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Publicado em 12 de Setembro às 11:35:17

PMC (jul/24): crescimento de 0,6% m/m, acima das expectativas do mercado

Em julho, o volume de vendas no setor varejista cresceu 0,6% em relação ao mês imediatamente anterior, melhor do que a mediana de 0,5% m/m (Broadcast+).  Na comparação interanual, o volume de vendas do comércio apresentou alta de 4,4% a/a. Com este resultado, o setor varejista acumulou alta de 3,7% em 12 meses e se encontra 8,9% acima do nível pré-pandemia e 0,3% abaixo do patamar mais elevado obtido em maio deste ano.

No que se refere ao varejo restrito, o resultado no mês refletiu o desempenho positivo entre cinco das oito atividades pesquisadas. Nesse sentido, vale destacar Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (2,2% m/m), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1% m/m), Tecidos, vestuário e calçados (1,8% m/m), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7% m/m) e Móveis e eletrodomésticos (1,4% m/m). Além disso, Livros, jornais, revistas e papelaria (0,1% m/m) ficaram com variação próxima da estabilidade. Por outro lado, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5% m/m) e Combustíveis e lubrificantes (-1,1% m/m) apresentaram desempenho negativos.

No que diz respeito a comparação interanual, o varejo restrito apresentou alta de 4,4% a/a, com avanço em seis dos oito setores pesquisados. Nesse contexto, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,0% a/a), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,6% a/a), Móveis e eletrodomésticos (8,1% a/a), Tecidos, vestuário e calçados (5,2% a/a). Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0% a/a) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3% a/a). Enquanto, os demais ficaram no campo negativo na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,0% a/a) e Combustíveis e lubrificantes (-4,3% a/a).

Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve aumento de 0,1% m/m frente ao mês de junho, melhor do que a mediana das projeções de -0,4% (Broadcast+). O resultado no mês refletiu o avanço de Veículos e motos, partes e peças (3,8% m/m) e o recuo de Material de construção (-0,2% m/m).

As vendas no varejo retomaram o crescimento após um resultado negativo na leitura passada. Dessa forma, o setor acumula crescimento de 5,1% no ano, operando próximo das máximas históricas. De maneira geral, as maiores contribuições para este resultado foram o crescimento de 1,7% do grupo de  Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e de 2,1% de Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Tal leitura, em conjunto com o resultado do setor de serviços divulgado ontem, reforça o bom momento da economia brasileira. Por um lado, o bom desempenho dos setores neste início do ano gera um viés positivo em termos de atividade, por outro reforça a percepção de necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a resiliência da economia pode se traduzir em fonte de pressão inflacionária nos próximos meses.

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