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Publicado em 27 de Janeiro às 15:57:01

Expresso Bolsa Semanal: Feriado na China, Temporada de Balanços nos EUA, Commodities beneficiando Brasil

Com as festividades do Ano Novo Lunar Chinês a semana foi impactada pela ausência do investidor chinês. Nos EUA, temporada de balanços e agenda macroeconômico deram rumo aos negócios. Aqui no Brasil, nossa bolsa foi beneficiada pelo movimento positivo das commodities enquanto a ausência de ruídos por parte do governo contribuiu para o fechamento da curva de juros.

Feriado na China

Apesar do semana sem negociações na China por conta do Ano Novo Lunar, as commodities apresentaram uma semana de ganhos com as expectativas dos investidores em torno do processo de reabertura da economia chinesa.

Nosso time fez um levantamento sobre nossas expectativas em torno de processo. Saiba Mais

EUA: agenda macroeconômica

PIB EUA (4° tri/2022) | Avanço de 2,9%t/t anualizado vem acima das expectativas de 2,6%

A primeira prévia do PIB americano do quarto trimestre de 2022 veio acima da mediana das projeções dos analistas de 2,6% t/t e avançou 2,9% t/t a uma taxa anualizada. Com esse resultado, o PIB americano se encontra 5,1 p.p. acima do nível pré-pandemia. Confira a análise completa. Saiba mais

Fonte: perfil Twitter – @emarchetti77

Vendas de casas novas (I). “As vendas de casas novas surpreenderam mais uma vez – subindo 2,3% MoM (dramaticamente melhor do que a queda de 4,4% esperada)”.

Bens duráveis ​​(I). “Os novos pedidos aumentaram 5,6% MoM (mais que o dobro dos +2,5% esperados). Esse é o maior salto desde julho de 2020”.

Pedidos de auxílio-desemprego. “Os pedidos iniciais caíram -6.000 para 186.000, o número mais baixo desde abril passado. A média de 4 semanas caiu -9.250 para 197.500, o menor desde maio passado. alta recente em dezembro”.

Cenários do dólar. “Cenários de previsão para o $ DXY US Dollar Index do Morgan Stanley”.

EUA: Temporada de Balanços

3M Company reportou números vieram abaixo das expectativas do mercado. A demanda por seus produtos diminuiu no último trimestre, junto a pressão nas margens exercida pelas flutuações cambiais, resultando em números mais fracos. A fabricante de produtos para diversos segmentos como indústria, transporte, saúde, escritório, segurança e produtos elétricos, além de fazer os famosos post-it e as fitas adesivas, anunciou planos para cortar cerca de 2.500 empregos em todo o mundo devido à demanda mais fraca e aos efeitos negativos de um dólar mais forte nas vendas no exterior. (Avenue)

Johnson & Johnson bateu as expectativas em termos de lucros, mas ficou aquém em termos de receitas. Empresa reportou uma queda de receita total de 4.4% na comparação anual. Em suma, a empresa atribuiu o declínio nas vendas pelo câmbio desfavorável e pela redução das vendas de vacinas COVID-19 em comparação com o ano anterior. Já o seu lucro ajustado apresentou crescimento de 10.3% ante o 4T21. Olhando a frente, a empresa pintou um cenário mais otimista para 2023. A empresa prevê lucros ajustados para 2023 de US$ 10,45 a US$ 10,65 por ação, acima da estimativa média dos analistas de US$ 10,35 por ação. A receita para o ano ficará na faixa de US$ 96,9 bilhões a US$ 97,9 bilhões, disse a J&J, enquanto analistas esperavam US$ 98 bilhões. (Avenue)

Microsoft reportou números melhores que o esperado pelo mercado em termos de lucros, ainda que mostrando desaceleração em diferentes linhas de negócios. Os números da Microsoft mostraram um aumento de receita de 2% na comparação anual – menor crescimento para um trimestre desde 2016. O lucro apresentou queda de 12.5% na comparação anual encerrando em US$ 16.43 bilhões. Pesou no resultado o encargo de US$ 1,2 bilhão no trimestre decorrente de decisões estratégicas da empresa de: (i) cortar 10.000 empregos; (ii) revisar sua linha de negócios de hardware; (iii) consolidar aluguéis. (Avenue)

