Atualize seus conhecimentos com o tudo sobre renda fixa (16/10/23 a 20/10/23) do Analisa. Principais informações sobre o que aconteceu no mercado de renda fixa na semana, com análise do mercado externo, local e o que mais será relevante nos próximos dias.
Renda Fixa: Cenário local e externo
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostrou que, em agosto, o setor varejista teve uma queda menor que o esperado, de 0,2% nas vendas em relação ao mês anterior, acumulando um aumento de 1,6% no ano e 1,7% em doze meses.
Quatro das oito categorias apresentaram crescimento, com destaque para supermercados e combustíveis. No entanto, o varejo ampliado teve uma queda de 1,3%, indicando uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre.
Na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor de serviços registrou uma queda de 0,9% em agosto, abaixo das expectativas, mas acumulou alta de 4,10% no ano. A retração ocorreu em quatro das cinco atividades investigadas, com transportes apresentando a maior queda. O setor de serviços continua acima dos níveis pré-pandemia, mas observa-se um recuo nos serviços prestados às famílias.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,77% em agosto, indicando uma desaceleração econômica no segundo semestre. Embora alguns indicadores setoriais tenham mostrado desempenho positivo, a expectativa é de uma contração de 0,2% no PIB no terceiro trimestre, com um cenário econômico desafiador nos próximos meses.
Curvas de juros
Os juros de vencimento mais longo, tanto dos DIs quanto das NTN-Bs fecharam em queda com relação a semana anterior, motivado pela elevação da intensidade dos conflitos no oriente médio, fazendo com que a busca por proteção aumentasse.
A inflação implícita também fechou em queda com relação a semana anterior. Outro fator interessante foi a queda na inclinação da curva de juros nominal. Comparando a diferença entre os contratos de DI (Jan 31 x Jan 24), houve uma queda de 30bps aproximadamente, que é um movimento mais “saudável” para uma estrutura de curva de juros, principalmente de um país emergente como o Brasil.
Observando as curvas de juros futuro, principalmente no trecho onde o peso da política monetária é mais relevante, vemos um excesso de prêmio de risco embutido, advindo da alta nas treasuries nos EUA. Porém, com os últimos dados de inflação mostrando uma trajetória descendente, em conjunto com o patamar do USD/BRL, acreditamos que o nível atual está maior do que efetivamente ocorrerá.
Isso gera oportunidade nos ativos pré fixados mais curtos, com a possibilidade da Selic efetiva ser menor que o projetado nos DIs futuro.
Fundo Plural Debêntures Incentivadas
Acreditamos que uma das melhores maneiras de capturar os ganhos em Renda Fixa pode vir através dos fundos de investimentos em crédito privado, especificamente de debêntures incentivadas.
Com a elevação dos prêmios de risco ao longo da curva de juros real, ativos com excelente qualidade, baixa alavancagem e sólida geração de caixa voltaram a preços extremamente atrativos.
Hoje, a composição do fundo tem boa parte em ativos com rating AAA, com duration intermediária e carrego aproximado de IPCA + 5,5%, que na nossa visão é excelente.
Outro fator de atratividade que pode acontecer são ganhos de marcação a mercado, por esse patamar de juro real observado é inviável para uma economia como a brasileira.
Características do fundo:
- Mínimo de aplicação: R$ 100,00;
- Cotização: D+1
- Resgate: D+31
- Taxa de administração: 1% a.a.
- Taxa de performance: 20% sobre o que exceder 100% do IPCA + 5%
Renda fixa: o que esperar para a próxima semana?
Na terça-feira (24), o Banco Central divulgará o saldo de Transações Correntes e o IBGE irá publicar o IPCA-15 do mês de outubro, para o qual a equipe de macroeconomia da Genial espera uma alta de 0,17% m/m e 5,01% a/a.