Atualize seus conhecimentos com o tudo sobre renda fixa (17/07 a 21/07) do Analisa. Principais informações sobre o que aconteceu no mercado de renda fixa na semana, com análise do mercado externo, local e o que mais será relevante nos próximos dias.
Renda Fixa: Cenário local e externo
Juros curtos caem e longos sobem em semana com poucos dados macroeconômicos relevantes localmente. Destaque foi a queda no IBC-Br, acima da expectativa dos analistas. Já nos EUA, dados de vendas no varejo vieram abaixo do esperado e na Zona do Euro, o CPI também veio em linha, porém o nível segue elevado, mantendo o cenário de aperto monetário por parte do ECB nas próximas reuniões.
Em semana de poucos acontecimentos, vimos queda de 2,0% m/m no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), contra expectativas de -1,2% dos analistas. Tais resultados, somados com uma queda de 0,49% na média móvel trimestral, fortalecem a visão desaceleração da atividade do time de macroeconomia da Genial.
Além disso, Fernando Haddad comunicou que o plano da Reforma Tributária sobre renda será apresentado ao congresso após o caso de impostos sobre consumo ser concluído. Dentre os assuntos dessa 2ª etapa da Reforma Tributária estão a tributação de fundos exclusivos, taxação de apostas eletrônicas e o fim da dedução no cálculo do JCP.
Nos EUA, vendas no varejo vieram abaixo do esperado avançando 0,2% m/m em junho (crescimento de 1,5% a/a) contra +0,5% m/m do consenso. Ademais, a produção industrial recuou 0,5% m/m contra expectativas de estabilidade (0,0% m/m) para o mês de junho.
Juros altos nos EUA continuam pressionando o mercado imobiliário, com recuo de 8,0% no volume de novas construções – que provavelmente se manterá fraco até o final do ano devido ao alto custo de financiamento proveniente do atual nível da taxa de juros básica imposta pelo Fed.
Na Zona do Euro o CPI veio em linha com as expectativas (5,5% a/a). Os núcleos de inflação também vieram em 5,5% a/a (contra 5,3% a/a em maio), reforçando expectativas de continuação do ciclo de aperto monetário.
No Reino Unido, inflação continua muito acima da meta de 2%, mas desacelerou para 7,9% a/a (frente a expectativas de 8,1% a/a). O principal fator da desaceleração foi a queda no preço dos combustíveis.
Com isso, a semana na Renda Fixa foi de alívio de prêmios de risco nas partes curta e intermediária da curva, com elevação da inclinação (vencimentos longos subindo e curtos caindo), refletindo basicamente a aposta no corte de 50 pontos-base no Copom de agosto, agora como majoritária. Para as demais reuniões do ano, a expectativa de 50 pontos é praticamente consensual, e é o nosso cenário.
Agora, observando as projeções através das taxas forwards, a Selic projetada para final do ano está mais próxima dos 9% a.a., e fazendo a comparação entre o quanto os juros nominais já fecharam versus o fechamento das taxas das NTN-Bs, além de algumas questões em relação a novos membros do BCB e estabilidade fiscal, temos preferência pelos ativos de Juro Real de vencimento intermediário.
Top pick da semana – CDB Banco Agibank – IPCA + 7,28% – Vencimento Julho/2027
O Top Pick da semana é o CDB do Banco Agibank.
O Agibank tem como forças a distribuição de crédito, investimentos, seguros, serviços bancários, e mais de 880 lojas em todo o território nacional.
Entrando mais no detalhe da linha de negócios, tem como principal atuação a oferta de linhas de crédito consignado a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O banco mantém forte crescimento por meio da atuação de seus pontos de atendimento físico, combinados aos canais digitais.
Escolhemos este CDB por estar no ponto da curva de juro real que achamos a melhor combinação de risco x retorno na renda fixa, com uma taxa atrativa e garantia do FGC, o que traz uma segurança extra na hora de investir.
A taxa é de IPCA + 7,28% a.a., com vencimento em Julho/2027.
Renda fixa: o que esperar para a próxima semana?
Os grandes destaques da semana serão o IPCA-15 do mês de julho que sairá nesta terça feira (25) e será o último dado que o BCB terá a disposição antes da próxima reunião do Copom que acontecerá no ínicio de agosto. O consenso é de uma leve deflação, estimulada pelo setor de alimentos, pelo desconto temporário da tarifa de energia elétrica e redução do preço de automóveis.
No exterior, o destaque vai para a sequência de decisões de política monetária do FED na quarta-feira (26), do Banco Central Europeu (BCE) na quinta (27) e do Banco do Japão na sexta (28). Para a reunião do FED, há consenso no mercado de elevação de 25 pontos-base, para 5,25% a 5,50% ao ano, segundo monitoramento do CME.