrícola (SLCE3) e Sabesp (SBSP3).
Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou o último pregão da semana em baixa de -0,78%, alcançando os 112,0k. A curva futura de juros teve um dia de alta em todos os seus fechamentos, refletindo notícias de Brasília. Os esforços positivos do dia foram liderados por: 3R (RRRP3) +3,54%, BRF (BRFS3) +2,98% e CSN (CSNA3) +2,87% e Banco do Brasil (BBAS3) +2,81%. Já o lado negativo foi liderado por: Alpargatas (ALPA4) -5,97%, Cosan (CSAN3) -4,46% e Suzano (SUZB3) -4,46%.
Novos relatórios
Expresso Bolsa Semanal | Reabertura da China, narrativas sobre EUA; Brasil entre a cruz e espada.
O que esperar e quais os melhores investimentos em renda fixa para 2023?
O que aconteceu no mercado?
SABESP (SBSP3): Formato “Eletrobrás” de privatização ganha força!
Desestatização! De acordo com a Secretária de Infraestrutura, o formato preferido deve ser o de formação de uma corporation + golden share, similar ao case da Eletrobrás! Ou seja: abrir mão do controle com venda de algumas ações!
Tem que avançar? De acordo com a secretária, os estudos preliminares devem tomar aproximadamente três meses! Momento este que devemos saber os termos finais para o modelo de desestatização.
Tic-Tac? Em nossa leitura, o tempo corre contra a operação à medida que a eventual privatização da empresa será utilizada pela oposição na campanha à prefeitura de SP em 2024!
SANB11
Renúncia Sérgio Rial!
Depois da recente renúncia como CEO da Americanas, Sérgio Rial também renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração do Santander Brasil e de membro dos Comitês de Assessoramento do Conselho. Deborah Stern que atuava como vice-presidente do conselho assumirá a função de Rial. Entendemos que a movimentação não deverá impactar a gestão da empresa, mas a saída pode gerar dúvidas no mercado sobre o tamanho da dívida da varejista com o banco. (Santander e Genial)
BBAS3
Novo CFO e Tarciana no Conselho
O Banco do Brasil anunciou a indicação de Marco Geovanne Silva para ocupar o cargo de Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores. O novo CFO é funcionário de carreira do banco e apresenta um longo currículo em finanças corporativas. Além disso, o Conselho de Administração do banco nomeou a Tarciana Medeiros, nova CEO do BB, como membro do Conselho de Administração. (Banco do Brasil e Genial)
AMER3
3G faz o pronunciamento
Os acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira divulgaram nota pública sobre a situação da Americanas. O trio alegou desconhecimento em relação a manobras feita pela empresa. Lemann, Telles, Sicupira prometem empenho em reerguer Americanas. (Bloomberg e Genial)
SLCE3
Gestora exclui SLC de aportes por relatos de violação ambiental
A gestora Robeco, que administra US$ 200 bilhões em ativos, colocou a SLC em sua lista de exclusão de investimentos após relatos de violações ambientais. (Valor e Genial)
CASH3
Convocação
Méliuz convida acionistas a participarem de AGE em 24 de fevereiro, às 15h, para aprovar a dispensa de eventual obrigação do Banco Votorantim (BV) e/ou de suas afiliadas de realizar oferta pública para aquisição de ações da companhia. (Broadcast e Genial)
De olho na economia
Um tiro no pé.
As declarações do Presidente Lula sobre a meta para a inflação e a autonomia do Banco Central na semana passada, geraram ruído entre os investidores. Ao questionar porque a meta havia sido reduzida para 3,25% e não mantida em 4,5% “como na minha época” e questionar a importância da autonomia do Banco Central, ao dizer que a autonomia é uma “bobagem”, o Presidente sinalizou que está insatisfeito com o nível da meta e com a autonomia do BC, o que sugere que poderá tentar mudar estes dois dispositivos.
Desde a campanha eleitoral, o novo governo tem mostrado pouco compromisso com o equilíbrio. A PEC da Transição, que cria um espaço para aumento dos gastos públicos de R$ 200 bilhões, o adiamento da volta dos impostos federais sobre combustíveis, o pacote de ajuste fiscal anunciado sem cortes importantes de gastos, a proposta de aumento do salário mínimo real, as declarações do Presidente de que é necessário substituir a palavra “gastos” por “investimentos” e que o mercado financeiro somente considera investimentos os gastos com juros da ´dívida, tem gerado mal estar entre os investidores.
O resultado é que, diante de uma política fiscal expansionista, as expectativas para a inflação já estão acima da meta em 2023, 2023, 2025 e 2026, apesar da politica monetária fortemente contracionista, com taxas de juros reais bastante elevadas.
As declarações da semana passada acrescentam fatores que reforçam este antagonismo entre a política fiscal e a política monetária. A afirmação de que a meta para a inflação está excessivamente baixa e vai exigir uma política monetária mais contracionista do que se a meta fosse mais elevada, foi interpretada por investidores como uma sugestão de que a meta poderá ser aumentada na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional em junho de 2023
Com isto, devemos ter uma intensificação da trajetória de aumento das expectativas para a inflação nas próximas divulgações da pesquisa Focus, o que vai dificultar ainda mais o objetivo do BCB de atingir a meta e, provavelmente, exigir taxas de juros ainda mais elevadas. Aumentar a meta não vai permitir uma política monetária menos contracionista.
As taxas de juros já reagiram em alta e a taxa de câmbio entraram em trajetória de desvalorização a partir das declarações do Presidente. Um tiro no pé.
Renda Fixa
Os comentários de Lula contra a independência do BC e as metas de inflação, que ele considera exageradas, repercutiram negativamente nas curvas de juros, que tiveram o pior desempenho entre os ativos de risco brasileiros. Os DIs de vencimentos mais longos subiram 30bps, e o investidor estrangeiro vendeu um volume alto de títulos, devido a esse cenário incerto.
Vamos observar o movimento no boletim Focus, que já vem subindo as expectativas para a inflação de 2023 e para os próximos anos, podendo levar a Selic a patamares mais altos.
Cripto
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