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Publicado em 24 de Outubro às 22:23:40

Temporada de Resultados 3T23: Datas e Expectativas

No terceiro trimestre de 2023, os ativos brasileiros enfrentaram pressões significativas. Embora muito dessa pressão tenha se originado do cenário macroeconômico internacional, os fundamentos locais também tiveram um impacto negativo. Essa piora esteve vinculada, sobretudo, às expectativas acerca das políticas fiscais e da trajetória da dívida brasileira nos anos vindouros.

Historicamente, o início de um ciclo de corte de juros no Brasil tem sido positivo para a Bolsa. Estatisticamente, uma queda de 1 ponto percentual da Selic geralmente resulta em uma alta de 8% na Bolsa. Contudo, o mercado brasileiro foi impactado por uma combinação de fatores adversos, como:

  1. alta das taxas de juros de longo prazo globalmente, puxada pelas Treasuries nos EUA;
  2. uma recuperação ainda tímida da economia chinesa, com pressão negativa ainda do setor imobiliário;
  3. riscos relacionados ao não cumprimento das metas fiscais e discussões sobre possíveis mudanças na tributação das empresas;
  4. saída do investidor estrangeiro.

Em números, o Ibovespa teve uma retração de 1,29% em reais e 5% em dólares. Em contrapartida, as ações globais (ACWI) caíram 3,72% em dólares, as ações emergentes (EEM) recuaram 4,07%, e o índice norte-americano S&P500 teve uma queda de 3,65%. Assim, a bolsa brasileira foi, em média, mais prejudicada do que as ações globais, as ações de países emergentes e as ações nos EUA.

Quanto à próxima temporada de balanços, a expectativa é de resultados mistos, refletindo um ambiente ainda complexo tanto no Brasil quanto no cenário global. Mais do que nunca, o desempenho individual de cada empresa será o grande destaque. Esse esforço micro deve ser reconhecido e valorizado pelo investidor local.

Alimentos

Em frigoríficos, esperamos resultados sequencialmente melhores. Vemos uma normalização na oferta global de frango, que deve beneficiar uma recuperação gradual de margens em operações de produção de frango, como as da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) e Seara, no caso da JBS, e da BRF. Em suínos, vemos uma normalização da oferta nos EUA, assim, esperamos uma recuperação sequencial de margens em JBS USA Pork. Em bovinos, o ciclo pecuário segue difícil nos EUA, com a baixa oferta de gado prejudicando as margens das operações no país, como as da JBS Beef North America e da Marfrig, a qual possui ~40% de seu faturamento oriundo dos EUA. Já no Brasil, o ciclo se encontra em um momento positivo, com a alta oferta de gado viabilizando uma expansão de margens das operações de bovinos no país, o que deve favorecer, principalmente, a Minerva.

Já em bebidas, estimamos um trimestre mediano para a Ambev, com pequeno crescimento de top-line impulsionado pela melhora na receita líquida por hectolitro (ROL/hl), e margens razoáveis. Os destaques positivos devem vir do Brasil, e do CAC (América Central e Caribe), enquanto os negativos da Argentina, pertencente ao LAS (América Latina do Sul), e do Canadá. Seguimos monitorando os eventuais impactos da reforma tributária na companhia, em especial, em relação a possível implementação do Imposto Seletivo e eventual fim do JCP.

Agrícolas

No geral, esperamos resultados fracos das empresas agrícolas, devido a queda nos preços das commodities agrícolas ao longo do último ano. Com isso esperamos queda de receita e margens das empresas. A exceção é a Boa Safra, que por não ser uma produtora é menos impactada com maior volumes e preços e consequentemente maior receita e EBITDA da empresa.

