Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta terça-feira, 05 de novembro.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: Encerrou o pregão de segunda-feira (04) em alta de 1,87%, revertendo parte da queda de sexta-feira. Os investidores renovaram suas expectativas de que o governo pode andar com o plano de corte de gastos. Entre os ativos, o destaque foi para Magalu, que apresentou a maior contribuição positiva para o índice.
Juros futuros: Encerraram o pregão da segunda-feira (04) em forte queda. Segundo alguns agentes, o movimento ocorreu devido à expectativa do mercado de que o governo anuncie medidas de redução de gastos em breve. Além disso, os yields das treasuries também encerraram o dia em baixa. O DI Jan/26 oscilou de 13,09% para 12,88% e o DI Jan/31 foi de 13,22% para 12,97%.
Mundo: Dólar e futuros das bolsas dos EUA operam com leve variação antes da eleição presidencial americana, com investidores atentos à disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris.
Minério de ferro: Cobre e minério de ferro avançam com dados positivos da China e expectativas de novos estímulos, após o PMI Caixin de serviços registrar a maior expansão desde julho.
Petróleo: Petróleo sobe levemente, estendendo o ganho da véspera, impulsionado pela restrição de oferta da Opep+ e pelas tensões no Oriente Médio.
Em Destaque
Tech em foco | Semana de resultado das Big Techs.
Bradesco (BBDC4) | Reunião com o CEO: Pasito a Pasito
Carteira Recomendada de Ações – Novembro 2024
Novos Conteúdos
Itaú (ITUB4) | Resultado 3T24: Pole Position
O Itaú reportou mais um sólido trimestre, com aceleração no crescimento do lucro e expansão da rentabilidade. O ROE atingiu 22,7%, provavelmente a maior rentabilidade entre os bancos incumbentes neste trimestre, reafirmando sua posição de destaque. O lucro somou R$ 10,68b, superando nossas estimativas em 1,5% e o consenso em 2,7%, com crescimento de 6,0% t/t e 18,1% a/a. A carteira de crédito voltou a ganhar ritmo no segmento de pessoa física, enquanto a Margem com Clientes cresceu 4,5% t/t. O capital principal do banco chegou a 13,7%, bem acima de seus pares, com uma alta de 0,6pp t/t, refletindo um sólido crescimento orgânico. Além disso, o banco registrou um impacto positivo em suas provisões de crédito devido a um cliente específico no segmento de grandes empresas (Americanas), tendo um impacto visível de R$ 500m.
BB Seguridade (BBSE3) | Resultado 3T24: Rural segura o sinistro, mas deixa prêmio escapar
No 3T24, a BB Seguridade reportou um lucro líquido de R$ 2,26 bilhões, com crescimento de 21,1% t/t e 10,1% a/a, superando nossas estimativas em 8,7% e o consenso de mercado em 11,3%. O trimestre foi impulsionado principalmente pelo baixo nível de sinistralidade na seguradora, pelo forte desempenho financeiro da unidade de previdência e pelas reversões de provisões complementares também em previdência. Do lado negativo, o fraco desempenho dos prêmios emitidos levou a seguradora a revisar para baixo seu guidance de crescimento de prêmios. A expansão do lucro foi impulsionada por uma boa dinâmica de despesas com sinistros na seguradora, com retração de -18,1% t/t e -18,0% a/a, especialmente no segmento Rural. Além disso, o resultado financeiro no segmento de previdência superou as expectativas, com expansão de 98% t/t.
Pague Menos (PGMN3) | Resultado 3T24: A um passo do upgrade!
Sem dúvidas, nós gostamos do que vimos! A companhia entregou uma forte aceleração do top line, com um Same Store Sales de 13,6% (+114bps acima de nossa projeção) e um bottom line +24,7% superior às nossas estimativas, impactado por uma redução de despesas financeiras mais forte que o esperado.
Méliuz (CASH3) | Prévia 3T24: Tendência positiva deve continuar
Projetamos uma receita de R$ 90,8m, com crescimento de 29,0% a/a. O segmento de Shopping Brasil será o principal driver, com previsão de R$ 63,2m (+26,1% a/a; +3,1% t/t). Para o Shopping Internacional, estimamos R$ 4,1m (-12,8% a/a; +7,9% t/t), com dificuldades no tráfego orgânico, mas com avanço sazonal. Em serviços financeiros, projetamos R$ 14,9m (+75,4% a/a; +1,4% t/t), impulsionado pela nova parceria com o BV, que não estava presente no 3T23. A evolução trimestral será modesta devido à conjuntura macroeconômica.
