Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta quarta-feira, 18 de junho.
Na edição de hoje
Véspera de feriado e o mercado com os nervos à flor da pele. A Super Quarta chegou.
Lá fora, o Fed deve manter os juros — mas o silêncio fala mais alto que a taxa. Aqui dentro, o Copom ainda divide opiniões: puxar o freio de vez ou aumentar 25bps na Selic?
Enquanto isso, o petróleo flerta com a inflação global, as usinas chinesas derrubam o minério, e as vendas de inverno disparam entre as PMEs online, com botas liderando o ranking da friaca.
Nos destaques: Cade aprova BRB comprando o Master; CVM libera recompra de cotas por FIIs; e o fim da isenção de IR sobre LCIs e LCAs entra na mira.
A dúvida que paira no ar: o que vem depois da Super Quarta?
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa fechou em queda de 0,30%, aos 138.840,02 pontos, pressionado pela aversão a risco global e pelo desempenho negativo de Vale e Usiminas, apesar do suporte das ações da Petrobras. O dólar subiu 0,23%, alcançando R$ 5,498, enquanto os juros futuros avançaram em toda a curva, refletindo o risco geopolítico no Oriente Médio e a cautela prévia à decisão de juros do Fed amanhã. No âmbito externo, o agravamento do conflito entre Israel e Irã elevou o preço do petróleo em mais de 4% e pesou sobre os mercados internacionais. Internamente, a proximidade da decisão do Copom e dados econômicos mistos adicionam incerteza ao cenário monetário nacional. Entre os destaques do pregão, as maiores altas ficaram com as ações da Petrobras (PETR3), que subiram 2,95%, e da Vamos (VAMO3), com alta de 2,46%. Na ponta negativa, as ações da Usiminas (USIM5) afundaram 6,90%, seguidas por Vale (VALE3), que recuou 4,50%.
Juros futuros: Fecharam em alta na ponta longa com um sentimento global de aversão ao risco. O DI de janeiro/2026 fechou em queda de 2 pontos-base a 14,865%. Já os DIs de janeiro/2027 e janeiro/2029 fecharam em alta de 7 e 6 pontos-base, respectivamente.
Mundo: Futuros de índices dos EUA se recuperam modestamente, enquanto os operadores monitoram notícias sobre se os EUA planejam se envolver diretamente no conflito no Oriente Médio e aguardam a decisão do Fed.
Minério de ferro: Minério de ferro estende quedas com receios sobre China.
Petróleo: Devolveu parte da alta forte. Ainda assim, o Petróleo Brent subiu cerca de 10% desde o início do conflito e uma eventual intervenção americana mais profunda alimentaria preocupações de interrupções no fornecimento.
Em Destaque
IBC-BR (Abr/25): Dados corroboram cenário de gradual arrefecimento da economia
Carteira Alocação Crescimento | Junho 2025
Novos Conteúdos
Petróleo & Gás | Resultados do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão – o que achamos do resultado?
Acreditamos que o leilão reforça a tese da Margem Equatorial.
FIIs poderão recomprar cotas? O que acontece na prática?
A CVM aprovou a recompra de cotas por FIIs e Fiagros, medida que amplia as alternativas de alocação e pode destravar valor em momentos de desvalorização no mercado secundário.
Economia
Por José Marcio Camargo
Aceitando que não chegaremos lá no prazo estipulado.
Hoje será decidido a taxa básica de juros pelo comitê de política monetária. O mercado tem expectativas mistas, com metade dos agentes prevendo uma manutenção da taxa e a outra parte esperando um aumento de 0,25 pontos percentuais.
De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 18/06/25
🏦 Financeiro
Cade aprova compra de 58% do Banco Master pelo BRB
O que aconteceu? A Superintendência-Geral do Cade aprovou a aquisição de 58,04% do Banco Master pelo BRB, em operação que ainda depende do aval do Banco Central. Se nenhum recurso for apresentado em até 15 dias, a aprovação concorrencial será definitiva. (Valor e Genial)
📊 Política Monetária
Superquarta: Fed deve manter juros, enquanto decisão do Copom segue indefinida
O que aconteceu? Nesta “superquarta” de decisões monetárias, o Federal Reserve (Fed) dos EUA deve manter os juros inalterados entre 4,25%-4,50%, adotando postura cautelosa diante dos efeitos ainda incertos da guerra comercial e da política econômica de Trump. Apesar da pressão da Casa Branca por cortes – com Trump sugerindo redução de 1pp –, os dados de atividade permanecem resilientes e a inflação surpreendeu para baixo, sustentando a decisão de espera. O mercado projeta três cortes até o fim de 2025, segundo os futuros de Fed Funds.