Tesla reportou números que vieram acima das expectativas do mercado. Apesar das dificuldades econômicas e desaceleração global, os números demonstram que a empresa continua crescendo. Olhando os resultados atuais, as margens brutas automotivas chegaram a 25,9%, o menor valor dos últimos cinco trimestres. O fluxo de caixa operacional caiu 29% em relação ao ano passado e 36% em relação ao último trimestre, chegando a US$ 3,28 bilhões. (Avenue)

Mastercard superou as expectativas dos analistas; mesmo assim suas ações não tiveram grande impacto. A empresa viu o volume bruto de transações em dólares aumentar 8% no último trimestre enquanto suas receitas se expandiram 12% – destaque para o crescimento de 59% nos volumes de transações cross-border, haja vista que o mundo seguiu se reabrindo e o aumento do turismo ajuda a explicar esse aumento. (Avenue)

Chevron mostrou forte crescimento na comparação anual, com receitas superando estimativas, mas lucro decepcionou ficando aquém do estimado e suas ações repercutem negativamente. Os resultados da Chevron foram beneficiados pelos preços mais elevados de petróleo, gasolina e gás, que compensaram volumes de produção levemente mais fracos que o esperado, e com isso a empresa apresentou um crescimento de receitas de 17% no trimestre e de 52% no agregado do ano. (Avenue)

EUA: Semana de 30/Janeiro à 3/Fevereiro

Brasil: Temporada de Balanços

Cielo (CIEL3) | Resultado 4T22: O resultado da Cielo continuou mostrando uma melhora sequencial de rentabilidade nesse 4T22. Com o lucro recorrente 5,7% maior que nossa projeção e 8,9% acima da estimativa do mercado, a empresa o continuou expandindo suas receitas com uma velocidade acima dos volumes financeiros (TPV) principalmente pela melhora de seu take rate devido a maior precificação, melhor mix e aumento do volume de produtos de antecipação onde as margens são melhores. O lucro recorrente continuou sua trajetória de melhora de rentabilidade, resultando em R$ 490m no 4T22, alta de 16,2% t/t, 63,2% a/a. Em 2022, o lucro líquido consolidado fechou em R$ 1,5b, alta de 34% a/a. Saiba mais

Nosso time elaborou um relatório completo de expectativas sobre a temporada de balanços que ganha tração em fevereiro. Saiba mais

Brasil: Noticiário Corporativo

O imbróglio do caso da Americanas. Afinal, qual o impacto nos bancos? O imbróglio do caso da Americanas continua e a companhia divulgou uma nova lista de credores no dia 25/jan/23, sendo apresentado na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Considerando o lucro dos últimos 12 meses e provisionamento de 30% das dívidas das Americanas, o BTG teria uma redução considerável de -7,3%, Santander (-4,1%) e Bradesco (-3,6%). Saiba mais

Indústria | Prévia de Resultados 4T22: WEGE3 e AERI3 | Saiba mais

Prio (PRIO3) | Aquisição de Albacora Leste concluída! O que esperar? Finalmente, a tão aguardada aquisição de 90% do Campo de Albacora Leste foi concluída. Julgamos tal evento como o primeiro passo para uma avenida de geração de valor muito interessante para a empresa. Nosso otimismo está relacionado a: I) preço pago pelo ativo (a um múltiplo que julgamos muito justo tendo em vista toda a sua potencialidade), II) volumes recuperáveis estimados via premissas muito conservadoras, III) bom histórico de redesenvolvimento por parte da Prio nos campos que a mesma já opera e, por último, IV) preços do petróleo devem permanecer elevados devido as limitações de oferta globais – tendência essa que ainda não foi revertida. Saiba mais

Maiores pagadoras de dividendos para 2023

Com o cenário desafiador para este ano, o fator juros no Brasil e no mundo deverá influenciar bastante nas estratégias das empresas sobre a distribuição de dividendos em 2023.

Olhando para a estratégia de recebimento de proventos, os investidores devem estar atentos às dinâmicas setoriais e às situações individuais das empresas. Companhias com baixa necessidade de investimento projetada, baixo nível de alavancagem e com resultados operacionais crescentes são boas apostas para quem busca por dividend yield em 2023.

Veja nosso relatório completo: Maiores pagadoras de dividendos para 2023

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