Renda Fixa

Publicado em 03 de Novembro às 19:30:00

Highlights da Semana

O Ibovespa atingir os 150 mil pontos representa mais do que um recorde – é sinal de maior apetite por risco, liquidez e perspectivas de mercado mais favoráveis. Esse movimento sinaliza uma valorização estrutural dos ativos brasileiros e reacende a confiança no mercado de capitais. Mas o que isso significa para o crédito corporativo? Em ciclos como este, o custo de capital tende a ceder e as empresas se financiem por prazos mais longos e com condições mais vantajosas.

Os dados públicos da CVM, divulgados no Boletim Econômico do 3º trimestre de 2025, corroboram o momento de abertura de janela. Até setembro, as emissões no mercado de capitais somaram expressivos R$ 630,9 bilhões. Destaque para o aumento aonde o investidor busca governança: FIDCs (R$ 97,9 bi vs R$ 90,1 bi em 2024) e FIIs (R$ 68,8 bi vs R$ 60,4 bi). Soma-se a isso a entrada líquida de capital estrangeiro no mercado acionário , segundo a B3, além das projeções do Boletim Focus que indicam juros estáveis em 2025 e queda gradual em 2026.

No mercado secundário, o Boletim da CVM apresenta volumes diários de negociação de títulos corporativos superiores aos de 2024, sinalizando maior liquidez. Em termos simples: com mais compradores e vendedores, os preços se tornam mais eficientes, e os emissores de dívida conseguem lançar novas captações com custos menores — reflexo de um mercado mais estruturado, com regras claras e foco em governança.

Ao que tudo indica, o novo topo do Ibovespa é um recado de maturidade do mercado financeiro. Para as empresas, o momento abre espaço para diversificar fontes de financiamento com crescimento orgânico e redução de custos. Para investidores, o cenário oferece maior liquidez e prêmios de risco mais equilibrados, enquanto regras claras mantêm o apetite por risco.


Na última semana, a curva de juros futura apresentou leve alta nos prazos mais longos, refletindo a cautela dos investidores com o cenário fiscal e as incertezas sobre o cumprimento das metas de resultado primário. A inflação de serviços ainda resistente e a revisão das projeções de crescimento reforçaram a percepção de que a Selic pode permanecer elevada por mais tempo, elevando os prêmios de risco na parte longa da curva. Saiba mais


Valor Econômico | Estúdios evoluem para seguir no topo do mercado | “Eles vieram para ficar. Na cidade mais turística do país, os estúdios caíram no gosto dos investidores, que apostam no modelo atraídos pela demanda crescente de locação de curta temporada. Do início de 2021 a setembro deste ano, foram lançadas 1,6 mil unidades deste tipo na Zona Sul do Rio, segundo dados do Centro de Pesquisa e Análise de Informação (Cepai) do Secovi-RJ.” Saiba mais

InvesTalk | Dos painéis solares ao futebol: como os FIDCs são aplicados no dia a dia | “Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) seguem se consolidando no Brasil e terminaram setembro com patrimônio líquido (PL) total de R$ 718,87 bilhões, um salto de 62% em relação ao registrado no fim de 2023, quando ficaram disponíveis para pessoa física. (…) Os FIDCs têm sido uma alternativa de captação a diferentes portes de companhias, especialmente em um ambiente de juros altos, com a taxa Selic acima de 15%.” Saiba mais

Valor Econômico | Anbima começa piloto de ‘tokenização’ de fundos | “A Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) começou um projeto piloto para tokenização de debêntures e cotas de fundos de investimento. A ideia é avaliar se a tecnologia de registro distribuído (DLT), que é o princípio por trás da “blockchain” das criptomoedas, pode ser mais eficiente que os modelos e sistemas utilizados atualmente.” Saiba mais


Nos Estados Unidos, a atividade manufatureira voltou a cair em outubro, com o índice do Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM) recuando para 48,7 pontos, abaixo do nível que indica expansão. O resultado evidencia a fraqueza do setor industrial, pressionado por custos elevados e tarifas recentes, e reforça as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses. Saiba mais

Na Zona do Euro, uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) apontou que as empresas seguem otimistas com a atividade, mas continuam enfrentando lucros menores e custos elevados. O levantamento também mostrou que os riscos de inflação acima da meta permanecem no radar, o que pode levar o BCE a manter uma política monetária mais cautelosa por mais tempo. Esse cenário reforça a percepção de que a autoridade monetária europeia deve evitar cortes agressivos de juros enquanto as pressões inflacionárias persistirem. Saiba mais


STJ | AREsp nº 2165101/PR | A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (“STJ”) entendeu que, em um leilão, o imóvel só pode ser arrematado por, no mínimo, 50% do valor da avaliação, para evitar a arrematação do bem por preço vil. Saiba mais

STJ | REsp nº 2180611/DF | A 3ª Turma do STJ entendeu que, na hipótese de penhora de bem indivisível, a parte do coproprietário não envolvido na execução deve ser calculada com base no valor da avaliação do bem e não da arrematação, com objetivo de resguardar o coproprietário contra eventual dilapidação do patrimônio. Saiba mais

STJ | AREsp nº 2477071/SP | A 3ª Turma do STJ confirmou o entendimento de que, nos casos em que o imóvel objeto de alienação fiduciária não for vendido nos dois leilões determinados por lei, a posse do bem passa a ser do credor. Saiba mais

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