Home > Análises de Mercado > Melhores e piores investimentos de novembro em renda variável

Publicado em 02 de Dezembro às 02:22:18

Melhores e piores investimentos de novembro em renda variável

Dólar (-0,19%)

Após a forte desvalorização do real frente a dólar nos meses de setembro e outubro, quando a moeda perdeu aproximadamente 10% de seu valor em um movimento antecipatório à decisão do governo de mudar o indexador e aumentar o valor do teto do gasto, a taxa de câmbio permaneceu basicamente estável no mês de novembro, fechando em uma leve desvalorização do dólar de (-0,19%).

Na última semana de novembro, um fator adicional que gerou volatilidade e mais pressão sobre a taxa de câmbio foi o anúncio do Federal Reserve, o banco central americano, de que deverá acelerar o processo de redução das compras de ativos financeiros nos mercados internacionais e, com isto, iniciar a normalização da política monetária, com aumento das taxas de juros, já no segundo trimestre de 2022. Este movimento deverá gerar redução da liquidez internacional e aumentar as taxas de juros dos títulos americanos (Treasuries), com consequente pressão negativa sobre as moedas de países emergentes, nos próximos meses.

Após altos e baixos, o câmbio fechou o mês basicamente estável em relação ao início de novembro, a R$ 5,62/R$ 1,00, um valor que, devido ao elevado risco fiscal exacerbado pela mudança do teto, é significativamente acima do projetado pelos fundamentos da economia brasileira (saldo em conta-corrente, risco país, diferencial de juros em relação a outros emergentes e taxa de juros americana) que sinalizam para uma taxa de R$ 4,60/US$ 1,00.

Para os que desejam exposição ao dólar, para proteger a carteira da desvalorização cambial, os analistas da Genial recomendam o fundo Plural BDR, que tem exposição a moeda norte-americana, ações americanas e permite ao investidor diversificação do portfólio com ativos globais.

S&P 500 (-0,8%)

Os índices americanos apresentaram um mês de negociações volátil, após a divulgação de notícias sobre a nova variante de Covid-19. Apesar do S&P 500 apresentar queda de 0,8% em novembro, no ano, o índice apresenta alta de 21,6%.

No último dia do mês, o índice apresentou queda de 1,9%, devido ao comunicado feito pelo presidente do Fed, Jerome Powell, de que pode haver a aceleração do programa de recompra de ativos. Powell também sinalizou que o fenômeno da inflação não pode mais ser considerado transitório. Dentre as ações que mais contribuíram para a performance negativa citamos a Microsoft e a Meta Platforms.  

O fundo Plural BDR, como comentado acima, oferece exposição as principais ações dos EUA e oferece uma opção aos que desejam investir no exterior sem precisar fazer aplicações diretas lá fora.

Ibovespa (-1,53%)

Ibovespa encerrou o mês de novembro em 101.918 pontos com queda de -1,53% (-1.583 pontos). No ano, a queda acumulada se aproxima dos 15%. Influenciado pelo não andamento da PEC dos precatórios e cenário econômico conturbado, o índice teve a sua 5ª queda consecutiva mensal.

O cenário internacional teve tem influência negativa, onde os problemas inflacionários trouxeram muitas especulações sobre a estratégia que será adotada pelos principais bancos centrais globais sobre o processo de normalização monetária. No final de novembro, também houve influência negativa de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron. Tim, Locamérica e Dexco (antiga Duratex) foram as principais altas do mês. Natura, Magazine Luiza e Locaweb as principais quedas do mês de novembro.

Na carteira recomendada de ações da Genial, nosso estrategista chefe de ações, Filipe Villegas, seleciona a dedo as melhores oportunidades em ações Brasil, BDRs, ETFs, ações ESG e muito mais. Confira aqui a carteira de dezembro.

