Filipe Villegas

Carteiras Recomendadas > Carteira de Ações > Carteira Recomendada > Carteira Recomendada de Ações – Março 2023

Publicado em 01 de Março às 03:00:00

Carteira Recomendada de Ações – Março 2023

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em março de 2023.

Festa que durou pouco…

Se, em janeiro, os investidores “comemoraram” o cenário de pouso suave para a economia global, fevereiro chegou para mostrar que isso não será tão simples como imaginado. Dados recentes mostram que o Fed, banco central norte-americano, pode ter errado em sua política monetária e, assim, continuará trazendo volatilidade para as mais diversas classes de ativos no mundo. Aqui no Brasil, as decisões e posturas do governo Lula seguem pressionando ações, dólar e juros futuros pelas incertezas e ruídos que permanecem em relação ao futuro da economia brasileira e às estratégias de política monetária e fiscal que serão tomadas.

Confira agora a carteira recomendada de ações para março de 2023!

Internacional

Inflação: a narrativa envolvendo inflação e, por consequência, a necessidade de taxas de juros mais altas voltou a dominar a dinâmica do mercado ao longo do mês de fevereiro. Dados mais recentes sobre Inflação ao consumidor nos EUA (CPI), mercado de trabalho (Payroll) e PCE, que é definido como os preços de gastos com consumo, mostraram um processo de desinflação nos EUA mais lento do que o almejado pelo Fed. Como consequência, os preços dos ativos globais, principalmente aqueles mais afetados pelos juros no longo prazo (techs e crypto), apresentaram um mês de baixas e ajuste, depois de um janeiro bastante positivo. Enxergamos esse movimento como negativo e a possível volta do cenário de volatilidade visto no final de 2022.

Estados Unidos: os dados da economia americana divulgados recentemente sugerem que o Fed errou pela segunda vez no ciclo atual de combate à inflação. Após elevar a taxa de juros para o intervalo entre 4,25% e 4,50%, com aumentos de 0,75 e 0,50 ponto percentual, respectivamente, o Fed decidiu desacelerar os aumentos de juros para 0,25 p.p., na suposição da desaceleração da inflação ocorrida nos últimos meses. Porém, os dados mais recentes estão indicando para outro cenário, trazendo de volta um ambiente que poderá demandar juros mais altos e por mais tempo. Com o mercado de trabalho ainda se mostrando resiliente e a temporada de balanços com viés de neutro para negativo, reforçamos nossa visão negativa para ações americanas, com a expectativa de que o Dólar Index (DXY) volte a se fortalecer.

China: o noticiário de fevereiro não foi muito relevante sobre a China. Assim, os mercados asiáticos apresentaram um mês de correções com investidores reajustando suas expectativas sobre a reabertura da economia chinesa e seus efeitos econômicos. Seguimos confiantes na tese e como ela poderia influenciar positivamente os preços do petróleo, que segue na faixa entre US$ 70 e US$ 80 o barril. Enquanto isso, vemos com ceticismo a persistência do minério de ferro na faixa entre US$ 120 e US$ 130 a tonelada seca, diante de um mercado imobiliário ainda bastante fragilizado.

Brasil

Os indicadores antecedentes de atividade apontam para a perda de tração da economia brasileira no último trimestre de 2022. Assim, acreditamos que o crescimento de 2023 será ainda mais penalizado devido ao efeito defasado da política monetária. O cenário fiscal brasileiro será protagonista na determinação da trajetória das principais variáveis macroeconômicas nos próximos anos. A expectativa de queda das receitas em um ambiente de forte expansão de gastos adiciona um viés negativo para o resultado primário de 2023. Há um elevado grau de incerteza acerca das propostas fiscais já apresentadas pelo governo, bem como sobre o novo arcabouço fiscal a ser apresentado nos próximos meses.

Essas incertezas trouxeram grande impacto para a curva de juros, cuja parte mais curta é impactada pela expectativa de redução da atividade econômica, e a mais longa, pela incerteza fiscal.