Bancos

No geral, vemos que as novas safras estão performando melhor, o que deve começar a dar sinais de estabilidade nos níveis de inadimplência acima de 90 dias e possivelmente fazendo com que os níveis nominais de provisão para devedores duvidosos (PDD) comecem as ficar mais estáveis. Além disso, a queda da taxa Selic deve começar ajudar a linha de margem com mercado (tesouraria) de Bradesco e Santander. Ademais, vemos ainda as receitas de tarifas em patamares fracos com o mercado de capitais mais fechado e menores taxas arrecadadas com conta correntes. Continuamos mais otimistas com as teses de Itaú e Banco do Brasil, que devem continuar entregando rentabilidades robustas próximo de 20%. Por outro lado, ainda continuamos mais pessimistas com a tese de Santander e Bradesco que devem ficar com rentabilidades um pouco acima de 10%, porém com algum sinal de melhora à vista. Com alguma sinalização de melhora para os próximos trimestres, alteramos nossa recomendação de Santander, saindo de VENDER para MANTER. Já do lado dos neobanks, esperamos que o Inter continuará com o foco na geração de rentabilidade, o que deve fazer com que a instituição apresente melhoras na lucratividade.

Educação

O terceiro trimestre do ano é responsável pelo segundo ciclo de captação dos alunos. Com a atual conjuntura macroeconômica, esperamos resultados mistos da entrada de alunos. Nesse trimestre, o destaque deve ser puxado pelo aumento de preços tanto nas mensalidades do online como do presencial. O alto grau de alavancagem das companhias seguirá impactando o lucro das companhias.

Energia

No setor de energia, esperamos resultados sem grandes surpresas. No primeiro semestre do ano, as empresas de geração já realizaram os movimentos de contratação de seu portfólio para proteção contra os baixos preços de energia para os próximos anos, o que nos faz esperar resultados mais em linha com o histórico da empresa, sem grandes surpresas. Para as empresas de transmissão, é característico da operação resultados constantes com crescimento atrelado a inflação e a consolidação dos novos ativos adquiridos no último leilão, a depender da empresa.

Papel e Celulose

Embora na comparação trimestral a curva da celulose fibra curta tenha tido uma leve melhora (US$530/t vs. US$520/t), ainda não devemos ver uma recuperação no preço realizado das companhias, por operarem geralmente com ~1 mês de atraso à curva. Embora a conjuntura de papel também não seja plenamente favorável, as dinâmicas de distanciamento com a commodity trazem maior resiliência para papéis e embalagens vs. a celulose de mercado.

Sendo assim, no caso de Klabin, esperamos resultados em uma alta marginal t/t, com a entrada na sazonalidade positiva para as vendas de papéis e embalagens, e pela retomada da produção em Puma I, após paralizações programadas para manutenção. Na outra mão, para a Suzano, estimamos que o seu hedge cambial que trouxe um grande efeito positivo no 2T23, deve trazer números negativos para o trimestre atual. Além de que, para adequar sua produção após junho, em -4% da capacidade usual, esperamos vendas em retração, o que também vem a ocasionar um resultado de detração mais forte.

Imobiliárias

Construtoras MCMV: de forma geral, a performance das construtoras expostas ao Programa Minha Casa Minha Vida se manteve muito boa. A demanda por habitação continua alta, garantindo uma boa absorção das unidades lançadas, que pode ser vista pela manutenção de VSO alto e crescimento de VSO no caso de Tenda e MRV. Além disso, os preços médios de lançamentos continuam aumentando – ainda que em menor magnitude – de forma que devemos continuar a ver uma recuperação das margens (MRV e Tenda) e possível crescimento das margens para além do nível de atuação dos últimos trimestres (especialmente para Cury, ainda que não necessariamente no 3T23). A perspectiva para o segmento ainda é positiva, de olho nas mudanças mais recentes do programa e aumento do funding anual destinado a habitação, especialmente pelo FGTS. Neste trimestre, dentro do segmento, destacamos negativamente MRV devido à queima de caixa que veio acima do guidance proposto pela companhia no MRV Day; e positivamente, Cury, que segue vendendo apartamento como se fosse água, enquanto se prepara para crescer seu ritmo de lançamentos e gerando muito caixa (FCFY anualizado de 12% no trimestre!).

Construtoras média/alta renda: a performance das construtoras desse segmento deve ser fraca no trimestre, de forma geral, com quedas em receita e lucro no comparativo trimestral. Do ponto de vista positivo, acreditamos que devem se destacar Cyrela e Moura Dubeux, com manutenção de ROE em patamares razoáveis para o momento macroeconômico desafiador para o setor. Enquanto do lado negativo, temos Eztec com ROE ainda muito aquém do agradável para investidores (~3% anualizado).

Indústria

Quando olhamos para o setor de máquinas industriais, acreditamos que o grande catalisador continue sendo os grandes projetos voltados para os setores de óleo & gás, além do segmento de T&D, que por sua vez deve continuar reportando bons números principalmente no continente norte americano. Além disso, esperamos que a continuidade de uma demanda fraca no segmento de solar também continue no 3T23, assim como no trimestre passado, enquanto a demanda por produtos de ciclo curto também deverá se mostrar relativamente fraca, principalmente no continente europeu. A junção desses fatores, que combinam uma maior concentração de produtos de ciclo longo, e de forma oposta para o solar deve favorecer as margens da WEG, que devem se manter em níveis superiores aos 20% novamente.

Já quando olhamos para o setor automotivo, a dinâmica também não deve ser muito diferente do trimestre passado. No cenário doméstico ainda temos uma demanda fraca no segmento de pesados, que deve prejudicar a divisão de autopeças para OEM de Randoncorp e os resultados domésticos de Tupy. No entanto, ainda observamos uma demanda externa forte, principalmente no que diz respeito ao comércio de máquinas para os segmentos ligados para construção e óleo & gás. Do lado do segmento de autopeças de reposição, ainda vemos uma demanda forte, segundo o último relatório divulgado pelo sindipeças, o setor vem crescendo nos meses relativos ao 3T23, acumulando uma alta de mais de 20% no ano corrente.

Mineração

Temos expectativas positivas para as mineradoras no 3T23, principalmente pela (i) entrada na sazonalidade positiva na produção de minério de ferro nos 2S’s, e (ii) alta de preços realizados, tanto por uma leve aceleração na curva 62% Fe (US$114/t vs. US$111/t), mas também por um preço provisionado no fim do trimestre melhor (US$118/t vs. US$110/t).

No caso de Vale, ainda temos uma venda de minério adicional, se desfazendo do estoque criado durante o 1S23, e diminuindo o gap natural entre produção e vendas no trimestre. Além disso, com a resolução dos empasses vistos nos embarques do Porto de Madeira, esperamos custos menores para o C1, embora maiores custos com frete pelo aumento no preço do bunker; resultando em um EBITDA em alta sequencialmente e a/a.

Para a CMIN, nossa estimativa é de um trimestre com um novo recorde para produção e vendas, em melhoras sequenciais para atingir com facilidade o guidance de 39-41Mt para 2023. Junto com a dinâmica de melhor realização de preços, ainda que afetada pela maior penetração de minério low grade as compras de terceiros devem baixar, o que provavelmente se traduzirá em um maior EBITDA e expansão de margem no 3T23.

Siderurgia

Prevemos um cenário de continua deterioração dos números para players nacionais de siderurgia, visto a grande quantidade de exportações vindas da China inundando o mercado brasileiro e criando um ambiente de extrema concorrência e guerra de preços. As estimativas do Instituto Aço Brasil (IABr) para o volume de aço importado dentro do consumo aparente no brasil em 2023 foram recentemente revisadas para cima, atingindo 5Mt (vs. 3Mt em 2022).

Para a Gerdau, esperamos contrações nos resultados, sofrendo tanto na ON Brasil como ON América do Norte. Para a unidade no Brasil, esperamos  uma retração maior no volume e na América do Norte  no preço. Na Usiminas, a reforma do Alto-forno 3 de Ipatinga, que acontece desde abril, ainda deve trazer impactos negativos nos seus custos, visto a utilização de placas compradas anteriormente tramitando pelo COGS na DRE; além disso, esperamos novas correções de preços, possivelmente trazendo uma reversão do lucro líquido visto no trimestre passado, passando para um prejuízo no 3T23.

 A Holding CSN deve se beneficiar da diversificação, embora seu principal negócio em termos de receita, a siderurgia, traga resultados fracos, pela dinâmica setorial. A recuperação da unidade de mineração (cujo dinâmica preferimos vs. siderurgia no 3T23) e a evolução das sinergias em cimentos devem se destacar e melhorar seu resultado consolidado.

