Atualize seus conhecimentos com o tudo sobre renda fixa (17/04 a 20/04) do Analisa. Principais informações sobre o que aconteceu no mercado de renda fixa na semana, com análise do mercado externo, local e o que mais será relevante nos próximos dias.
Renda Fixa: Cenário local e externo
A divulgação do Projeto de Lei do arcabouço fiscal acabou gerando frustração no mercado.
Embora alguns pontos novos tenham sido considerados positivos, como a inclusão da capitalização de estatais não financeiras e não-dependentes entre os gastos sujeitos a limitações, outros foram recebidos de forma negativa, como a redução dos mecanismos que garantiriam o cumprimento das metas de primário e a falta de punições em caso de descumprimento.
Há ainda muitas dúvidas sobre alguns pontos do projeto, como a forma de cálculo da receita real que servirá de base para a determinação da expansão dos gastos, entre outros, além de incertezas acerca da capacidade do governo de implementar as elevações de receitas necessárias para o cumprimento das metas de resultado primário.
O recuo na tributação do comércio eletrônico é um exemplo das dificuldades políticas que cercam o tema e que preocupam os investidores.
Esta frustração levou a uma certa correção do otimismo das semanas anteriores, com depreciação do real, que encerrou a semana novamente acima de R$ 5,00/US$, recuo do índice Ibovespa e elevação das taxas de juros, com destaque para os DIs futuro de vencimento longo, subindo mais de 0.3 p.p.
Em relação ao próximo Copom, a mensagem dos diretores tem sido direta, que é necessário paciência para se consolidar os ganhos na desinflação. As apostas do mercado de uma redução dos juros na próxima reunião, na primeira semana de maio, apontam chances próximas de zero e são inferiores a 50% para a reunião de junho.
Já nos EUA, o movimento nos juros foi distinto, com as taxas das treasuries de 2 anos subindo, saindo de 4,08% para 4,14%, e a taxa da treasury de 10 anos caindo de 3,74% para 3,54%, pressionados pela continuação da perspectiva de aperto monetário, porém, com sinais de recessão no ar, o que fez com que a inclinação dos juros caísse.
Boletim Focus
As projeções do IPCA para 2023 voltaram a subir pela 4a semana consecutiva, agora está em 6,04%, de 6,01% da semana anterior. Já a expectativa para o câmbio para 2023 e 2024 caíram, saindo de 5,24 R$/USD para 5,20 R$/USD em 23, e de 5,26 R$/USD para 5,25 R$/USD em 24.
A inflação acumulada nos últimos doze meses atinge +4,65% devendo se manter baixa até o mês de junho em razão da desinflação registrada nos meses do ano passado com a redução dos impostos implementada pelo Governo principalmente nos preços dos combustíveis, no entanto o IPCA poderá avançar nos meses seguintes.
As outras medidas permaneceram estáveis com relação a mensuração da semana passada.
Top pick da semana – Plural Debêntures Incentivadas
O top pick da semana é o fundo Plural Debêntures incentivadas, por enxergarmos que o mercado de debêntures incentivadas estar ainda em um ponto excelente de entrada, ainda devido aos resquícios dos eventos de Lojas Americanas e Light, que elevou em demasia os spreads de crédito, e estes, ainda continuam bastante elevados em relação a média histórica.
Este fundo investe em diversas debentures, o que minimiza o risco, e em ativos que estão pagando em média IPCA + 6,5%, isentos de imposto de renda, com grande maioria dos ativos tendo rating AAA.
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Renda fixa: o que esperar para a próxima semana?
Vai ser uma semana de agenda cheia, com destaques para o IPCA-15 referente a abril, os dados de vendas no varejo de fevereiro, que é mais um indicador para acompanhar o arrefecimento da atividade, e para encerrar, os dados de desemprego (PNAD contínua).
No exterior, destaque para o PCE nos EUA, PIB nos EUA e zona do euro e PMIs na China.
