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Publicado em 12 de Agosto às 12:44:02

Resultado Trimestral (2T21): Oi (OIBR3), Taesa (TAEE11), SulAmerica (SULA11), B3 (B3SA3), Inter (BIDI11), Valid (VLID3) e Hapvida (HAPV3)

Avaliação dos Resultados 

Oi (OIBR3):  Resultado do 2T21 neutro em nossa visão e abaixo do esperado pelo mercado. Dentro do novo plano estratégico da Oi, com enfoque em serviços e infraestrutura de fibra óptica, observou-se um forte crescimento da receita nesse segmento quando comparado ao 2T20 (+156,3%) e um aumento de 16,8% frente ao tri passado. Seu EBITDA de R$ 1,284 milhão ficou dentro do esperado, junto com sua margem de 29,3%. Apesar de tudo isso, continuamos com a recomendação de MANTER por enxergarmos alguns riscos nos planos da Oi: o mercado de fibra óptica é altamente pulverizado, com vários players lutando pelos seus espaços, impactando na capacidade de expansão da Oi. Além disso, ela depende da venda de parte de seus ativos para lidar com uma dívida bruta, que hoje está em R$ 29,1 bilhões, cujos maiores processos ainda estão em andamento. 

TAESA (TAEE11): Resultado 2T21 neutro para nossa tese. Do ponto de vista operacional, não observamos nenhuma surpresa negativa, com resultado vindo em linha com o consenso. Na realidade, como amplamente discutido em nosso início de cobertura, notamos o impacto expressivo do reajuste tarifário nas linhas expostas ao IGPM (+37% no reajuste). Como ponto de atenção, citamos o endividamento da empresa, que fechou o 2T21 em R$5,9 bilhões (4,6x Dív. Líq./EBITDA 12M) em um momento de aumento da taxa de juros. Mantemos nossa recomendação de VENDA para o ativo por acreditarmos que ele negocia acima do preço justo, em uma tentativa de antecipar o prêmio de controle e eventuais sinergias no momento em que o atual controlador vende sua participação remanescente na empresa.  

SulAmerica (SULA11): O resultado do 2T21 veio fraco, mas já era esperado por conta da segunda onda da Covid, que aumentou os custos médicos relacionados com a doença sem ter diminuído os procedimentos eletivos e com um impacto pior na sinistralidade do seguro de vida. O crescimento de prêmios desacelerou e os reajustes de preço de saúde individual, a partir do meio do ano, vieram negativos em um momento em que os custos ainda estão altos e a inflação crescente. A seguradora está tendo bons resultados no modelo verticalizado de saúde e em planos mais acessíveis, porém, de forma quase que orgânica, sem aquisições relevantes, perde espaço para as novas entrantes Hapvida e Intermédica que estão em processo de fusão. Reiteramos nosso MANTER no papel dado que os efeitos da Covid não são estruturais.     

B3 (B3SA3): B3 reportou um 2T21 em linha com as nossas expectativas, com crescimento robusto de 34% do lucro em relação ao mesmo tri do ano passado impulsionado por volumes maiores esse ano. No comparativo t/t não houve muita evolução. Os volumes vêm caindo por conta da menor volatilidade gerando um giro de ações menor. Apesar da pressão nos volumes, medo de potenciais competidores e ciclo de juros em alta, acreditamos que a tese de longo prazo continua robusta, com aumento de investidores de varejo na bolsa, novos produtos fomentando o volume (como BDRs e ETFs de cripto moedas) e aumento de investidores de alta frequência que devem continuar a ajudar a impulsionar o lucro da empresa. Mantemos nossa recomendação de COMPRAR em B3. 

Inter (BIDI11): O Inter apresentou um resultado do 2T21 acima do consenso e das nossas expectativas. Do lado positivo, o banco manteve um forte crescimento de base de clientes e receitas t/t e a/a, principalmente nas verticais de serviços. Do lado negativo, o aumento da inadimplência e custo de funding podem desacelerar o avanço do crédito. Entretanto, em função do forte avanço operacional, disponibilidade de capital e ambiente regulatório favorável, reiteramos a nossa recomendação de COMPRA. 

Valid (VLID3): A Valid reportou bons resultados no 2T21, com sinalização de uma boa recuperação de volumetria e lucratividade após um 2020 conturbado com pandemia, extensão do prazo de seu principal produto, CNH e mudança de management. Com novo management e plano de negócios, a empresa caminha para uma recuperação. O maior risco está na execução, ao nosso ver. Apesar do bom desempenho no 2T21, por enquanto, continuamos com nossa recomendação de MANTER até termos mais evidências da execução de sua estratégia. 