Óleo e Gás

Os principais destaques operacionais no 3T23 deverão vir da Petrobras e Prio, que são exatamente os cases que estão operando sem grandes contratempos em suas operações e surfando bem os preços do petróleo ao longo do trimestre. Ambas as empresas estão obtendo níveis de produção recordes, o que, aliado aos preços elevados que observamos no trimestre para o barri de petróleo, deverá resultar em uma expressiva geração de caixa no trimestre.

Saúde

Para os resultados do 3T23, entre as empresas sob nossa cobertura, estamos mais otimistas com o resultado de Fleury (FLRY3). Continuamos a ver bom crescimento orgânico, com coleta de sinergias acelerando. Estamos cautelosos com os resultados de Qualicorp (QUAL3), esperando que o reajuste de preços nos contratos de adesão prejudique os resultados da companhia. No geral, o terceiro trimestre apresenta sazonalidade parecida com o segundo trimestre, em que os prestadores de serviços hospitalares são mais beneficiados que as operadoras de planos de saúde, e esperamos que esse seja o caso no trimestre.

Saneamento Básico

No geral, esperamos resultados em linha dentro do setor de saneamento. Sem muitas novidades dentro desse segundo semestre, as empresas devem reportar bons números, mas sempre em linha com o passado de suas companhias. Acreditamos ainda que o que pode vir a destravar valor no setor seria o evento de privatização. De qual das empresas? Por enquanto, das três, a que parece estar mais avançada nesse quesito é a Sabesp, mas qual será a primeira a efetivamente completar esse movimento, essa é a pergunta de R$1 milhão.

Seguradoras

Esperamos que as seguradoras apresentem um bom resultado para o 3T23. Vemos a Porto se beneficiando ainda do processo de reprecificação realizado nos últimos trimestres e índice de sinistralidade em níveis atrativos. BB Seguridade deve continuar com bons níveis de prêmios, puxados em parte pelo agronegócio após a divulgação do Plano Safra 23/24 e pelo resultado financeiro robusto impulsionado pela Selic ainda elevada e pelo descasamento entre IPCA e IGPM na unidade de previdência. Elevamos a BB Seguridade como nossa TOP PICK do setor por não estar exposta a questões regulatórias recentes como as discussões dos juros sobre capital próprio e cartão de crédito. Já para o IRB, estimamos que a companhia continuará no processo de turnaround tocado pela nova gestão que deve começar a entregar melhores indicadores operacionais.

Serviços Financeiros

Para Cielo, esperamos que o cenário continuará mais desafiador com o volume financeiro transacionado (TPV) ainda em dificuldades com um cenário macroeconômico desafiador. Além disso, vemos a concorrência ainda acirrada, podendo apresentar mais um trimestre com perda de market share. Para B3, vemos um cenário mais neutro, apesar dos volumes diários negociados (ADTV) mais fracos para o 3T23, as margens devem equilibrar a geração de receita, mas vemos uma tendência negativa mais a frente se os cenários macroeconômicos local e internacional se mantiverem conturbados, podendo impactar ainda mais os volumes negociados para os próximos trimestres e que talvez não consigam ser salvos pelas margens. Por fim, para a Valid estimamos mais um trimestre positivo com uma lucratividade atrativa, beneficiado pela nova estrutura de capital da empresa. Porém, vemos que as margens da Valid devem começar a se normalizar após o efeito pandemia, o que deve impactar no crescimento operacional mais à frente.

Tecnologia

Méliuz: Esperamos um resultado melhor da empresa, com uma melhora por questões sazonais e também devido a estratégia de redução de custos e despesas da empresa. Acreditamos que nesse trimestre a empresa deve reportar um EBITDA próximo do Break-even na Controladora e um pouco negativo no Consolidado devido a sua operação internacional.

Intelbras: Temos a expectativa de um trimestre fraco, com queda na receita no t/t e no a/a. Os destaques negativos estão nas unidades de segurança e comunicação, que apresentaram um crescimento mais fraco do que o histórico. No entanto, no segmento solar, acreditamos que continuará com um desempenho fraco, mas prevemos um aumento sequencial, o que pode indicar que o pior já passou.

