Nas últimas semanas, a Solana teve um enorme crescimento no número de usuários e transações, atingindo um plateau, visto que nos últimos dias mais de 75% das transações da Solana não foram bem-sucedidas. Tal comportamento da rede passou a gerar dúvidas sobre a capacidade da Solana gerenciar um aumento de utilização da rede. A recente explosão de transações está relacionada ao boom de memecoins e staking líquido em exchanges descentralizadas da Solana. Matt Sorg, da Fundação Solana, esclareceu que as falhas de transações são uma característica de proteção, e não um defeito da rede. Esse cenário tem dividido opiniões sobre o futuro da Solana como uma blockchain de primeira camada.
Embora haja um ceticismo sobre a alta taxa de falhas da Solana, pode-se argumentar que isso é reflexo da alta atividade na rede e eventualmente será corrigido. Assim como a Ethereum, que está em constante evolução, que enfrentou desafios semelhantes no passado. De qualquer forma, são momentos de estresse como os enfrentados pela Solana que fazem com que reais soluções sejam desenvolvidas para aprimoramento da rede. Problemas ocasionados pelo excesso de demanda pela rede são problemas que os desenvolvedores das blockchains em questão ficam felizes em ter, pois denotam a alta demanda pelo produto.
Em termos de comparação com o Ethereum, apesar do recente congestionamento e do possível topo local na relação SOL/ETH, ainda vemos potencial de valorização para a Solana. No entanto, o potencial de valorização do Ether não deve ser ignorado, especialmente com a possibilidade de progresso regulatório em direção à aprovação de ETFs de Ether no horizonte. Assim, acreditamos que a chave para navegar pela volatilidade do mercado de criptomoedas não está em escolher vencedores e perdedores, mas em ajustar adequadamente a exposição em cada um dos ativos, visando otimizar o retorno geral do portfólio. Para isso, recomendamos conferir a Carteira Genial InCripto.
O Que Mais Aconteceu na Semana?
Na semana passada, o otimismo com o mercado cripto se manteve contínuo, com um total de US$ 646 milhões em fluxo positivo nos produtos de investimento em ativos digitais. Os influxos acumulados até agora atingiram US$ 13,8 bilhões no ano, o maior nível já registrado, superando significativamente os US$ 10,6 bilhões de 2021. No entanto, há indícios de que o interesse dos investidores em ETFs está diminuindo, não alcançando os níveis semanais observados no início de março, e os volumes na semana passada caíram para US$ 17,4 bilhões, em comparação com os US$ 43 bilhões na primeira semana de março.
O Bitcoin continua sendo o centro das atenções, com entrada de US$ 663 milhões, enquanto os produtos de investimento que apostam na queda do Bitcoin registraram saídas pela terceira semana consecutiva, indicando uma pequena redução entre os investidores pessimistas. O Ethereum, por sua vez, registrou mais uma semana de saída de capital. As perspectivas de aprovação para um ETF à vista de Ether permanecem ruins no curto prazo, fato que favorece o pessimismo para o ativo.
Análise de Mercado
A visão do Federal Reserve sobre possíveis novos cortes na taxa de juros americana é de cautela e dependência de dados econômicos futuros. Jerome Powell enfatizou a necessidade de mais debates e dados antes de reduzir as taxas de juros, mencionando que cortes ocorrerão apenas com maior confiança de que a inflação está se movendo sustentavelmente para baixo em direção à meta de 2%. Apesar de haver um consenso de que as taxas podem cair ainda este ano, a decisão será guiada por dados futuros e a observação da trajetória da inflação.
O principal risco para esta semana está relacionado aos dados de inflação dos EUA (mês a mês) e às minutas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). A boa performance do mercado no início dessa semana mostra um otimismo que pode ser alimentado por qualquer indicação de uma postura mais flexível por parte do FOMC. Esse poderia ser o gatilho para levar os preços acima das máximas históricas novamente, caso não atinjamos esse nível antes da divulgação dos dados.