Ifix (-3,64%)

O Ifix fechou em queda em quase todos os pregões de novembro, fechando a 2 578,40 pontos e desempenho negativo de 3,64%. Na nossa visão, esse movimento ocorreu por dois principais motivos: (i) movimento de investidores vendendo ativos de risco para investir na renda fixa e (ii) redução da liquidez no mercado de fundos imobiliários.

O mês encerrou com queda em todos os segmentos do Ifix. O destaque negativo ficou com os fundos de fundos devido a sua maior correlação com o Ifix, e com os fundos de shoppings devido aos números mais baixos nas vendas do comércio na comparação mensal.

Na carteira recomendadas de FIIs da Genial, você encontra uma seleção de ativos selecionados pelo time de analistas que recomendam as melhores oportunidades do momento. Você conferir a do mês de dezembro clicando aqui.

Ouro (-6,38%)

Assim como esperávamos, vimos uma desvalorização mais acentuada do ouro devido a redução de estímulos econômicos que coloca pressão nos preços do ouro. O ouro caminha para o primeiro trimestre negativo desde 2018.

O ouro iniciou o mês de novembro sendo negociado na faixa dos 1895 dólares e terminou o mês a 1774,52 dólares, com queda forte de 6,38%. Embora o metal tenha sido negociado acima dos 1950, logo na semana seguinte o metal foi pressionado chegando próximo à mínima dos últimos 9 meses. O discurso mais Hawkish do FED, a eminente subida de juros nos EUA e a valorização do dólar são negativos para o metal.

Como sabemos, taxas de juros mais altas implicam em um custo de oportunidade maior para se investir em ouro e geram um movimento de migração dos investidores para ativos livres de risco. Os problemas na cadeia de suprimentos global seguem criando gargalos no setor produtivo e aumentando os preços para o consumidor final. Segundo o presidente do FED, Jerome Powell, a inflação não é tão transitória assim.

O cenário para o próximo mês é de cautela, o ouro terminou o mês mais estável com os investidores ainda analisando os possíveis desdobramentos da nova cepa do Covid. A ameaça de interrupção na recuperação econômica global pode gerar um risco sistêmico global, o que geralmente se reflete em ganhos para o ouro. Por outro lado, os dados econômicos positivos nos EUA combinados à reação mais rápida do FED são negativos para o ouro.

O fundo Plural Ouro busca acompanhar a variação da cotação do ouro, negociado em padrão internacionalmente aceito no segmento da B3 e swaps com ouro futuro no mercado internacional, através do investimento de parcela preponderante da carteira no referido ativo.

Bitcoin (-7,5%)

O Bitcoin caiu aproximadamente 7,5% em real (BTC/BRL) e 7,15% em dólar (BTC/USD) em novembro. O desempenho possivelmente está relacionado a assinatura do presidente Joe Biden de um pacote de infraestrutura de U$ 1t, que incluirá novos requisitos de relatórios fiscais para algumas entidades relacionadas à criptos.

Apesar de em tese ter baixa correlação com a economia real, o bitcoin seguiu a tendência de ativos de risco globais com a notícia da nova variante do Covid, que puxou a cotação 8% para baixo em 26/nov, tanto em real quanto em dólar. Por fim, a sinalização de que a inflação não é mais necessariamente transitória, podendo retirar estímulos econômicos mais brevemente também pode passar a contaminar o preço das criptos.

A eventual elevação das taxas de juros americanas, bem como a diminuição de estímulos econômicos, poderá aumentar o custo de oportunidade de se investir em ativos de risco. Ou seja, a elevação dos juros aumenta a atratividade de se investir em ativos de menor risco, podendo prejudicar as cotações das criptos e demais ativos de renda variável.

Atualmente uma das principais formas de investir em Bitcoin é através do ETF HASH11, que além do btc também oferece exposição a algumas das principais criptos do mercado, como Ethereum (segunda maior cripto), Litecoin, Chainlink, Bitcoin Cash, Uniswap, Filecoin e Stellar Lumen. Saiba tudo sobre o HASH11 aqui.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações