Ygor Bastos

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Publicado em 03 de Janeiro às 04:28:02

Carteira Recomendada Top Dividendos – Janeiro 2024

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir com foco em dividendos em janeiro de 2024

Resumo

Dezembro de 2023 foi mais um mês positivo para o mercado de ações brasileiro, com o Ibovespa registrando uma alta de 5,4%, superando a carteira Top Dividendos que subiu 4,5% no período. A valorização acumulada desde o lançamento da nossa carteira atingiu expressivos 26,1%, que, embora mais conservadora do que o Ibovespa, ainda assim conseguiu entregar um ótimo retorno para quem seguiu as recomendações.

Para 2024, as estratégias estão sendo ajustadas para incorporar um aumento de risco calculado, mantendo o foco em ativos geradores de caixa e com boas projeções de proventos. Com a taxa Selic em tendência de queda, nosso foco se volta para empresas que se beneficiem desse cenário, buscando um equilíbrio entre riscos e retornos associados.

Cenário Macro

O cenário macroeconômico global segue dando espaço para ampliarmos o risco de maneira gradual, tornando nossa estratégia de alocação levemente mais arrojada. Com ventos soprando na direção favorável para os ativos de renda variável, o mercado aposta em cortes de juros nos EUA já nos primeiros trimestres do ano. Caso o ciclo de corte por lá realmente se inicie nesse período, o Banco Central brasileiro terá mais espaço para reduzir os juros locais, o que poderá favorecer empresas descontadas e com certo grau de alavancagem.

Para o mês de janeiro, reduziremos a exposição ao setor elétrico, com objetivo de aumentar o risco da carteira, mas ainda assim, equilibraremos os pesos em setores defensivos e que julgamos atrativos.

Objetivo da Carteira

A Carteira Top Dividendos visa superar o desempenho do IDIV no longo prazo por meio de empresas que apresentarão retornos totais acima da média do mercado. Elaboramos esta carteira para potencializar os retornos dos investidores via recebimento de proventos.

A seleção dos ativos se baseia em critérios fundamentalistas, alinhados com as opiniões do time do Genial Analisa. Analisamos as dinâmicas dos setores, a qualidade das empresas, a geração de caixa e a necessidade de investimento projetada das empresas no médio/longo prazo.

CENÁRIO MACRO

O Brasil entra em 2024 com uma perspectiva otimista quanto à política monetária, com a expectativa de que o Banco Central continue seu ciclo de cortes na Selic, visando estimular a economia sem comprometer o controle inflacionário. A combinação de uma desaceleração na atividade econômica, marcada pelo recuo em setores críticos como serviços e varejo, uma gradual retração no mercado de crédito, e sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho, consolida a percepção de que a economia brasileira está desacelerando de forma acentuada. Além disso, a inflação anualizada se encontra abaixo do limite superior da meta e portanto acreditamso que há espaço para o Banco Central continuar cortando a Selic.

A expectativa de uma desaceleração gradual na economia dos EUA, controlando a inflação e evitando uma recessão significativa, abriu espaço para maiores reduções das taxas de juros no Brasil. Embora alguns membros do Fed consideram a precificação atual do mercado otimista, no “pior” dos casos teremos o início do ciclo de corte por lá entre o final do primeiro e início do segundo semestre de 2024.

Esse início da corte das taxas de juros pelo Fed é um sinal positivo para o mercado brasileiro, não só pela busca dos investidores por mais risco (favorecendo mercados emergentes) mas também pelo alívio das pressões no câmbio. Quanto antes, iniciado o ciclo de corte nos EUA, mais espaço o BC brasileiro tem para aumentar magnitude dos cortes no Brasil. Adicionalmente, juros mais baixos no fim de ciclo por lá, permitem que uma Selic terminal menor por aqui.

Ainda que secundário, o cenário fiscal permanece como um dos principais desafios para o Brasil em 2024. A expectativa de mudança na meta fiscal é agravada pela deterioração das contas públicas, evidente no acumulado do ano, com déficit primário significativo frente a um superávit no período anterior. Essa preocupação persistente está conduzindo o Banco Central a adotar uma postura mais cautelosa em relação à implementação de estímulos monetários.

