Newsletter Genial Bom Dia

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Publicado em 02 de Fevereiro às 09:38:00

🍺 Itaipava versus Skol

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Com uma dívida de R$ 29b, Oi vai engatar uma segunda Recuperação Judicial?

Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Americanas (AMER3), BRF (BRFS3), Ambev (ABEV3), Santander (SANB11), JBS (JBSS3), Oi (OIBR3), Banco Inter (INBR32), Aeris (AERI3), Stone (STOC31) e Cielo (CIEL3).

Expresso Bolsa

O Ibovespa encerrou a quarta-feira em baixa de -1,20%, alcançando os 112,0k. Na última sessão o comitê de política monetária dos EUA elevou a taxa básica de juros em 0,25%, enquanto o Copom manteve a Selic em 13,75%. No cenário externo o dia começou com viés negativo, mas os índices americanos recuperaram seus ganhos após as falas do presidente do Fed, que deixou a entender que o ciclo de aperto monetário está terminando.

No cenário local, o principal índice da bolsa brasileira fechou na contramão de seus pares externos. A expectativa do aumento da taxa básica de juros nos EUA puxou o preço das commodities para baixo, impactando os ativos de risco brasileiros. A queda no preço do petróleo impactou os papéis de Petrobras, além dos dados de produção da Vale abaixo da expectativa do mercado também terem influenciado o fechamento negativo de ontem.

Novos relatórios

Metais & Mineração: Assumindo a cobertura | Prévias 4T22, reabertura da China e Outlook para 2023

 Decisão da taxa de juros (Copom) | Banco Central decide manter taxa Selic em 13,75% a.a. 

FOMC (fev/23) | Fed sobe juros em 25 pontos-base e sinaliza novas altas da mesma magnitude

O que aconteceu no mercado?

Ambev (ABEV3): A nova Americanas? Associação aponta suposto rombo de R$ 30b!

O que aconteceu? A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), composta pelo Grupo Petrópolis e empresas menores, acusa a Ambev de inflar o preço de componentes utilizados na produção de refrigerantes, os quais são isentos de tributos e podem gerar créditos fiscais na Zona Franca de Manaus, a fim de gerar mais créditos tributários do que se teria direito, levando a ação cair 5,7% e fechar com uma queda de 3,5%. Além disso, afirmaram que há um rombo que não estaria contabilizado no balanço.

E aí? A companhia negou as acusações da CervBrasil e afirmou que todos os seus créditos tributários são calculados com base na lei. Reiterou também que suas demonstrações financeiras cumprem as devidas regras regulatórias e contábeis, e afirmou que a Ambev figura entre as cinco maiores pagadoras de impostos do Brasil.

Qual o impacto? Os R$ 30b mencionados se referem a estimativas da Receita Federal de créditos tributários acumulados em disputa entre o fisco e empresas de bebida, sendo que apenas R$ 5,6b são da Ambev. Esses R$ 5,6b de fato não estão provisionados no balanço, por serem considerados como perda possível, e, de acordo com as normas contábeis em casos de perdas possíveis, não é necessário o provisionamento. Apesar de enxergarmos como um impacto pouco relevante, mantemos a nossa recomendação de venda do papel.

Santander (SANB11): Rentabilidade despenca no 4T22 com maiores provisões

4T22 fraco. O Santander reportou um resultado fraco de R$ 1,7b, 40% abaixo dos 2,8b estimado pelo mercado, fechando o ano com o total de R$12,9b. O ROE do trimestre despencou para 8,3%, bem abaixo dos usuais 20% e 4,1 pp abaixo das nossas expectativas. A queda na rentabilidade é reflexo de 3 fatores: (i) deterioração no custo de crédito com maiores provisões; (ii) eventos subsequentes no segmento de atacado (provavelmente Americanas); e (iii) antecipação da piora do ciclo de crédito, implementada no 4T21, com empréstimos mais seletivos pressionando as receitas.

