Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Petrobras (PETR4), Fleury (FLRY3), Pardini (PARD3), BB Seguridade (BBSE3), TIM (TIMS3) e WEG (WEGE3).
Expresso Bolsa
A A bolsa iniciou a semana em baixa de –2,33% alcançando os 109,1k. As curvas futuras de juros no Brasil fecharam em alta, acompanhando os juros internacionais. Notícias de combate à inflação na Europa trazem questionamentos sobre a continuidade do ciclo de juros elevado, e geram grande aversão ao risco pelo mundo. Do índice brasileiro, apenas 3 papéis fecharam o dia em alta: São Martinho (SMTO3) +0,59%, Qualicorp (QUAL3) +0,22% e Klabin (KLBN11) +0,17%. Os destaques negativos do dia foram: 3R (RRRP3) -6,83%, Petz (PETZ3) -6,63% e Magalu (MGLU3) -6,26%.
Novos relatórios
✅ Eleições 2022 | quais as melhores ações para se investir?
As eleições mais polarizadas da nossa história estão próximas, e a Genial quer preparar você, investidor, para os cenários mais prováveis. Segundo as pesquisas eleitorais, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro estão no topo da preferência dos brasileiros. Com base neste cenário, a equipe de análise da Genial preparou duas carteiras de ações, que podem se valorizar mais se um ou outro candidato ganhar.
O que aconteceu no Mercado?
Petrobras (PETR4): Ministro de Minas e Energia afirma que refinarias serão vendidas!
Otimismo! Em evento do setor de Petróleo, o Ministro de Minas e Energia confirmou o interesse da pasta na venda das refinarias da Petrobrás, de acordo com decisão do CADE devido a concentração de mercado da empresa no segmento de refino.
É importante? Em nossa leitura, a venda das refinarias da Petrobrás é um dos pontos chave para redução de risco estrutural para o case da empresa, a medida que reduz o risco de subsídio dos preços dos derivados, como no passado.
Bem, vamos ver… Apesar do discurso confiante, vale mencionar que estamos em meio a um processo eleitoral. A depender da agenda do presidente eleito, achamos que esse processo pode ser postergado ou suspenso indefinidamente.
FLRY3
Mais oftalmologia
O Fleury anunciou a aquisição de 100% da Retina Clinic, centro de serviços clínicos e atividade médica oftalmológica ambulatorial na cidade de São Paulo. A Retina Clinic atua em parceria com a Clínica de Olhos Moacyr Cunha, que já faz parte do portfólio oftalmológico da companhia desde 2020. O Fleury se mostra, mais uma vez, alinhado com sua estratégia de criação de um ecossistema integrado de saúde, agora fortalecendo seus serviços em oftalmologia. A receita bruta da Retina Clinic alcançou R$ 23,4m em 2021, e o Fleury pagará R$ 21m pela aquisição no fechamento. (Fleury e Genial)
PARD3
Nova aquisição
O Pardini anunciou a aquisição de 99% do capital social do CSV Central Sorológica de Vitória, referência no Estado na realização de exames para outros laboratórios em análises clínicas, biologia molecular e toxicologia. O Pardini fortalece sua presença nacional no Lab-to-Lab, adentrando no Estado do Espírito Santo (ES). A operação tem valor de R$ 17,8m, podendo atingir R$ 19,8m caso metas de faturamento sejam atingidas. (Pardini e Genial)
ADQUIRENTES
Limite nas tarifas
O Banco Central anunciou um teto sobre a tarifa de intercâmbio em operações de cartões pré-pagos e de débito. Essa medida está na resolução 246, com a limitação de taxa em 0,5% para transações de débito e de 0,7% no pré-pago. Antes, as taxas praticadas eram em torno de 1,5% no pré-pago. Outra mudança foi no prazo de liquidação das operações pré-pagas, saindo de 26-28 dias para 2, o mesmo tempo da transação de débito. De acordo com o BC as medidas visam a melhoria operacional e redução de custos aos consumidores finais. Duas empresas já se pronunciaram, o Nubank afirma que em um estudo retroativo a limitação da tarifa causaria uma queda de 2,9% na receita total, o segmento de cartões pré-pagos representa 7% de sua receita total. Já a PagSeguro afirma que os impactos no lucro seriam marginais, próximos a NEUTRALIDADE. O mercado interpretou essa medida como negativa, ontem, Nubank, Stone e PagSeguro caíram 4,45%, 5,83% e 7,96%, respectivamente. (Brazil Journal e Genial)
BBSE3
Crescendo acima do mercado