Na China, os esforços de estímulo econômico do governo estão começando a mostrar resultados, particularmente na produção industrial e nas vendas no varejo que superaram as expectativas em novembro devido ao efeito base. Com a confirmação do suporte do governo chinês de ¥1 trilhão (~US$140 bilhões) para investimentos em moradias sociais, o preço do minério de ferro permanece 30% acima da média histórica dos últimos 10 anos.

Olhando para o futuro, a perspectiva para a economia chinesa permanece conservadora. A previsão de continuidade do enfraquecimento do mercado imobiliário, juntamente com a desaceleração global e a pressão do aperto monetário nas principais economias, sugere um caminho difícil pela frente. Enquanto a revisão altista da projeção de crescimento para 2023 de 4,8% para 5,0% oferece uma luz de otimismo, ela parece ser mais um ajuste técnico do que uma indicação de melhora substancial, mantendo assim uma abordagem cautelosa para 2024.

CENÁRIO AÇÕES

Com a dinâmica externo melhorando, o cenário para as ações brasileiras é de otimismo, com vários fatores contribuindo para um ambiente mais favorável ao risco. A queda esperada das taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos EUA, a retomada do fluxo de investidores estrangeiros, e a potencial migração de capital da renda fixa para a renda variável são elementos que podem sustentar e impulsionar o mercado de ações brasileiro em 2024.

O mercado já projeta uma Selic média próxima a 10% para 2024, uma redução significativa em relação aos 13,25% de 2023, o que sinaliza menores despesas financeiras e, consequentemente, um aumento nos lucros das empresas. Embora o mercado acumule alta de 22,7% em 2023, algumas classes de ativos ainda não se apropriaram das revisões de lucro projetado para 2024.

Apesar da antecipação de um ambiente de juros mais baixos, o volume negociado na Bolsa (ADTV) até agora não reagiu de maneira significativa, indicando que a reação do mercado pode estar apenas no começo. Essa retomada mais robusta dos investidores estrangeiros no mercado acionário brasileiro, pode ser potencializada por valuations comparativamente menores. Apesar da economia brasileira ainda não mostrar sinais claros de recuperação e da fragilidade fiscal, o Brasil se destaca por estar em uma posição relativamente melhor do que outros países emergentes, como a Rússia, que perdeu atratividade devido a conflitos com a Ucrânia, e a China, que enfrenta questões geopolíticas e desaceleração econômica, entre outros concorrentes globais.

Mesmo após o forte rali de fim de ano, ainda existe espaço para a continuidade do movimento de alta. Se considerarmos apenas uma regressão à média o Ibovespa ainda teria espaço para se valorizar ao menos 25%. Hoje, o Ibovespa está sendo negociado a um múltiplo Preço/Lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses de 8,3x, vs uma média histórica de 11x. Ao excluir as gigantes Petrobras e Vale do cálculo, o Ibovespa apresenta um múltiplo P/L de 10,7x, ainda abaixo da média histórica de 12,2x, resultando em um desconto de 13%.

Em dezembro o investidor estrangeiro retomou sua presença de forma mais robusta no mercado acionário brasileiro, buscando uma maior exposição global a ativos de risco. Até o dia 26 de dezembro, os investidores estrangeiros entraram com quase R$ 17 bilhões após um mês de novembro excepcional, que registrou um fluxo de entrada de R$ 21 bilhões. Isso levou o saldo anual desses investidores a atingir a máxima do ano, totalizando R$ 44,3 bilhões.

Por outro lado, o investidor local apresentou um comportamento diferente. Os investidores institucionais brasileiros registraram uma saída significativa, somando R$ 12,3 bilhões. Ainda há uma quantidade considerável de capital alocado em renda fixa incentivada, refletindo a cautela dos investidores em um período de incerteza econômica global e transição de governo local.

O resgate expressivo de investimentos institucionais reflete justamente esse período desafiador, onde boa parte dos recursos fluíram para renda fixa. No entanto, à medida que a Selic continue sua trajetória de queda, há uma expectativa de realocação desses recursos, potencialmente migrando para ativos de maior risco em busca de retornos mais atraentes. Essa transição pode beneficiar a indústria de fundos e, por extensão, impulsionar o mercado de ações

Diante desse cenário, estamos confortáveis em aumentar gradativamente o risco da nossa carteira, na tentativa de buscar retornos acima da média do mercado.