TIM (TIMS3) | Resultado 3T24: Em linha com as expectativas
A TIM reportou um resultado sólido em linha com nossas expectativas e do mercado. A empresa apresentou receita de R$6,4b, com crescimento de 6,0% a/a, impulsionada pelo segmento móvel, especialmente o pós-pago (+8,3% a/a). Em serviços fixos, o crescimento foi de 2,6% a/a, com destaque para a TIM Ultrafibra (+6,0% a/a). O EBITDA foi de R$3,2b (+7,5% a/a), com margem de 50,4%. O lucro líquido foi de R$805m (+11,2%), mas a margem líquida caiu 1,45 p.p. devido à menor distribuição de JCP e maior despesa financeira com arrendamentos. A companhia espera pagar R$3,5b em proventos em 2024, com dividend yield de 8,6%, acima das nossas expectativas.
Klabin (KLBN11) | Resultado 3T24: Verde, da cor do dinheiro!
Embarques para celulose vieram com contração, resultado da parada de manutenção, cujo impacto foi ainda mais intenso do que esperávamos. Isso foi mais do que compensado por um preço realizado acima do esperado. Em volumes, o consolidado de papéis contraiu -4% t/t e expandiu +27% a/a, reflexo de (i) manutenção em plantas importantes, compensadas parcialmente pelo (ii) ramp-up da MP28. O COGS/t incluindo paradas subiu para R$1.695/t (+40,7% t/t; +19,7% a/a). Ainda que tenha apresentado um aumento, esperávamos uma intensidade superior, refletindo a capacidade da companhia de otimização de custos. O EBITDA consolidado ficou em R$1,8b (-2,9 % vs. Genial Est.), contração de -12,0% t/t e crescimento expressivo de +33,5% a/a. O Lucro líquido veio em linha com o que esperávamos, com uma recuperação para R$729m, expandindo +131% t/t e +198% a/a. Em nossa opinião, a companhia continua a oferecer uma combinação única de resiliência para se expor ao setor de papel e celulose.
Copasa (CSMG3) | Resultado 3T24: E no pós eleição… será que vem a privatização?
Achamos que o resultado reportado foi sólido e contribui para o bom momento da empresa do ponto de vista operacional. Apesar dos rumores envolvendo a federalização da empresa, achamos esse cenário pouco provável tendo em vista a dificuldade de viabilização e timming – importante mencionar que todo esse processo envolveria contratação de consultorias para avaliação de preço-justo, prêmios a serem pagos, aprovação em assembléias e coisas do tipo.
Telecom Tracker Set/24: Migração continua acontecendo e banda larga ligeiramente diluída
Nesse mês, observamos a continuidade da migração de acessos do pré-pago para o pós-pago, impulsionada pelas grandes operadoras, que buscam melhorar o mix de clientes para aumentar o ARPU e, por consequência, elevar os níveis de receita. Apesar de marginal, também houve uma diluição das grandes operadoras, com “outras empresas” ganhando participação, especialmente no mercado de banda larga fixa, onde o avanço de novos competidores se destacou.
As principais notícias do dia 05/11/24
💻 TOTVS (TOTS3)
TOTVS contrata Itaú BBA para avaliar compra da Linx
O que aconteceu? Após tentar adquirir a Linx em 2020 e acompanhar o processo de revenda da empresa este ano, a Totvs decidiu retomar as negociações. A companhia contratou o Itaú BBA para avaliar a compra da empresa. A Totvs tem familiaridade com a Linx, pois o CEO Dennis Herszkowicz trabalhou na empresa por 16 anos. Em 2020, a Stone pagou R$ 6,7b pela Linx, mas agora executivos do setor estimam que o valor da operação seria inferior à metade disso. A Stone aceitou uma venda abaixo do valor pago, mas ainda busca cerca de R$ 4,5b, o que corresponde a 15 vezes o Ebitda. (Valor Pipeline e Genial)
Opinião Genial: Vemos como positiva a aquisição por acreditarmos que há muitas sinergias entre as empresas tanto de receita quanto de despesas, porém, acreditamos que a aquisição no valor que a Stone está pedindo não faz sentido para a TOTVS. Confira o relatório que escrevemos sobre a possível aquisição para mais detalhes Mercado Livre (MELI34) e TOTVS (TOTS3) | Possível aquisição da Linx.