Provisões com perdas de Americanas? As provisões aumentaram para R$ 7,4b apresentando crescimento relevante de 14,2% t/t e 88,9% a/a. Esse impacto foi puxado pelo aumento de venda de carteira de crédito em R$ 1,9b, sendo R$ 1,2 em carteira de crédito ativa e R$ 0,7b em written-off. Na carteira ativa vendida estavam 100% provisionadas, não impactando o aumento do custo de crédito no trimestre. Além disso, muito provável que uma parte do provisionamento de Americanas foi provisionada nesse trimestre. O banco não abre os números, mas olhando as movimentações nos ratings, estimamos uma provisão de apenas 30% no 4T22 de R$3,3b.

2023 deve ser difícil. Com a piora do ciclo de crédito, receita pressionada com fraca tesouraria e apenas 30% dos créditos podres de Americanas provisionadas, esperamos que em 2023 os resultados continuem pressionados (vide: Perspectiva 2023 e Prévia 4T22 ). Estimamos um (i) fraco crescimento da carteira de crédito; (ii) margem sendo pressionada devido ao mix de produtos com menores spreads; (iii) aumento das provisões por conta de safras antigas, maior exposição a pessoa física e caso Americanas; e (iii) margem com o mercado pressionado pelo cenário de juros altos.

JBSS3
Desmatamento pode diminuir exportações agropecuárias

O CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, escancarou a preocupação da empresa com a lei europeia que veta a importação de produtos originados de áreas com desmate. Ademais, defendeu a urgência do combate ao desmatamento ilegal e ressaltou o perigo do Brasil ser visto como um país de alto risco ambiental, o que impactaria negativamente todas as empresas do subsetor bovino. Atualmente as exportações para a Europa correspondem a 8% do total de exportações da JBS. (Valor e Genial)

BRFS3
Habilitação de plantas para exportação e redução no custo do frete

Em um pronunciamento de Miguel Gularte, o CEO da companhia animou o mercado com a previsão da habilitação de novas plantas para exportação em até 40 dias, lembrando que nos últimos dois meses a empresa conseguiu a liberação de mais de 15 fábricas. Além disso, o executivo afirmou que os contratos de frete internacionais começaram a voltar aos níveis normais, próximos dos patamares pré-pandemia. A ação fechou o pregão com uma valorização de 7,6%. (Valor e Genial)

AMER3
Fim de televendas e aumento da dívida

Em meio à crise financeira, a Americanas encerrou o seu serviço de vendas pelo telefone. Essa medida faz parte da reestruturação da companhia para reequilibrar suas finanças após o derretimento de caixa nas últimas semanas. Na terça-feira, a companhia também havia encerrado contratos com cerca de 50 prestadores de serviços de tecnologia em SP, RJ e Porto Alegre. E mais, o administrador judicial elevou a divisa de Americanas para R$ 47,9b, R$ 6,6b acima do que foi divulgado na lista de credores. (Estadão, BDM e Genial)

OIBR3
Oi inicia preparativos para uma segunda recuperação judicial?

Ontem, foi divulgado que a Companhia entrou na Justiça com um pedido de proteção contra credores, em caráter preparatório para uma segunda recuperação judicial. Após não conseguir chegar em acordos finais com seus principais credores para a reestruturação de sua dívida, a operadora tinha obrigações a pagar no curtíssimo prazo na ordem de R$600m.

Em uma situação financeira extremante desafiadora, um pedido para segunda RJ apenas 60 dias depois da saída da primeira, que durou quase 6 anos, demostra a fraqueza no processo de restruturação da Oi; dessa forma, continuamos com um tom mais pessimista para as ações da Companhia. (Valor e Genial)

INBR32 STOC31
Fim das participações

A Stone Informou que vendeu por completo suas participações do Banco Inter por R$ 218m (R$ 12,96/BDR), representando um total de 4,2% do total de ações do Banco Inter. A Stone informou que esse movimento tem o objetivo de focar em seus negócios principais de serviços financeiros e tecnologia. Já o Banco Inter informou que a venda pode gerar mais liquidez no mercado de suas ações. (Stone, Banco Inter e Genial)

AERI3
Conselho aprova novo diretor de operações

O conselho de administração da Aeris aprovou a Eleição de Marcelo Costa Nasser para o cargo de diretor de operações da companhia. Formado em engenharia, Marcel possui larga experiência em operações, tendo passagens pela Gerdau, Ternium Brasil e Usiminas. Apesar de ter atuado em diferentes setores, acreditamos que seu ingresso na companhia pode ser positivo, dado sua experiência e conhecimentos técnicos da área de operações. (Aeris e Genial)

JBSS3
Expectativa de volta de habilitações chinesas

Nas próximas semanas a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) avalie a habilitação de exportações ao país de oito novos frigoríficos brasileiros, dos quais 2 são da JBS.

CIEL3
Mudanças das cadeiras

A Cielo anunciou que aprovou a eleição da Louangela Bianchini como Vice-Presidente Executiva Jurídica e de Relações Governamentais. A Sra. Louangela possui amplo currículo na área jurídica com mais de 30 anos de experiência. Além disso, a Companhia informou que o Fernando Pinto encerrou sua gestão à frente da Diretoria Executiva de Gente, Gestão e Performance da Companhia e seguirá com o processo de transição do mesmo. (Cielo e Genial)

De olho na economia

As mensagens do FOMC e do Copom

O banco central norte-americano (Fed) decidiu elevar a taxa juros (fed funds rate) em 25 pontos-base, numa diminuição do ritmo de aperto de juros que já era amplamente esperada e amparada por um amplo conjunto de dados. As próximas altas de juros agora foram fixadas no patamar de 25 pontos-base, com a discussão deixando de ser sobre a magnitude e passando a ser sobre o número de altas como essa que ainda serão necessárias até o final desse ciclo.

Um ponto de destaque foi a mudança na composição do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Dos 4 membros com mandato rotativo houve a saída de 3 de viés mais “hawkish” que foram substituídos por 3 de viés mais “dovish”. Essa mudança pode vir a ter alguma influência sobre a condução da política monetária no final desse ano, período no qual alguns participantes de mercado esperam que ocorra os primeiros cortes na fed funds rate.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, admitiu que a inflação deu sinais de melhora, mas que estes estão mais concentrados nos itens voláteis e em bens, e que gostaria de ver o processo de desinflação alcançar a métrica do setor de serviços ex-habitação, que representa mais da metade do núcleo de inflação.

No caso brasileiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu novamente, de forma unânime, manter a Selic no patamar de 13,75% a.a. O grande destaque do comunicado foi a divulgação de um cenário alternativo do banco central no qual a taxa de juros (Selic) é mantida constante durante todo o horizonte relevante. Nele, a inflação só converge para a meta de 3,0% no terceiro trimestre de 2024. Isso pode ser visto como um forte sinal de que a autoridade monetária não vê espaço para corte de juros nem no médio prazo. Em vista disso, mantemos o nosso cenário base de que a taxa Selic sofrerá elevação ainda em 2023 e fechará o ano em 14,50%.

Em um outro trecho o destaque foi para a desancoragem das expectativas de inflação para os prazos mais longos, o que demandaria uma condução mais atenta da política monetária em vista dos maiores custos de desinflação.

O comunicado do Copom poderia ter sido ainda mais “hawkish” caso tivesse optado por mencionar as discussões envolvendo a mudança da meta de inflação, dizendo que cogitar essa possibilidade com o processo de desinflação ainda em curso e com as expectativas desancoradas geraria danos de credibilidade ao banco central.

Renda Fixa

Com dia agitado politicamente com as eleições do Senado e da Câmara, o mercado de renda fixa voltou sua atenção totalmente às tão esperadas reuniões do Copom e do FED, e as curvas de juros fecharam em alta, com destaque para os longos abrindo 10bps aproximadamente.

Citou por mais de uma vez sobre suas preocupações com o distanciamento das expectativas de inflação para horizontes mais longos, pontos que não estavam presentes na última comunicação.

Vale destacar, também, a inclusão de um cenário alternativo, onde a Selic fica constante por todo horizonte relevante. Portanto, o cenário de Selic mais alta por mais tempo se mantém, favorecendo a alocação nos ativos pós fixados indexados ao CDI com vencimento curto.

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