CARTEIRA TOP DIVIDENDOS | GENIAL ANALISA

Desde seu lançamento em março de 2023, a carteira Top Dividendos mostra um bom desempenho, valorizando-se em 26,1%. Mesmo tendo a obrigação de ser um carteira mais defensiva, cumprimos bem o nosso papel de garantir bons retornos via proventos sem abrir mão da rentabilidade. Durante o mês de dezembro, ficamos atrás dos principais índices de referência. O desempenho das ações de menor capitalização acabou superando a classe de ativos mais conservadores.

Desde nosso último rebalanceamento em 05 de dezembro, nossa carteira teve um rendimento de 4,6%, pior que a alta de 6,9% do IDIV no período. No mês passado, Itaú, BB Seguridade e a inclusão de JBS na carteira, desempenho contribuíram para o bom desempenho no período.

MUDANÇAS

Para janeiro, ampliaremos a exposição à risco de maneira gradual, tornando nossa estratégia de alocação mais arrojada. Obviamente não abandonaremos nossa abordagem defensiva, a continuidade da estratégia é essencial para manter um bom fluxo de proventos no longo prazo.

Faremos trocas pontuais incluindo ativos favorecidos por taxas de juros mais baixas ou ações que sofreram com desempenho mais fraco, mas que se beneficiam de um aumento no fluxo de investidores estrangeiros.

Sai Engie (EGIE3) e entra B3 (B3SA3)

  • A saída da Engie da carteira foi decidida devido a uma estratégia de redução da concentração da carteira no setor elétrico. Além disso, recentemente rebaixamos nossa recomendação para a empresa de “Manter” para “Venda” após o anúncio da venda de uma fatia da sua participação na TAG;
  • Aumentando a concentração no setor financeiro, incluindo B3 a medida que reduzimos o peso de Banco do Brasil na carteira;
  • Mineração e alimentos, ganham maior peso dentro da carteira na tentativa de surfar os com gatilhos de curto prazo;

A carteira agora fica com a seguinte concentração:

  • 24% no setor elétrico,
  • 23% em bancos,
  • 20% no setor financeiro excluindo banco
  • 10% em mineração,
  • 6% em telecomunicações e
  • 10% em alimentos & bebidas
  • 7% em óleo e gás.

#1 | ITAÚ (ITUB3)

Decidimos ampliar nossa posição no Itaú, pois acreditamos que suas ações continuam sendo negociadas com um valuation interessante. Além disso, acreditamos que o fluxo de investidores estrangeiros tende a beneficiar papéis de primeira linha como os do Itaú. As ações ordinárias (ITUB3) estão a 7,5x P/L para o mesmo período, mesmo proporcionando uma rentabilidade (ROE) atrativa acima de 20%.

Recentemente, o Itaú teve aprovação acionária para a cisão total do Itaú BBA (conforme proposto no fato relevante do dia 31/out/23), com um patrimônio avaliado em R$ 3 bilhões. A conclusão está prevista para ocorrer até 30/abr/24, algo que deve otimizar a estrutura fiscal do Itaú BBA.

#2 | ELETROBRAS (ELET3)

Estamos aumentando marginalmente nossa participação em Eletrobras mesmo após a recente alta que a ação sofreu no último mês. Não obstante, visualizamos um potencial significativo de valorização para o papel, uma vez que está sendo negociado a apenas 0,8x do Valor Patrimonial, em comparação com as principais empresas privadas do setor que estão cotadas a 2x do Valor Patrimonial. Além disso, nos últimos trimestres, observamos a empresa entregando resultados consistentes, implementando cortes de custos e aprimorando sua eficiência operacional, um processo que se estenderá ao próximo ano, aumentando ainda mais a atratividade da companhia. 

Mesmo não sendo o objetivo no curto prazo, o Dividend Yield projetado para 2024 é superior a 5%, aumentando a média que o retorno sobre o capital investido cresce. Além disso, é importante notar que a empresa está sendo negociada a maior uma TIR real do setor de geração/transmissão, de 13,5%.

