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    Publicado em 03 de Maio às 23:55:05

    GPA (PCAR3) | Resultado 1T23: Trimestre morno

    O Grupo Pão de Açúcar divulgou os seus resultados do 1T23 nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado. Seguimos com nossa recomendação de MANTER e preço-alvo 2023E sob revisão.

    Os números do Novo GPA Brasil vieram em linha com nossas estimativas e com o consenso do mercado. Resguardada as devidas proporções sazonais, observamos uma melhora sequencial da operação, com incremento de margem bruta e EBITDA vs. 3T22 e 4T22.

    No trimestre, o Novo GPA Brasil abriu 6 novas unidades, sendo 3 novos Minutos Pão de Açúcar, 2 no formato Pão de Açúcar e 1 Mini Extra, além de 3 conversões de lojas Compre Bem para Mercado Extra.

    A receita bruta reportada ex-gasolina foi de R$ 4,5b (+15,4% a/a; em linha com Est. Genial), tendo crescimento de duplo dígito nos três formatos ano contra ano. Quando olhamos para o Same Store Sales, a única marca que apresentou um desempenho abaixo da inflação do foi o Mercado Extra/Compre Bem, registrando um SSS de 2,2%, em contrapartida, as bandeiras Minuto e Pão de Açúcar desempenharam acima, marcando 12,4% e 7,5%, respectivamente.

    O lucro bruto atingiu R$ 1,01b (+4,2% a/a; -0,8% vs. Est. Genial), registrando uma margem bruta de 24,4%. A pressão de 2,5 p.p. na comparação anual, pode ser explicada por dois fatores:

    (I) Devido aos ajustes referentes aos reposicionamentos dos formatos e bandeiras ao longo do 2S22;

    (II) Apesar dos ganhos no prazo médio dos fornecedores, acreditamos que o GPA Brasil ainda esteja enfrentando certas dificuldades no repasse de preços, mediante ao atual cenário macroeconômico e competitivo.

    Ainda que a companhia tenha conseguido diluir as suas despesas, mediante a reestruturação realizada na sede após as transações dos hipermercados, notamos que não foi o suficiente para favorecer a margem EBITDA, por conta do carrego negativo na margem bruta.

    Apesar de observamos uma melhora sequencial tanto no âmbito de estratégia do grupo como no operacional, o alto patamar da Selic segue desfavorecendo a despesa com juros prejudicando o resultado financeiro.

    Por fim, o GPA reportou um prejuízo líquido de -R$ 269m dentro das operações continuadas.

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