Hapvida (HAPV3): A Hapvida apresentou um lucro melhor do que expectativa de mercado no 2T21 em função do melhor resultado financeiro e custos médicos mais controlados do que pares – a grande vantagem competitiva da companhia no longo prazo. A continuidade do avanço da receita somada a expectativa de melhora da pandemia no segundo semestre e 2022 justificam a nossa recomendação de COMPRA. 

Oi (OIBR3): Expandindo, mas até quando? 

Dentro das metas da Nova Oi, destacaram-se os aumentos de HPs (casas passadas), que indicam uma maior penetração para a tecnologia de fibra óptica. Alcançando o número de 12 milhões, houve um aumento de 79,2% de HPs frente ao 2T20 refletindo os investimentos para expansão em sua infraestrutura. O ARPU da fibra alcançou os R$ 86,6 (+7,3% a.a) vinculada, por exemplo, a crescente demanda por velocidades mais altas (superior a 400 Mbps) impulsionada sobretudo durante a pandemia, onde a necessidade de atividades OTT (Over-the-top) como webcasting, video-conferências, streamings e plataformas de séries/filmes se tornaram mais comuns juntamente com o home-office, onde trabalhar via Internet se tornou imprescindível. Apesar da maior adesão ao sistema de fibra óptica, a entrada de novos players, sobretudo daqueles que fizeram captação via IPO nas últimas semanas (como Desktop, Unifiquei e Brisanet), sem contar as companhias mais tradicionais (Claro, Vivo e TIM), representam grandes desafios para a conquista e manutenção de seu marketshare, que hoje é de cerca de 16%. 

Pontos Positivos 

  • Marca V.tal. Antiga InfraCo, é uma rede de fibra neutra, com 400 mil km e presente em mais de 2300 cidades, espera-se gerar R$ 1,1 bilhão no EBITDA até o fim do ano além de possibilitar a entrada de mais atividades da Oi Fibra. 
  • B2B: Oi Soluções. Crescimento da receita de TI frente à queda na base de atacado legado, cuja perspectiva é que sua receita represente 40% da receita da Oi Soluções até 2024, dentro do total dado pelo guidance de R$ 2,6 bilhões. 
  • Obtenção de Lucro. A companhia obteve lucro de R$ 1,139 bilhão, marcado sobretudo por um alto resultado financeiro devido à valorização cambial do real frente ao dólar. 
  • ARPU e Receita de fibra. A fibra hoje corresponde à 31% da receita da Nova Oi, um aumento de 18% frente ao 2T20. O ARPU fibra também cresceu 7,3% a.a. acompanhando a expansão da fibra. 

Pontos Negativos  

  • Endividamento. A Oi terminou o 2T21 com uma relação dívida líquida/EBITDA de 4,78x, níveis altos e, assim, sofrem impactos diretos dos aumentos dos juros. Com parte da dívida em moeda estrangeira, há também uma grande exposição ao câmbio, expondo a companhia à situação política e fiscal brasileira.  
  • Setor de fibra pulverizado. Presença de muitos players em fibra dificultam obtenção de parcelas maiores do marketshare.    
  • Opex. Aumento do Opex em 1,2% comparado ao 2T20 representado pelo reajuste do IGPM nos contratos de aluguel postes e aumento das atividades comerciais.   

TAESA (TAEE11): Quem quer ficar com a TAESA? 

Confira um vídeo rápido sobre o balanço!

Operacional ok. Lucros desapontam. Empresa teve o tão esperado reajuste das suas receitas pelo IGPM parcialmente compensados pelo corte nas receitas de algumas de suas linhas em algumas de suas linhas que estão entrando no 16º ano de operação Linhas tipo II), fazendo com que a evolução do EBITDA tenha ficado em apenas 4,5% a/a. Como ponto de atenção, observamos o endividamento da empresa no trimestre (4,6x Dív. Líq./EBITDA 12M), diminuição na posição de caixa e impactos cambiais (R$76 milhões), o que ocasionou em uma alta despesa financeira no trimestre, derrubando os lucros trimestrais na comparação ano/ano (-56,5%), alcançando R$111,9 milhões. Vale mencionar que a despeito de qualquer opinião sobre o resultado da empresa, o grande gatilho de valor para as ações segue sendo a venda da fatia remanescente da empresa por parte do controlador. Para aqueles que estiverem interessados em conhecer melhor sobre a empresa, deixamos aqui a nossa conversa com o Gerente de RI da empresa, Cristiano Granjeiro. A conversa foi feita no canal da Genial Investimentos no dia 17 de junho.  