A BB Seguridade reportou seus resultados do mês de agosto. Nele vemos uma melhoria forte em prêmios emitidos nas linhas de prestamista (56,4% a/a), rural (69,3% a/a), residencial (46,0% a/a) e empresarial (46,5% a/a), com um crescimento total de 46,5% a/a, comparado a 20% do mercado. No acumulado do ano 8M22 x 8M21 a empresa teve um crescimento total de 28,5% comparado a um do mercado de 15,2%. O prêmio médio diário aumentou em agosto em praticamente todos as linhas, com uma queda somente em rural e habitacional. Vemos esse crescimento de forma otimista, com a empresa mostrando uma evolução constante em prêmios emitidos, acima do mercado, e forte crescimento na linha de prêmio médio diário. (BB Seguridade e Genial)
TIMS3
Controladora acelera sua venda
Novo governo italiano, que controla a TIM Brasil por meio da TIM Itália, acelera seus planos de venda da operadora brasileira para ajudar a diminuir as dívidas e reestruturar o grupo TIM. A venda da TIM Brasil ou de seus ativos pode mudar a dinâmica do mercado de telecomunicações nacional, visto que vários cenários ainda estão em aberto para a conclusão do plano do governo italiano, além de passar pela avaliação do CADE. (Portal Teletime e Genial)
SAÚDE
ANS suspende 70 planos
Devido ao alto índice de reclamações, a ANS suspendeu a comercialização de 70 planos de saúde, dos quais 45 são da Amil, que vem passando por dificuldades dentro dos seus planos individuais. Em compensação, 40 planos de saúde foram reativados. Na lista dos planos reativados estão os 12 planos de saúde da Unimed-Rio que haviam sido desativados no trimestre passado, além de 17 planos da Amil. (ANS e Genial)
WEGE3
Novo projeto de expansão
A WEG anunciou que irá investir cerca de R$ 660m ao longo dos próximos 3 anos para expandir sua capacidade de produção no que se refere a motores industriais e de tração elétrica. O projeto será realizado no parque fabril localizado em Jaraguá do Sul (SC) e contará com a ampliação dos prédios de fabricação, componentes, logística e exportação. Com isso, a empresa estima que conseguirá aumentar em até 25% sua capacidade produtiva de motores industriais. (WEG e Genial)
De olho na economia
Começando com o pé esquerdo
Após o anúncio das políticas fiscais da nova primeira-ministra do Reino Unido, Lis Truss, houve um forte sell-off nos mercados financeiros da região. O FTSE 100, o principal índice de ações de Londres, caiu cerca de 3% na última semana e a libra esterlina, que já acumula queda de 20% no ano, afundou 4%. Toda a volatilidade e a maior aversão ao risco se deve a percepção de que as políticas de Truss guiem o Reino Unido por um caminho de insustentabilidade da dívida pública.
De modo geral, Truss prometeu reduzir em cerca de 5 p.p. a alíquota máxima do imposto de renda, levando a taxa a 40%; reduzir os impostos pagos na compra de imóveis residências; e descartar a elevação planejada nos impostos sobre o comércio. Evidentemente, uma política fiscal expansionista, ao mesmo tempo em que o Bank of England eleva a taxa básica de juros do país para conter a inflação que já chega a 9,9%, não soa bem aos ouvidos dos investidores. Contudo, o desempenho dos ativos financeiros do Reino Unido parece ser um reflexo da precificação do risco sobre a sustentabilidade fiscal, haja vista que todas as medidas eliminam 45 bilhões de libras das receitas do governo nos próximos cinco anos.
Para que o plano de Truss seja sustentável no longo prazo, a economia da região deverá crescer 2,5%, acima da tendência de crescimento de pouco mais de 1%. Além disso, as medidas de Truss impõem um viés altista sobre as expectativas de elevação na taxa de juros pelo BoE, que elevou a mesma em 50 bps ainda na semana passada. Certamente, nada positivo para o desempenho da economia do país, que já mostra sinais claros de desaceleração.
Renda Fixa
Novamente dia de forte alta nas curvas de juros locais, com destaque para os vértices da curva DI de vencimentos mais longos subindo quase 30bps.
A recessão global já sendo uma realidade, faz com que o mercado dos ativos de risco sofra esse ajuste natural de uma atividade mais fraca, porém, localmente, a recessão deveria fazer com que a curva de juros fechasse, e não subisse. E isso ocorre devido à proximidade das eleições, e o teto de gastos, sendo mais uma vez posto em xeque, elevando o risco de instabilidade fiscal.
Cripto
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