No Brasil, a reunião do Copom gera mais incertezas. A dúvida está entre manter a Selic em 14,75% ou elevá-la para 15%, encerrando ou estendendo o atual ciclo de aperto monetário. Pesquisa do Valor aponta divisão: 62% das instituições esperam manutenção e 38% preveem alta. A sinalização recente do BC foi ambígua, mencionando “flexibilidade” e reiterando cautela, especialmente após surpresas positivas no mercado de trabalho e incertezas externas menos severas.
🛒 Varejo
PMEs online faturam R$ 11,4 milhões com vendas de inverno
O que aconteceu? A chegada precoce do frio em junho fez as vendas online dispararem entre pequenas e médias empresas (PMEs). Segundo levantamento da Nuvemshop, essas lojas faturaram R$ 11,4 milhões entre 1º e 12 de junho, com a venda de 90 mil itens relacionados ao inverno — alta de +45% a/a. Botas foram o maior destaque, com +93% de crescimento no faturamento, saltando de R$ 1,2 mi para R$ 2,3 mi e mais de 7 mil pares vendidos. Itens como jaquetas, moletons, casacos e gorros também puxaram a demanda. A pesquisa destaca como lojistas atentos às mudanças climáticas conseguem capturar oportunidades com mais agilidade. (Mercado & Consumo e Genial)
🏛️ Política Fiscal
Fim da isenção de IR para títulos incentivados pode elevar tributação efetiva dos mais ricos
O que aconteceu? A MP 1.303/2025, que visa substituir o IOF por outras fontes de arrecadação, prevê tributação de 5% sobre rendimentos de LCI, LCA, CRI e CRA a partir de 2026. Com isso, esses títulos deixam de ser isentos e passam a integrar a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física Mínimo (IRPFM), previsto no PL 1.087 da reforma do IR, atualmente em tramitação. Essa mudança afeta especialmente contribuintes com renda acima de R$ 50 mil por mês, que podem ser enquadrados em alíquotas efetivas de até 10%, e não apenas os 5% propostos na MP. Especialistas apontam que, na prática, o impacto da medida será mais expressivo do que o previsto inicialmente, gerando pressão para ajustes no texto da reforma tributária. (Valor e Genial)
✈️ Aeroespacial
EMBR3 | Airlink planeja leasing de 10 aeronaves E195‑E2 da Embraer via Azorra
O que aconteceu? A Airlink, principal companhia full-service da África do Sul, fechou acordo para arrendar dez jatos Embraer E195‑E2 da lessor Azorra, com entregas previstas a partir do final de 2025 até 2027 . A frota existente da Airlink hoje conta com 68 E‑Jets e o novo modelo E2 promete reduzir o consumo de combustível em até 29%, além de aumentar a capacidade e eficiência .
Opinião Genial: Esta expansão via leasing reforça a confiança na família E‑Jet E2 em mercados maduros como o africano.
✈️ Aeroespacial
EMBR3 | Embraer recebe pedido firme de 60 E175 da SkyWest (US$ 3,6 bi)
O que aconteceu? A Embraer anunciou a venda firme de 60 jatos E175 à norte-americana SkyWest, com opção de compra de mais 50 unidades. O contrato, avaliado em cerca de US$ 3,6 bilhões, será incorporado ao backlog do 2T25, com entregas previstas a partir de 2027 .
Opinião Genial: Esse pedido robusto confirma o aumento da relevância da Embraer no mercado regional dos EUA—o principal destino para seus EJets—e amplia o backlog num momento de demanda global elevada.
🧠 Tecnologia
AMZN | CEO da Amazon afirma que IA vai reduzir empregos na companhia
O que aconteceu? Em entrevista ao Financial Times, o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou que a inteligência artificial generativa deve levar à redução de empregos na empresa, principalmente em áreas administrativas, de suporte e marketing. A declaração reforça a visão de que a IA será usada para aumentar a eficiência operacional, mesmo que isso represente cortes de pessoal.
🧠 Tecnologia
TOTS3 | TOTVS testa loja online para vender agentes de inteligência artificial
O que aconteceu? A TOTVS iniciou os testes de uma plataforma online para comercializar agentes de IA voltados a automatizar tarefas específicas nos sistemas da companhia. Os agentes podem ser comprados diretamente por clientes via loja digital e usados em áreas como financeiro, RH e vendas, com pagamento por assinatura mensal ou por uso.
Opinião Genial: A estratégia posiciona a TOTVS na vanguarda da integração da IA generativa ao software corporativo brasileiro. A iniciativa amplia o potencial de monetização do portfólio e fortalece a posição da empresa frente à concorrência local e internacional, além de melhorar retenção e engajamento dos clientes.