Pontos Positivos 

  • IGPM. Quase 60% dos contratos da empresa são expostos ao IGPM. 
  • Dividendos. Empresa segue com a política de distribuir maior parte dos seus lucros.  
  • Investimentos. Projetos entrando em operação devem favorecer o fluxo de caixa da empresa nos próximos trimestres.

Pontos Negativos  

  • Leilões. Oportunidades de crescimento mais restritas. 
  • Endividamento. Empresa fechou o 2T21 com uma relação dívida líquida/EBITDA de 4,6x – níveis elevados, principalmente em um momento de ciclo de alta de juros.  
  • Reforma Tributária. Possível tributação em dividendos reduz atratividade do negócio.    

SulAmérica (SULA11): A Segunda Onda  

Em um trimestre sazonalmente mais fraco, dado que os reajustes de preço do seguro saúde acontecem em grande parte a partir do meio do ano, o resultado do 2T21 veio ainda mais fraco que o normal, mas de certa forma esperado, dado o fraco desempenho das concorrentes como o Bradesco Seguros e a Intermédica. O resultado do 2T21 de SulAmerica foi impactado pela segunda onda da Covid levando a seguradora a um lucro de apenas R$ 29 milhões, queda 93% a/a, 46% t/t e 54% abaixo do consenso de R$62 milhões. O Covid elevou os custos médicos e sinistros de vida. Apesar do efeito Covid ser passageiro e a vacinação ajudar em uma recuperação mais rápida, o reajuste de preço negativo no saúde individual pode eventualmente pressionar as margens nos próximos trimestres.   

Pontos Positivos 

  • Beneficiários. Crescimento orgânico em planos coletivos de saúde e odonto de 13.6% a/a (+503 mil vidas).  
  • SulAmerica Direto Cresce. O plano mid-ticket (mais acessível), lançado em set/2020 cresce fortemente em 167% nos últimos 6 meses para 33 mil vidas.  
  • Despesas Administrativas Sob Controle. Custos sob controle com queda no índice de despesa administrativa de 3 p.p. a/a e 2 p.p. t/t para 6.7%.  
  • Previdência e Asset Aceleram. Voltam a acelerar, com receita operacional crescendo 16% a/a no previdência e 78% na asset  

Pontos Negativos  

  • Prêmios, Preço Regulado e Margens de Curto Prazo. Prêmios totais desaceleram para um crescimento de 6.7% a/a com potencial desaceleração no 3T dado os reajustes negativos dos planos individuais de –7%. Apesar da Sula não ofertar mais planos individuais, 7% dos membros de saúde ainda são de planos individuais. Preços mais baixos com custos médicos em alta podem pressionar as margens no curto prazo.  
  • Impacto da COVID. Impacto de R$530 milhões em custos relacionados a Covid, levando o índice de sinistralidade (custo/receita) do saúde a subir 16,7 p.p. a/a para 85,7% e do seguro vida a crescer 34,8 p.p. a/a para 90,6%.     
  • Resultado Financeiro. Apesar do aumento da taxa Selic, Sula reportou um resultado financeiro de apenas R$35 milhões, queda de 51% a/a, impactado pelas operações de previdência tradicional em função do descolamento do IGPM e IPCA.  

B3 (B3SA3): Lucrando bem, mas com volume enfraquecendo 

Em linhas gerais, o 2T21 de B3 veio dentro das nossas expectativas e em linha com o consenso de mercado, com uma boa evolução de lucro e receita em relação ao 2T20 e resultado parelho com o 1T21. O lucro reportado de R$ 1,19 bilhões no tri, cresce 34% a/a mas cai 5% t/t. Do lado negativo, os volumes da bolsa vêm desacelerando por conta de um menor giro (volatilidade) impactando os volumes que caíram 10% t/t, mas ainda bem acima do 2T20. A nova tabela de preços, teve impacto negativo nas receitas no tri, mas foi consistente com a estratégia de repasse de parte dos ganhos de alavancagem operacionais para o mercado. A B3 vem lançando novos produtos, promovendo iniciativas para atrair investidores de varejo e de alta frequência para bolsa, que devem garantir uma continuidade no crescimento de longo prazo. Por outro lado, medo de novos competidores, mudanças regulatórias e o aumento da taxa de juros acima das expectativas têm atrapalhado o desempenho das ações da bolsa.    

