🚅 Expresso Bolsa
O IBOV fechou a quinta-feira com uma alta de 1,77% atingindo os 113,1k. Os papéis relacionados às commodities metálicas ainda refletem o anúncio do governo chinês de que voltará a estimular a economia local, impulsionando fortes altas nas mineradoras e siderúrgicas. Ainda, os investidores passaram o dia digerindo as altas dos juros americano e brasileiro.
🔥 O que aconteceu no Mercado
❌ B3 (B3SA3): Sob efeito da alta de juros!
O lucro da B3 veio 8,5% abaixo das nossas expectativas e 15% abaixo das estimativas de mercado. O lucro reportado de R$ 1,09b caiu 7,2% t/t e 0,5% a/a.
Boas práticas! Apesar da continuidade dos altos volumes negociados no segmento de listados, a revisão da tabela de preços e queda na receita média por contrato derivativo fez com que a receita de listados caísse 4,2% a/a. As despesas foram destaque negativo subindo 14,6% t/t e 12,1% a/a. A alta está atribuída a contratações, dissídio de salários e novos projetos de melhoria dos serviços.
Fique ligado! Com a alta dos juros no Brasil e no mundo, a maior parte dos produtos da B3 sofreu. Eventualmente, acreditamos que a atividade econômica volte a patamares mais normalizados do ciclo e que de juros volte a cair. A B3 vem diversificando suas linhas de receita e investindo em tecnologia (exemplo aquisição da Neoway). Negociando a múltiplos atrativos de 15,5x P/L 2022, reiteramos nossa recomendação de COMPRAR para B3SA3. Acesse o relatório completo aqui.
SOMA3 (COMPRAR)
4T21: Hering tem a maior receita bruta da história!
Os resultados ex. Hering foram acima do consenso, com crescimento de receita de +70% favorecido pela reativação da base de clientes inativos, ganhos de market share e aquisição da Maria Filó e NV. A Hering, apesar de ter tido a maior receita de R$ 559m, apresentou uma compressão de margem bruta com queda de 3,2 p.p. (vs. 4T19) acima do esperado, devido aos ajustes do processo fabril, à alta de custos e redução da participação dos canais digitais e lojas próprias no mix de vendas. Leia mais aqui. (SOMA e Genial)
BRSR6 (MANTER)
Fim da discussão!
O Estado do Rio Grande do Sul sinalizou não ter mais a intenção de seguir com a negociação da renovação antecipada do contrato de folha de pagamento do Estado. O contrato anterior tinha vigência até 2026, mas no ano passado passou a ser discutida a renovação do contrato. A renovação antecipada geraria um desembolso desnecessário para o banco. Vemos o final das discussões como positivo. (Banrisul e Genial)
SAÚDE
Ocupação nas UTIs em baixa
Segundo o sindicato dos hospitais de São Paulo, a ocupação das UTIs está abaixo de 20% para 67% dos hospitais. A ocupação dos leitos de Covid está abaixo de 20% em 72% dos hospitais. No mês passado a ocupação dos leitos de Covid era de 53%. O arrefecimento da pandemia é positivo para o setor de saúde, que vem sofrendo com a grande volatilidade nos resultados em função das ondas da pandemia. As operadoras de saúde vinham sendo mais impactadas em 2021 com altas sinistralidades (custo de acionamento dos seguros saúde). (Valor e Genial)
INDÚSTRIA AUTO
Normalização mais distante
Terremoto no Japão fez com que fábricas suspendessem a produção de semicondutores no país. A Renesas Electronics, uma das principais fabricantes asiáticas, suspendeu as operações em três fábricas no Japão depois de um terremoto. Essas paradas, irão prejudicar a indústria automotiva global, que já sofre com a escassez de semicondutores. A normalização esperada para fim de 2022, fica cada vez mais improvável. O impacto é negativo tanto no segmento de locação, quanto no de autopeças. (Automotive Business e Genial)
SANEAMENTO
Privatização da Corsan
A Corsan, empresa de saneamento do Rio Grande do Sul, deve realizar seu IPO até julho deste ano. A oferta já foi adiada no início de 2022 e é parte da privatização da estatal. O IPO é interessante quando levado em conta o Novo Marco do Saneamento, que prevê a universalização dos serviços de água e esgoto e tem atraído capital privado para o setor, com players como a Equatorial (EQTL3) investindo. (Valor e Genial)
MRVE3 (COMPRAR)
Preparativos para o IPO
A MRV começou a preparar um possível IPO da sua subsidiária nos Estados Unidos, a AHS. De acordo com o Estadão, nos próximos meses a MRV pretende fazer rodadas de capitalização da subsidiária para sustentar o crescimento da empresa e mostrar o valor real da empresa ao mercado. A notícia vem em linha com o nosso relatório de case de eventos. (Estadão e Genial)
CYRE3
Resultados sólidos no 4T21
A Cyrela apresentou um bom resultado no trimestre, com ROE de 15,6% nos últimos 12 meses. Mesmo com expectativa de desaceleração nos próximos trimestres, os lançamentos no 4T21 foram de R$ 2,6b (+16,1% t/t e -11,1% a/a). A margem bruta teve uma redução de 1,3pp, enquanto a margem líquida caiu em 1,9pp. (Cyrela e Genial)
BRML3 (COMPRAR)
Recusa da oferta
O conselho de administração da brMalls recusou novamente a oferta de fusão feita pela Aliansce Sonae (ALSO3) com a mesma justificativa de que a oferta subavalia o valor da brMalls, apesar de um aumento significativo sobre a proposta original. Mesmo com a recusa, a Aliansce Sonae, que hoje é a maior acionista da brMalls, deve seguir com um pedido de uma assembleia para que os acionistas votem sobre a proposta. (brMalls e Genial)
👀 De olho na economia
Eleições 2022
Foi divulgada na quarta-feira mais uma pesquisa Genial/Quaest sobre o cenário eleitoral no Brasil. Seis meses antes do pleito, alguns sinais começam a ficar mais claros. Um dos principais destaques da pesquisa é a tendência de melhora na avaliação do governo do Presidente Bolsonaro. Ainda que esta melhora seja relativamente pequena, três pontos de porcentagem, ela ocorre em todos os segmentos da população, todas as faixas etárias, todas as regiões (exceto no Nordeste) e entre homens e mulheres. O que indica que esta é uma melhora estrutural e não apenas aleatória.
Aparentemente, a incapacidade de um candidato da terceira via se destacar e se tornar competitivo, começa a gerar migração em direção ao Presidente Bolsonaro, de eleitores que não gostariam que o ex-presidente Lula nem o Presidente Bolsonaro sejam eleitos. Pela primeira vez desde que iniciamos a realização da pesquisa em julho de 2021, as intenções de voto no Presidente suplantam a porcentagem de votos dos que não preferem nenhum dos dois candidatos.