#3 | BB SEGURIDADE (BBSE3)

A BB Seguridade tem demonstrado um histórico de resultados sólidos, e a perspectiva para os próximos períodos permanece otimista. Apesar das quedas nas taxas de juros, não antecipamos um impacto significativo que possa comprometer a robusta geração de resultados da empresa. Com um rendimento de dividendos projetado em cerca de 10% e sem uma valorização notável das ações até o momento no ano, surge uma oportunidade de mercado onde o preço das ações pode começar a refletir o crescimento dos lucros.

Esta visão positiva é reforçada pelo sólido desempenho operacional e financeiro da empresa em 2023, que nos levou a escolher a BB Seguridade como nossa principal escolha (top pick) no setor de seguros. Em termos de avaliação de mercado, as ações não acompanharam as revisões de expectativa de lucro para 2024, ainda enxergamos a empresa negociando a 7,9x P/L para 2024, abaixo da média histórica.

#4 | VALE (VALE3)

Mesmo após um bom desempenho ao longo de dezembro, ainda enxergamos uma divergência entre o patamar de preço do minério de ferro e a cotação das ações da Companhia. Após os resultados do 3T23, a empresa conseguiu amenizar algumas das incertezas que vinham preocupando os investidores. Complementando essa recuperação, a empresa declarou um pagamento combinado de dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio) de R$2,33 por ação, totalizando cerca de US$2 bilhões.

Este montante reflete um yield de dividendos de 3,6% para o trimestre, um retorno considerável que evidencia a solidez da companhia. É importante destacar que a data ex-dividendo foi marcada para 1 de dezembro, e no período subsequente ao anúncio do resultado do 3T23 até essa data, as ações da Vale apresentaram uma valorização substancial de aproximadamente 20% em menos de dois meses.

Em relação aos fundamentos, nossa estimativa aponta para um FCF Yield (Fluxo de Caixa Livre sobre o Valor de Mercado da empresa) para 2023 de 11%, o que sustentaria um pagamento de dividendos na ordem de US$1,9 bilhão para o quarto trimestre de 2023, valor este alinhado ao dividendo de R$2,33 por ação recém-distribuído. Além disso, a possibilidade de dividendos extraordinários no próximo ano poderia elevar o yield de dividendos da Vale para um impressionante patamar de 14% em 2024.

#5 | B3 (B3SA3)

Estamos adicionando a B3 em nossa carteira por melhorias nas expectativas de juros e retomada da procura de produtos da B3, principalmente os de renda variável. Com isso, esperamos que a companhia presencie um aumento no volume financeiro médio negociado ao longo do ano, o que deve beneficiar a geração de receita da companhia. Um cenário macroeconômico mais favorável e a melhora das condições internacionais são essenciais para este crescimento. Acreditamos que a B3, está bem-posicionada para capturar um aumento no interesse do investidor estrangeiro por qualidade e valutaion atrativo.

Além disso, enxergamos B3 negociando a um valuation atrativo a 15,9x P/L 24E (com benefício fiscal), abaixo de pares internacionais, que negociam média a 19,6x P/L 24E (incluindo B3) 

#6 | JBS (JBSS3)

Buscando ampliar nossa exposição ao setor de agronegócios, optamos por integrar a JBS à nossa seleção de investimentos recomendados. A empresa se sobressai no cenário global, sendo a maior do Brasil no agronegócio e líder mundial no segmento de proteínas.

Apesar de um desempenho recente não tão robusto, antevemos uma retomada gradativa e consistente em suas operações, com exceção da divisão JBS Beef North America. Esperamos que essa recuperação seja impulsionada por uma série de fatores: normalização das dinâmicas de oferta e demanda de frango; estabilização dos preços de grãos; equilíbrio na produção de suínos nos EUA; demanda resiliente por carne bovina nesse mesmo país e um ciclo pecuário favorável tanto no Brasil quanto na Austrália.

Além disso, percebemos a dupla listagem de suas ações como um mecanismo promissor para o aumento de seu valor no médio e longo prazo, com potencial para acelerar a valorização no curto prazo. Atualmente, a JBS opera com um múltiplo EV/EBITDA de 5,2x para o ano estimado de 2024, posicionando-se abaixo da média histórica.