Pontos Positivos 

  • Aumento de Investidores na Bolsa. O número de investidores de varejo aumentou 8.9% t/t e 50% a/a para 3,2 milhões de CPFs – aumento de 1 milhão de novos investidores em um ano, mas ainda insignificante quando comparado a baixa pífia penetração de 1,5% da população brasileira. 
  • Novos Produtos Ajudam a Diversificar Ganhos. Foram lançados diversos novos produtos no tri, com destaque para registro de seguro e ETFs de criptomoedas. A diversificação de novos produtos adjacentes deve continuar a impulsionar o lucro da B3, descolando seu resultado do desempenho do índice Bovespa.    
  • Ofertas Continuam. O número de empresas listadas na bolsa saltou para 439, aumento de 4% t/t e 13% a/a. No 2T21, foram 13 IPOs e 10 follow-nos que movimentaram R$ 46 bilhões.  
  • Tecnologia e Dados. Receita de dados cresce 28% a/a e 5% t/t chegando a R$342 milhões no 2T21. 
  • JV com Totvs. Em julho, a B3 anunciou o investimento na Dimensa, companhia controlada da Totvs com foco no desenvolvimento de softwares de gestão de back-office, uma das principais reclamações dos usuários da B3. 

Pontos Negativos  

  • Custos. A B3 aumentou o guidance de despesas operacionais (Opex) em 6% para fazer frente aos novos lançamentos de produtos.   
  • Volumes em Queda. Apesar do aumento de 17% a/a, a média de volume diário (ADTV) da bolsa cai 10% t/t para R$ 33 bilhões.   
  • Medo de Competição. Tema recorrente, boatos sobre novos entrantes derrubaram o papel e continuam a atrapalhar o bom desempenho das ações.   
  • Juros em Alta. De certa forma, juros baixos favorecem a volumetria dos produtos da B3. O ciclo de alta de juros era esperado, mas na margem, as expectativas da Selic no fim do clico têm sido de uma alta maior que estimada, atrapalhando a percepção sobre os fundamentos de volume.    
  • Contingência Legal. No 2T21, a B3 revisou de remoto para possível o prognóstico de perda de uma contingência legal relacionada da BM&F a supostos prejuízos decorrentes de transações realizadas pelo Banco Central em jan/1999 no mercado futuro de dólar. De acordo com as regras contábeis, não são exigidas provisões para esta contingência. 

Inter (BIDI11): Crescimento de fintech, preocupação de bancão! 

O lucro do Inter no 2T21 foi de R$ 19m, acima das nossas expectativas e do consenso de mercado. Na nossa visão, os números operacionais continuaram excepcionais, com volume de clientes mantendo crescimento acima de 100% a/a e carteira de crédito avançando impressionantes 121% a/a. O Inter shop trouxe 423 mil novos usuários no 2T21, atingindo 2,1 milhões de clientes ativos. Na vertical de seguros, a companhia atingiu 532 mil segurados no tri, um crescimento de 45% t/t e 342% a/a.   

Do lado financeiro, a nossa principal ressalva é com o custo de funding, que subiu 0,6 p.p no trimestre, e inadimplência (NPL 90 dias), que avançou 0,3 p.p. A continuidade da tendência pode frear o crescimento da carteira, o que seria negativo para a tese, na medida em que um de seus pilares é o alto market share de clientes e baixa penetração em crédito, gap que esperamos que se reduza nos próximos anos. 

Pontos Positivos 

  • Carteira. Carteira cresceu acentuadamente com destaque para crédito empresas e pessoal, cujas variações foram de 16,3% e 8,5%, respectivamente. 
  • ARPU de serviços. Com rápidos avanços nos diversos segmentos de negócio, ARPU de serviços cresceu 30% a/a, aumentando a diversificação de receitas. 
  • NPS. O índice de satisfação atingiu 84 pontos, contribuindo para o cross sell entre o canal bancário e produtos do Inter. 
  • Floating. Depósitos a vista atingiram R$ 8,3 b, um crescimento de 130% a/a que somado à alta da selic poderá aumentar a receita de floating. A receita de floating está subindo 105% a/a, mitigando grande parte do aumento do custo de captação.  
  • Take rate. O take rate do Intershop atingiu 7,2%, maior patamar desde o lançamento do marketplace. 

