Como os FIDCs podem resolver a “Questão Impossível” do Enem?
A edição de 2025 do Enem trouxe uma questão de matemática complexa, baseada na função tangente e mudanças no gráfico, que rapidamente viralizou nas redes e foi classificada por professores como uma das mais difíceis da prova. Para muitos candidatos, a sensação era simples: olhar para o gráfico e praticamente chutar a resposta – a mesma insegurança que um investidor sente ao ver, pela primeira vez, um material de fundo cheio de siglas e termos jurídicos.
Enquanto isso, os FIDCs deixaram de ser um assunto restrito a profissionais. Segundo dados da Anbima, os fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) movimentaram cerca de R$ 200 bilhões entre o início do ano passado e agosto de 2025. Esse avanço mostra como um produto sofisticado vem ganhando espaço entre investidores que ainda estão se familiarizando com o vocabulário do crédito estruturado.
Na questão do Enem, professores explicam que o segredo está em quebrar o problema em etapas: analisar o gráfico para entender o comportamento da função, identificar o deslocamento da curva e testar um ponto para conferir qual equação se ajusta. No universo dos fundos, a lógica deveria ser semelhante. A CVM determina que os documentos oficiais – regulamento, materiais de oferta e relatórios periódicos – apresentem, em linguagem acessível, estratégia, custos, riscos e condições de entrada e saída, permitindo que o investidor compare opções.
Ao estruturar um FIDC, seguimos esse mesmo raciocínio na forma como organizamos as informações: deixamos claro quem está sendo financiado, quais recebíveis lastreiam o fundo, quais proteções existem e como ele pode se comportar em diferentes cenários. A ideia é que, assim como na resolução da questão do Enem, o investidor siga as etapas, entenda a lógica da estrutura e transforme isso em uma escolha consciente. A página do FIDC Genial Horus, disponível no site da Genial Gestão, é um dos exemplos de como buscamos apresentar tudo de forma transparente.
Curva de Juros
Nesta semana, a curva de juros futura apresentou queda, sobretudo nos prazos intermediários e longos, após a divulgação de uma inflação abaixo do esperado em outubro. O cenário de preços mais benignos reduziu os prêmios na parte longa da curva, enquanto os vencimentos curtos permaneceram estáveis, ainda ancorados pela Selic em 15%. Mesmo com o recuo, as incertezas fiscais e o ambiente externo seguem limitando movimentos mais amplos nos juros futuros. Saiba mais

Principais Notícias
Brazil Journal | A duplicata eletrônica pode destravar o crédito para as PJs. A hora chegou | “(…) A partir do próximo ano, sai de cena a tradicional duplicata cartular – a duplicata física digitalizada, altamente sujeita a fraudes – e entra em vigor a duplicata escritural – eletrônica, registrada em bancos de dados credenciados pelo Banco Central e totalmente rastreável. (…) O efeito esperado com essa reforma é uma queda dos spreads nas operações de pessoas jurídicas e a ampliação do crédito, porque as empresas terão mais facilidade para repassar adiante as duplicatas dando os recebíveis como garantia e antecipando recursos para usar em suas atividades.” Saiba mais
InvestNews | FIDCs superam até fundos de renda fixa e lideram captação no mercado | “(…) Precisamos falar de FIDCs por um motivo simples: eles estão tomando espaço de outros tipos de produtos no mercado. Segundo dados da Anbima, a entidade reguladora do mercado de capitais, esses fundos já estão batendo de frente com os veículos tradicionais em termos de participação na indústria como um todo e também no bolso do investidor.” Saiba mais
CVM | Setor Imobiliário no mercado de capitais cresce 7,5% e movimenta R$ 697 bilhões em 2025 | “(…) Enquanto o mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) apresentou aumento de 9,6% no período (R$ 245 bilhões). O volume financeiro total do mercado de captais variou 12% em 2025, saindo de R$ 15,3 trilhões para R$ 17,2 trilhões. Os dados estão na 2ª edição do Boletim Setor Imobiliário da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).” Saiba mais
Mercado Exterior
Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo federal chegou ao fim nesta semana, restabelecendo a divulgação de dados econômicos e renovando o fluxo de informações ao mercado. Essa retomada ocorre apesar dos danos acumulados pela interrupção e reforça a cautela dos investidores, uma vez que os relatórios atrasados poderão revelar desaceleração oculta na economia. Saiba mais
Na Zona do Euro, o índice Sentix Investor Confidence Index (medidor de confiança e percepção dos investidores para o momento atual e para os próximos meses) caiu para −7,4 em novembro, de −5,4 em outubro, ficando abaixo da expectativa de −4,0. A deterioração da percepção dos investidores sobre a situação atual e sobre os próximos seis meses indica uma economia estagnada, o que reduz o grau de otimismo e pode pesar sobre a reavaliação de risco no bloco europeu. Saiba mais
Legislativo & Judiciário
CVM | Ofício Circular CVM/SSE 8/2025 | A Superintendência de Securitização e Agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) publicou o Ofício Circular CVM/SSE 8/2025 para esclarecer o entendimento da área técnica sobre os artigos da Resolução CVM 175 e seus anexos relacionados aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), Fundos de Investimento Imobiliários (FII) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (FIAGRO). Saiba mais
Senado Federal | PL n° 1546/2024 | O Senado Federal aprovou o Projeto de Lei n° 1546/2024 que proíbe descontos de mensalidades associativas nos benefícios do INSS, mesmo com autorização do beneficiário, além de retirar a possibilidade de antecipação do pagamento de dívidas no crédito consignado. Saiba mais
TJSP | Apelação nº 1013314-94.2024.8.26.0053 | A 18ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (“TJSP”) entendeu que o proprietário de imóvel invadido por terceiros não deve pagar IPTU , dado que não há mais posse do bem. Saiba mais