#7 | BANCO DO BRASIL (BBAS3)

Realocamos parte das posições de Banco do Brasil (BBAS3) para Itaú (ITUB3), justificado por mais um movimento de reequilíbrio entre os bancos. Embora reconheçamos o desempenho sólido do Banco do Brasil, notamos que a performance da ação do Itaú ficou aquém, apesar de seus resultados consistentes e de sua menor exposição aos segmentos mais afetados como o varejo nesse ciclo de crédito como alguns de seus pares privados (Bradesco e Santander).

As ações de BBAS3, negociam a um P/L de 4,0x para 2024 e um P/VP de 0,87x em 2023, com o robusto dividend yield de 10% em 2024.

#8| PETROBRAS (PETR4)

Até o momento, temos observado a Companhia com um política de preços muito aderente a Paridade de Importação. A empresa tem demostrado clareza nas premissas de rentabilidade esperada dos projetos nos seus múltiplos segmentos de atuação. Recentemente em um apresentação aos analistas, a Petrobras de ênfase no sistema de governança da empresa, como base na lei das S.A., poder de veto do diretor de governança e conformidade e principalmente, aplicação de preços de mercado pela empresa algo que avaliamos de maneira positiva.

Por fim, continuamos enxergando a empresa como uma sólida em geração de caixa e negociando a um múltiplo de 3,0x EV/EBITDA para 2024, um fluxo de caixa livre de 16% e um rendimento em dividendos de 7,9%, projetado para 2024. Embora os números sejam atraentes, os ruídos políticos podem atrapalhar o desempenho, o que mantém a margem de segurança limitada para uma exposição maior.

#9 | TAESA (TAEE11)

Esperamos que ao longo de 2024 a empresa apresente melhoria na geração de caixa, impulsionada principalmente pelo reajuste de suas Receitas Anuais Permitidas (RAPs) realizado no meio do ano. Este ajuste é deve ser favorecido pelo avanço do IGP-M ao longo do ano, que, após apresentar percentuais negativos em 2023, impactou negativamente a capacidade de geração de receita da empresa. Com a retomada da inflação, esperamos que a Taesa se beneficie.

A companhia também se beneficia da entrada de alguns projetos que estão em fase de conclusão. A finalização desses projetos ajuda no reforço na RAP, contribuindo para um aumento em sua base de ativos regulatórios e, consequentemente, na sua capacidade de geração de receita. Além disso, há uma expectativa positiva quanto ao anúncio de novos dividendos, que deverão ser impulsionados pelos resultados financeiros de 2023. Reforçamos que para uma estratégia com foco em dividendos a empresa segue entregando um rendimento em dividendos interessante. Nossas estimativas apontam para um dividend yield de 11% em 2024, o que justifica a manutenção do papel.

#10 | VIVO (VIVT3)

Enxergamos um ambiente favorável para o setor de telecomunicações. Após a venda da Oi, estamos observando um ambiente competitivo mais racional, alavancado pela melhora de eficiência. Esperamos que a empresa continue se aproveitando das sinergias ao longo dos próximos trimestres.

Além disso, também esperamos ganhos de eficiência da infraestrutura através das redes neutras. Com baixo nível de endividamento e forte geração de caixa, a empresa anunciou recentemente um dividendos extraordinário de R$ 1,5 bilhão. Nossa expectativa é que a empresa tenha um dividend yield de 11%-12% para 2024.

#11 | AUREN (AURE3)

Com um portfólio contratado superior a 70% até 2027, garantindo preços que fornecem uma margem de conforto para lidar com o cenário hidrológico atual, que se mostra favorável. Essa posição sólida abre a possibilidade para a distribuição de dividendos extraordinários, especialmente se não surgirem novos projetos para investimento.

No entanto, a empresa segue atenta a futuras oportunidades, evidenciado pelo interesse em participar dos leilões de transmissão previstos para o primeiro semestre de 2024. Este interesse estratégico não apenas está alinhado com o objetivo de diversificar projetos, mas também serve como um meio de mitigar os riscos associados às variações hidrológicas. Atualmente, a Auren negocia a uma taxa implícita de retorno de 9,5% em termos reais, podendo distribuir até 4% de dividendos recorrentes.

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