Pontos Negativos  

  • Pressão de funding. Alta do custo de captação poderá pressionar margens. 
  • Inadimplência crescente. O aumento da inadimplência pode frear o crescimento da carteira de crédito, um dos pilares da tese. 
  • Cash back. A fim de tracionar a captação de novos clientes, o Inter está mais agressivo no cashback, cuja despesa já corresponde a 107% da receita do market place. 

Valid (VLID3): Voltando a normalidade 

O 2T21 da Valid sinaliza uma boa recuperação de volumetria e lucratividade após um 2020 conturbado. Receita bate R$ 541 milhões no 2T21, 31% maior a/a. EBITDA ajustado sobe 302% a/a e 16% t/t para R$ 70,6 milhões. Com um corpo de executivos totalmente renovado e novo plano de negócios, a empresa caminha para uma recuperação dos impactos profundos da pandemia em suas operações. Gostamos do plano já que a empresa possui ótimo ativo para explorar. O maior risco está na execução, ao nosso ver.  

Pontos Positivos 

  • VGS. Volta das frentes governamentais (VGS) principalmente na emissão de documentos. 
  • VBS. Retomada na demanda da unidade de soluções de negócios (VBS), principalmente na emissão de cartões bancários impulsionados pelo boom concorrencial entre fintechs, plataformas, bancos digitais e incumbentes.  
  • VDS. Crescimento das receitas digitais (VDS), principalmente smart cities e certificados digitais. Em junho começou a operação do estacionamento digital (V/Park) em Guarulhos e Vitoria da Conquista.  
  • Eficiência. Melhora na eficiência em custos. Fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) com transferência das atividades para unidade de Sorocaba.  
  • Debenture. Emissão de uma debenture de R$ 531 milhões, última etapa da reestruturação do balanço da empresa. 
  • Decisão Favorável. Em junho, a empresa obteve decisão judicial favorável de R$ 47,6 milhões relacionadas a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. 

Pontos Negativos  

  • Prejuízo. A empresa continua no vermelho, reportando um prejuízo de R$ 18 milhões no tri.  
  • Caixa Caiu. Caixa final cai em R$ 52 milhões mesmo com a emissão de debenture e aumento de capital de (R$ 99m)  
  • Despesas em alta. Despesas com vendas subiram 77% a/a. Despesas administrativas aumentaram 71% a/a. 
  • Em Recuperação. As atividades de muitas das unidades, em particular da V/Doc, continuam a rodar abaixo do normalizado por conta da pandemia.  
  • Risco de Execução. O maior risco está na execução, ao nosso ver. Com um corpo de executivos totalmente renovado e novo plano de negócios, a empresa caminha para uma recuperação do impacto da pandemia.   

Hapvida (HAPV3): Dos males o menor 

A Hapvida apresentou um lucro de R$ 291m no 2T21, 46% acima das expectativas de mercado, mas decrescendo 29,5% a/a. O comparativo a/a é prejudicado pelo forte resultado do 2T20, em função da suspensão de procedimentos eletivos durante a primeira onda da pandemia. A performance desse trimestre, apesar de prejudicada pelo segunda onda pandêmica e volta dos procedimentos eletivas, poderia ter sido pior a exemplo dos impactos na Intermédica e SulAmérica. 

Pontos Positivos 

  • Aumento dos leitos. Encerraram o trimestre com 507 leitos a mais em relação ao 2T20. Apesar da queda t/t, ela se deve principalmente ao arrefecimento da pandemia covid-19, gerando o desmonte de estrutura de urgência. 
  • Crescimento. Apesar do lucro mais pressionado pela pandemia, o número de beneficiários está crescendo 16,7% a/a, mostrando tendência positiva para segundo semestre. 
  • Resultado financeiro melhor. Com alta dos juros, o resultado financeiro da companhia vem melhorando gradativamente. As receitas financeiras cresceram 47,6% a.a. 

Pontos Negativos  

  • Despesas de vendas aumentando. Para manter ritmo de crescimento a Hapvida está ampliando suas despesas de vendas, fazendo com que o índice de despesas de vendas atingisse 8,1% ante 6,2% no 1T21. 
  • Menor sinistralidade do setor. Mesmo com cenário adverso, a empresa conseguiu manter uma sinistralidade de 66,6%, a menor do segmento. 
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