Telecom

Para a Vivo, esperamos resultados sólidos, com crescimento de receita novamente acima da inflação. O resultado deve vir impulsionado pelo segmento do pós-pago, que vem performando bem com os reajustes de preço da parte remanescente da base. O churn deve continuar baixo mesmo com o aumento dos preços, e estamos projetando margens saudáveis para este 3T23. Por fim, custos devem vir normalizados após trimestre de one-off e lucro líquido deve apresentar bom crescimento sequencial.

Para a TIM, projetamos crescimento de receita com margens saudáveis no primeiro semestre com base 100% comparável após a compra de parte da Oi móvel. Houve ajuste de preços apenas no segmento pré-pago e acreditamos que a empresa terá um bom desempenho na migração da base, melhorando o upselling de seus clientes e mantendo o churn em patamares baixos. Além disso, esperamos um bom crescimento anual do lucro líquido.

Transporte

Para o setor aéreo, acreditamos que os dois principais pontos de destaque devam ser a manutenção de tarifas e um a boa dinâmica de custos, dado que os reajustes que proporcionaram quedas substanciais nos preços dos combustíveis devem ser contabilizados nos resultados do 3º trimestre. Sendo assim, a mistura de ambos os fatores aliado a uma melhor sazonalidade do período deve corroborar com ganhos de receita e manutenção de margens em patamares ainda elevados. No entanto, ressaltamos que seguimos cautelosos com o setor aéreo, principalmente após os novos reajustes no preço do Querosene de Aviação (QAV) anunciados pela Petrobras e a forte escalada de preços do petróleo, que pode elevar ainda mais o valor do combustível no curto/médio prazo.

Já para o setor de locação, esperamos uma boa dinâmica – tanto para leves quanto para pesados, puxados também por uma sazonalidade favorável além de novas precificações e adições de contratos. No entanto, tais segmentos devem ser contrabalanceados por uma continuidade de uma demanda relativamente fraca na ponta de concessionárias de pesados, além de níveis de depreciação elevados, que corroem os resultados de seminovos de Movida e Localiza.

Varejo

No setor de varejo alimentar, a desinflação alimentar deve continuar sendo o principal mover do trimestre. Players de atacarejo nacional, como Assaí e Atacadão, devem apresentar um Same Store Sales em dígito negativo, enquanto Grupo Mateus se destaca em relação à produtividade, porém desacelerando o SSS sequencialmente. A bandeira Pão de Açúcar deve ser o grande destaque positivo do trimestre, reflexo do aumento de volume capturado pela companhia com a venda de perecíveis.
Em e-commerce não esperamos nenhuma grande novidade do que já vem acontecendo nos últimos trimestres. Casas Bahia deve mostrar uma forte desaceleração de margem, reflexo da liquidação de seus estoques e da reestruturação de seus canais. Magazine Luiza e Mercado Livre devem seguir avançando as vendas de seu marketplace acima de 20% a/a. Em termos de rentabilidade, MELI seguindo se destacando em relação aos pares. Esperamos que Magalu e Casas Bahia apresente mais um trimestre de forte prejuízo líquido.

Para o segmento farmacêutico, apesar de um reajuste CMED menor a/a, esperamos uma boa performance do top line. Não devemos ter nenhuma surpresa na margem bruta, com as empresas do setor tendo alavancagem operacional e mantendo seu patamar de rentabilidade. Destaques de crescimento vai para RADL enquanto o resultado financeiro pesará para PGMN.
Em vestuário, com um trimestre mais promocional provocado pela troca de coleção e uma recomposição de volume ainda fraca, esperamos um baixo crescimento do faturamento a/a das companhias. A queda na matéria prima começa a ter feitos positivos ajudando na recomposição de margem bruta, trazendo uma expectativa de rentabilidade flat ano contra ano.

Calendário de Resultados do 3T23

A seguir você encontra as datas de divulgação dos resultados das principais empresas listadas, bem como as ESTIMATIVAS DO CONSENSO DE MERCADO.

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