Renda Fixa

Publicado em 03 de Julho às 14:57:45

Meta de inflação mantida pelo CMN faz juros caírem | Tudo Sobre Renda Fixa

Atualize seus conhecimentos com o tudo sobre renda fixa (26/06 a 30/06) do Analisa. Principais informações sobre o que aconteceu no mercado de renda fixa na semana, com análise do mercado externo, local e o que mais será relevante nos próximos dias.

Renda Fixa: Cenário local e externo

No Brasil, vimos meta de inflação para 2024 e 2025 mantidas em 3% e IPCA-15 em linha com o mercado, além da redução de preços por parte da Petrobras. Nos EUA, resultados mostram maior confiança dos produtores americanos e PMI da China em vem linha com o consenso. Com isso, as curvas de juros locais fecharam mais uma semana com queda nas taxas, com a projeção do inicio do relaxamento monetário na reunião do Copom de agosto, cortando em 0,25 p.p. a taxa Selic.

Na semana passada a Petrobras reduziu o preço de gasolina em 5,3%, efetivo no último sábado dia 1º de julho. Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a meta de inflação em 3,0% para 2024 e 2025, de forma continua de acordo com o esperado pelo mercado.

O IPCA-15 veio em linha com as expectativas e acumula 3,4% em doze meses. A queda na inflação, no preço do petróleo e a valorização da moeda brasileira contribuíram para uma visão mais positiva do Banco Central, que revisou sua projeção de PIB para 2023 (2,0%) e de inflação para 2023,2024 e 2025 (5,0%, 3,4%, 3,1%, respectivamente).

Por outro lado, a taxa de desemprego e a criação de vagas do trimestre decepcionaram o mercado. O mercado de trabalho vinha acima do esperado pelo mercado no início do ano, mas no último trimestre o desemprego recuou 0,3p.p. em relação ao trimestre móvel anterior e bateu 8,3%. Ainda, com o mercado esperando 188,7 mil vagas, foram criadas apenas 155,3 mil.

No mercado externo, gastos com consumo pessoal nos EUA cresceram abaixo do esperado. Além disso, a confiança do consumidor nos Estados Unidos superou expectativas. Na china, o PMI industrial atingiu 49,0 em junho e veio em linha com o consenso Refinitiv. 

E os juros locais seguem em queda livre, com as taxas futuras para 2024 apontando uma Selic terminal mais proxima dos 9% a.a. As NTN-Bs também seguem sua sequencia de quedas, mas menos expressivas do que a queda nos juros nominais, até por isso, nossa preferência maior em renda fixa são nos ativos indexados a inflação, por vermos um premio maior a ser capturado, além de ter o fator de proteção no caso das inflações seguintes surpreenderem negativamente.

Boletim Focus

A projeção do IPCA para este ano foi revisada para baixo, passando de 5,06% para 4,98%, atingindo um patamar inferior a 5% pela primeira vez em 2023. Além disso, a expectativa para 2024 também teve uma leve redução, de 3,98% para 3,92% e a mais longa, de 2026 em 3,5%, mostra que o Banco Central mostra credibilidade com a inflação longa convergindo para a meta.

Essa revisão é resultado de dados econômicos resilientes, que indicam uma desaceleração do processo inflacionário. Consequentemente, a inflação implícita começou a diminuir de forma consistente, levando os economistas a ajustarem suas projeções.

A projeção de crescimento do PIB deste ano subiu levemente de 2,18% para 2,19%, em linha com os recentes dados de atividade que têm apresentado surpresas positivas. É importante ressaltar que a projeção para 2024 também teve um aumento, de 1,22% para 1,28%.

As estimativas para o dólar neste ano permaneceram estáveis em R$/US$ 5,00. As projeções para os horizontes de 2025 e 2026 estão convergindo para um patamar entre R$/US$ 5,17 e 5,20. Para 2025, a projeção foi revisada para cima, passando de R$/US$ 5,15 para 5,17, enquanto a projeção para 2026 foi revisada para baixo, diminuindo de R$/US$ 5,25 para 5,20.

Uma importante atualização é a estimativa para a taxa Selic deste ano, que sofreu uma redução de 0,25 p.p., passando de 12,25% para 12,00%. Essa revisão está em conformidade com a ata do COPOM da semana passada, que indicou a possibilidade de um corte de juros em agosto. Para os anos 2024 e 2025, as projeções permaneceram estáveis em 9,50% e 9,00%, respectivamente.

Top pick da semana – Fundo Root Capital Crédito HG Plus

O Top Pick da semana é o fundo Root Capital Crédito HG Plus.

Este fundo tem por objetivo investir em titulos de renda fixa com risco mais baixo, tendo como objetivo entregar retornos acima do CDI. Como o mercado de crédito, assim como o de renda fixa como um todo passou por um grande ajuste de nivel de taxas e queda de risco, os gestores tem maior capacidade para escolher os momentos certos de entradas e saidas, principalmente de ativos de crédito privado.

O foco da alocação neste ativo é para composição da parcela de ativos de renda fixa de médio / longo prazo, visando principalmente a gestão ativa de ativos high grade, que ainda seguem com prêmios atrativos com baixo risco.

Ele tem como características:

  • valor inicial de R$5000,00;
  • taxa de administração 1,04% e taxa de performance de 20% sobre o que exceder a variação do CDI, cobrada semestralmente;
  • Cotização em D+1 úteis e liquidação em D+59 corridos após a data de cotização.

Renda fixa: o que esperar para a próxima semana?

Os grandes destaques da semana serão os índices de gerente de compras (PMI) nos EUA tanto na segunda feira (03), que será o de manufaturas quanto na quinta feira (06), que é o de não manufatura. No Brasil, o destaque vai para os dados de produção industrial do mês de maio, que sairá na terça feira (04).

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