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$35,00
🔧 Schneider Electric
CEO é demitido após divergência de estratégia
O que aconteceu? O conselho do grupo francês Schneider Electric substituiu o CEO Peter Herweck, citando divergências na implementação da estratégia da empresa. Olivier Blum, veterano da Schneider, assumiu o cargo com a missão de acelerar o plano estratégico apresentado em novembro de 2022. Analistas ficaram otimistas com a ação rápida do conselho, destacando que a estratégia da empresa permanece intacta. (Financial Times e Genial)
Opinião Genial: Tanto a Schneider Electric quanto a ABB, ambas concorrentes da WEG, passaram recentemente por mudanças em suas lideranças. Apesar do cenário mais instável para suas competidoras, a WEG permanece demonstrando solidez com o atual CEO, Alberto Cuba, além de apresentar 20 anos como média histórica do cargo de CEO na companhia. Com isso, enfatizamos a solidez do management da WEG e notamos possíveis indícios de um ganho de mercado europeu dado um cenário mais complicado para as principais competidoras da região.
🚚 Autos
Fenabrave divulga dados do setor de out/24
O que aconteceu? O segmento de Autos teve 195.201 emplacamentos, com alta de 13,7% m/m e 19,6% a/a, acumulando crescimento de 14% t/t. Caminhões registraram 11.901 unidades, aumento de 6% m/m e 30,3% a/a, com alta acumulada de 18,8% t/t. Ônibus mostraram forte expansão, com 3.139 emplacamentos (+28,1% m/m e +62,9% a/a), acumulando 9,4% t/t. Já Implementos Rodoviários totalizaram 7.687 unidades, crescendo 6,1% m/m, mas com queda de 14,5% a/a. (Fenabrave e Genial)
🏦 Bancos
Desenrola Pequenas Empresas chega a R$ 5,1b renegociados
O que aconteceu? O Desenrola Pequenas Empresas, programa que renegocia dívidas bancárias, atingiu a marca de R$ 5,1 bilhões em dívidas renegociadas. No total, são 125k de operações, beneficiando cerca de 82k microempreendedores individuais (MEIs) e empresas de pequeno porte. (Valor e Genial)
🛒 Carrefour (CRFB3)
Grupo Carrefour considera alternativas para destravar valor de mercado
O que aconteceu? Segundo a Bloomberg, o Grupo Carrefour, dono do Carrefour Brasil, está em estágios iniciais de discussão sobre estratégias para destravar valor, três anos após negociações fracassadas para uma venda. Entre as opções avaliadas estão desinvestimentos, parcerias ou aquisições, uma reorganização operacional, uma possível venda de participação ou até uma venda total. As deliberações estariam em estágio inicial, e não há conversas formais com possíveis compradores. A venda parcial ou total de ativos do Carrefour, como sua operação do Brasil, avaliada em cerca de US$ 2,9b, ou outros mercados europeus, seriam opções estratégicas mais fáceis de monetizar. (Bloomberg e Genial)
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 10,50
💻Eletromidia (ELMD3)
Globo adquire controle da Eletromidia
A Globo adquiriu o controle da Eletromidia. A participação de 47,09% do capital da Eletromidia foi vendida pela H.I.G. Capital. O valor total da transação será de aproximadamente R$ 1,7b, com a compra de 65.923.980 ações, ao preço de R$ 27 cada. Além disso, está previsto um pagamento adicional de R$ 131,8m, o equivalente a R$ 2 por ação. (Valor e Genial)
Recomendação: Sem Cobertura
🏡 Allos (ALOS3)
Allos negocia venda de fatia em shoppings
O que aconteceu? A Allos assinou um memorando para a possível venda de fatia em 3 shoppings para a XP Malls por R$ 393m. As fatias são de 20% do Carioca Shopping, 10% do Tijuca Shopping e 9,9% do Plaza Sul Shopping. Estimamos um cap rate de 7,5% para esta transação, o que parece bem positivo para a Allos, que ainda deve seguir com a administração dos shoppings vendidos. Em transação no ano passado, o Plaza Sul havia sido avaliado a um cap rate de 8% em uma aquisição pela própria XP Malls. (Allos e Genial)
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 32,00