Diante de tamanha incerteza e viés negativo, seguimos com um cenário conservador para ações brasileiras, com maior foco em empresas dolarizadas e menos impactadas pelas expectativas da trajetória de juros no Brasil.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionado

(1) Empresas ligadas a commodities: seguimos com exposição relevante a commodities em todas as nossas carteiras, com foco em energéticas e agrícolas. Reabertura da China é um trigger importante, mas podemos seguir em uma correção em consequência da reprecificação do cenário de crescimento econômico global, devido à necessidade de juros mais altos e por mais tempo.

(2) Empresas ligadas à economia local: estamos com exposição reduzida a ações ligadas à economia local, diante dos últimos acontecimentos e das escolhas políticas adotadas pelo governo eleito. Para as empresas e os setores de nossa escolha, e que permanecem, estamos em busca de empresas de menor volatilidade, dentro de setores como varejo, construção civil e educacional, que atendam o público de baixa renda. A temporada de balanços tem fornecido informações importantes sobre as empresas que conseguem lidar melhor com o atual cenário.

(3) Dolarização da carteira: aumentamos nossa exposição a ativos dolarizados diante do cenário Brasil e mundo. O cenário de maior necessidade de juros nos EUA poderá fortalecer a moeda ante seus principais pares e contra moedas de países emergentes. Em relação ao Brasil, a indefinição dos planos do novo governo continuará trazendo volatilidade.

(4) ETFs e BDRs: seguimos com exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois entendemos que o cenário à frente é desafiador. Seguimos focados em setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia e criptoativos.

Carteira recomendada de ações março: o que esperar?

Diante da volatilidade recente e dos desafios que enxergamos à frente reduzimos os betas de nossas carteiras. Seguimos com maior alocação em empresas exportadoras e boas pagadoras de dividendos.

Aos portfólios que permitem maior diversificação estamos também alocados em empresas ligadas ao consumo doméstico, mesmo com os receios em torno da questão fiscal brasileira. Entendemos que há possibilidade de grande parte desses riscos já estarem precificados.

Devido ao movimento de baixa em fevereiro, o IFR (Índice de Força Relativa) das carteiras está mais próximo dos 30 pontos, o que pode abrir espaço para repiques de alta nas primeiras semanas de março.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -9,91% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -7,49%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -6,81% contra uma baixa de -4,38% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Cury (CURY3), Grupo Mateus (GMAT3) e Porto Seguro (PSSA3). Com Inclusão das ações da Caixa Seguridade (CXSE3), Intebras (INTB3) e Raízen (RAIZ4).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -10,89% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -7,49%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -4,87% contra uma baixa de -4,38% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Duratex (DXCO3), Vibra (VBBR3) e Telefônica Vivo (VIVT3). Com Inclusão das ações da Cielo (CIEL3), Cemig (CMIG4) e CPFL Energia (CPFE3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Recomendada Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -2,86% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -10,52%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -2,55% contra uma baixa de -7,90%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Duratex (DXCO3), Indústrias Romi (ROMI3) e Três Tentos (TTEN3). Com Inclusão das ações da Energias BR (ENBR3), Pague Menos (PGMN3) e Irani (RANI3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -14,49% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -10,52%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,34% contra uma baixa de -7,90%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Log CP (LOGG3) e Portobello (PTBL3). Com Inclusão das ações da Infracommerce (IFCM3) e Boa Safra (SOJA3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Recomendada de Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -3,93% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -7,55%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -1,75% contra uma baixa de -2,11%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Direcional (DIRR3) e Porto Seguro (PSSA3). Com Inclusão das ações da B3 (B3SA3) e Engie (EGIE3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -6,75% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho negativo de -8,16%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -3,36% contra uma baixa de -6,09%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Telefônica Vivo (VIVT3). Com Inclusão das ações da Neoenergia (NEOE3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma baixa de -2,46% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 1,15%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade alta de -2,35% contra uma alta de 5,57%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Berkshire Hathaway (BERK34). Com Inclusão das ações da Occidental Petroleum (OXYP34).

Carteira ETF MACRO

Para o mês de março de 2023, recomendamos compra de It Now PIBB (PIBB11), It Now DIVO (DIVO11) e It Now IMAT (MATB11), China (XINA11) e Índia (BNDA39)com alocação de 20% para cada ativo. No mês de fevereiro de 2023, a Carteira de ETF MACRO recuou -6,83% contra o Ibovespa que apresentou baixa de -7,49% no mesmo período.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica