Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Light (LIGT3), IRB (IRBR3), Rede D’Or (RDOR3) e Tupy (TUPY3).
Expresso Bolsa
A bolsa fechou a semana caindo –0,61% atingindo os 109,3k, na semana acumulou queda de –2,69%. A semana tumultuada foi marcada pela inflação americana se mostrando acima das expectativas o que preocupou investidores, que agora esperam pela reunião do FOMC nesta terça-feira. No último dia da semana os dados operacionais da FedEx vieram abaixo das expectativas, o que chama atenção para a possibilidade de recessão na economia dos EUA, outro vetor negativo para a bolsa brasileira. Esta semana teremos reunião importante do Copom na quarta-feira dia 21/09.
Novos relatórios
📌 Atualização semanal de Renda Fixa – 12/09 a 16/09 Resumo dos principais fatos que movimentaram as curvas de juros, além de trazer o que mais importa para o investidor de renda fixa na semana
✈️ Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4): Prévias de Tráfego – Agosto de 2022 As empresas aéreas divulgaram os dados de tráfego aéreo relativos ao mês de agosto. No geral, enxergamos números positivos, refletindo uma retomada de demanda, porém, no caso da Gol, ainda abaixo do pré pandemia. Lembramos que o terceiro trimestre é sazonalmente mais fraco em termos de demanda.
☕ Expresso Bolsa Semanal: Dados macroeconômicos pesam sobre o mercado Em semana com agenda macroeconômica intensa ativos de risco reagiram negativamente após mudanças nas percepções dos investidores sobre inflação, situação econômica global e trajetória da política monetária no mundo desenvolvido. Ações, cryptoativos, moedas e algumas commodities apresentaram queda, enquanto VIX (índice de volatilidade) e dólar foram os destaques positivos.
O que aconteceu no Mercado?
Light (LIGT3): Empresa anuncia a destituição de um dos seus diretores!
E ai? Via fato relevante, a empresa anunciou a destituição do sr. Daniel Negreiros, diretor de geração e transmissão da empresa. O motivo não foi explicitado no documento.
Apenas ele? Vale lembrar que o sr. Raimundo Nonato (ex-Equatorial) também deixou o cargo pouco tempo atrás, trazendo frustração dos investidores à medida que o executivo era visto como ponto chave para execução do plano de negócios da empresa.
Volatilidade! Sr. Negreiros foi um dos executivos que vieram da Equatorial para Light com o objetivo de realizar o turn-around da empresa. A saída de outro executivo deve trazer ainda mais volatilidade para o case.
IRBR3
Sustentando o rating
A Standard&Poors removeu o creditwatch do IRB com implicações negativas, reafirmando a nota brAAA da companhia e suas debêntures. O creditwatch é utilizado quando aStandart&Poors acredita ser provável uma alteração no rating nos próximos 90 dias. A nota ainda infere um rating negativo. O aumento de capital de R$ 1,2b e a venda de ativos contribuiu para a manutenção do rating. Avaliamos a continuidade do rating como positiva, dado que uma reavaliação poderia elevar o custo de capital e de dívida da companhia.
RDOR3
Juros sobre capital próprio
A Rede D’Or anunciou o pagamento de R$ 228m em JCP, equivalente a R$ 0,1155/ação, um yield de 0,36% no trimestre (antes do IR). A distribuição é a 3a do ano, acumulando R$ 0,3250/ação em 2022. (Rede D’Or e Genial)
TUPY3
Aumento na penetração de pesados elétricos?
A Mercedes Benz anunciou sua nova linha de veículos elétricos. Dentre eles, está o eActros, caminhão que será produzido a partir de 2024. Por possuir alta exposição no mercado de veículos pesados a combustão, uma maior penetração de caminhões elétricos pode afetar negativamente as receitas da Tupy. (Automotive Business e Genial)
De olho na economia
Subir ou não subir os juros, eis a questão
Na próxima quarta-feira teremos um dos mais aguardados anúncios do Copom, que definirá se o ciclo de juros se encerrou ou não. Como sinalizado na última ata do Comitê, ficou para esta reunião avaliar a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, com o objetivo de assegurar a convergência da taxa de juros para o redor da meta no horizonte relevante.
Nesse contexto, avaliamos que, durante o período entre reuniões, foi possível observar um conjunto de informações atuando em ambas as direções, no que diz respeito à pressão sobre a dinâmica de preços da economia brasileira. Por um lado, o IPCA de agosto (-0,36%) registrou o segundo mês de deflação consecutivo, beneficiado pela moderação no preço dos combustíveis – diante do aumento do risco de recessão global – e das medidas de renúncia fiscal aprovadas no Congresso nos últimos meses. Além disso, o arrefecimento dos preços das commodities nos mercados internacionais, refletindo a política monetária mais contracionista nas principais economias e dos desafios enfrentados pela China, deverão beneficiar a inflação de bens industriais nos próximos meses.
Em contrapartida, a aprovação de medidas que visavam estimular a economia não veio sem custos. A deterioração do risco fiscal elevou as expectativas inflacionárias para horizontes mais longos no momento de sua aprovação. Ademais, a percepção de que o próximo governo passará por uma inevitável revisão, ainda que parcial, do atual arcabouço fiscal brasileiro gerará ruídos e incertezas que podem prejudicar a convergência da inflação para a meta. Ademais, as leituras do IPCA mostram que as medidas subjacentes seguem bastante elevadas, sinalizando que a desinflação dos componentes mais persistentes exigirá uma política monetária contracionista por um período mais longo do que o antecipado.
Nossa avaliação é que o efeito líquido dos vetores que influenciam a dinâmica de preços está ligeiramente maior do que o observado na reunião anterior do Copom. Dessa forma, acreditamos que, devido ao efeito atrasado da política monetária (3 trimestres) sobre a economia real, não há a necessidade de um novo aumento residual de juros, visto que o seu efeito total, mais forte do que o observado nos ciclos anteriores, ainda não impactou a economia. Entretanto, seguimos céticos em relação data do primeiro corte da taxa de juros, acreditamos que as incertezas fiscais farão com que a taxa de juros permaneça em 13,75% a.a. pelo menos até maio de 2023.
Cripto
O mercado de criptoativos perdeu cerca de US$ 80b de valor de mercado nas últimas 24h. O Bitcoin iniciou a semana com uma desvalorização de 6.8%, voltando a ser negociado próximo de US$ 18,5K, o menor preço do BTC nos últimos 3 meses. O Ethereum, juntamente com as principais altcoins, está tendo um desempenho ainda pior. O ETH acumula uma desvalorização de cerca de 9% no mesmo período e está sendo negociado no patamar de US$ 1,3k.
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Renda Fixa
O mercado esperava a divulgação dos dados de inflação da Univ. de Michigan, e veio de acordo com o consenso, com isso as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA caíram.
Localmente, esse alívio foi sentido mais no Real e na parte longa da curva, já que a parte de vencimentos mais curtos, que tem mais impacto da política monetária, ainda tem reflexo do comunicado mais hawkish do BC e estão “no aguardo”, para caso haja uma nova alta na taxa Selic, que será decidida nesta quarta-feira.