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    Publicado em 20 de Março às 02:09:01

    Engie (EGIE3) | Notas da Estrada com a Engie! – Reunião com Clientes Institucionais na Cidade de São Paulo

    Os Fatos & Sentimentos dos Clientes

    Sentimentos dos clientes. Fizemos uma série de reuniões na cidade de São Paulo com clientes institucionais e a equipe de Relações com Investidores da Engie. Vamos abordar alguns tópicos interessantes ao longo dos próximos tópicos.

    Em geral,o sentimento médio apresentado ao longo das reuniões pelos gestores paulistas estavam muito alinhados com as impressões dos gestores cariocas em janeiro/2025 (para maiores informações, clique aqui – Alupar | Notas da Estrada com Alupar – Quando o preço não faz justiça a qualidade!). Essencialmente: segue a grande preocupação com o cenário fiscal, juros altos e tudo isso em meio a valuations muito interessantes. Eleições presidenciais seguem sendo um dos grandes gatilhos de valor do case.

    Crescimento & Preços de Energia. A medida que os atuais projetos estão próximos a entrar em operação (Conjunto Eólico Serra do Assuruá e Conjunto Fotovoltaico Assú do Sol), a empresa não deve focar seus esforços em novos projetos greenfield. Sendo assim, aquisição de ativos já contrados e sem risco de preço/demanda devem ser a movimentação natural daqui pra frente, principalmente quando os projetos em desenvolvimento já estiverem de pé. Enxergam oportunidades nos negócios de Geração Distribuída (que deve passar a sofrer com a questão do curtailment e diferença de preços de submercados de energia, o que deve gerar oportunidades de aquisição). A empresa espera participar do leilão de transmissão que deve ocorrer no segundo semestre, mas sabendo que existirá muita competição pelos lotes oferecidos e que o processo de ofertas com retornos atraentes é muito limitada.  Enxergam também no leião de capacidade como uma oportunidade interessante para as suas hidroelétricas. Por último, a empresa observa com naturalidade o atual patamar de preços da energia elétrica (Convencional de Longo Prazo caminhando para acima de R$180/MWh vs R$150/MWh em termos médios nos últimos anos) tendo em vista o aumento da aversão ao risco do sistema, fazendo com que o sistema elétrico acabe por despachar mais termoelétricas e pressionando o preço da energia.

    Dividendos. A empresa deve seguir distribuindo apenas 55% do lucro líquido em 2025 tendo em vista os pesados investimentos que ainda devem ser realizados neste ano (c. R$4 bilhões). O aumento da generosidade deve vir a partir de 2026 e a medida que os investimentos esperados devem ser reduzidos devido a entrada em operação dos projetos atualmente em desenvolvimento. É importante mencionar que o pay-out de 2024 foi reduzido para o patamar mínimo devido ao volume expressivo de investimentos no ano (c. R$10 bilhões).

    Possível fechamento de Capital. O time de executivos foi questionado em relação a um eventual fechamento de capital devido ao atual nível de avaliação que dos ativos no Brasil. A resposta foi negativa em relação a essa possibilidade. A empresa disse que essa não é uma prática comum do grupo controlador ao redor no mundo e prefere manter as coisas como estão.

    Usina Hidroelétrica de Jirau. “Segue na mesma” foi a grande resposta para a mesma pergunta que se repetiu ao longo das reuniões. Foi mencionado Contexto importante: Usina Hidroelétrica de Jirau está “redonda”, operando bem e sem apresentar os prejuízos de outrora. Sua aquisição deve acontecer em algum momento e sob os termos já discutidos ao longo dos últimos 15 anos (comitê para avaliar aquisição com voto independente do controlador) e não deixa de ser um ativo interessante para a empresa. Sendo assim, a conclusão da tão esperada aquisição do ativo deve acontecer em algum momento… mas sem um cronograma claro. Contexto importante: o projeto foi leiloado em 2008 e desenvolvido para ser adquirido pela Engie (que na época tinha outro nome). Após a conclusão, a Engie deveria ter adquirido o projeto que ao longo de muitos anos foi bastante problemático do ponto de vista do desenvolvimento e por questões de GSF. Em algum momento a Engie deve adquirir a UHE de Jirau. A grande questão aqui é o tempo que a aquisição desse projeto vem levando bastante tempo – afinal de contas, estamos falando de quase vinte anos.

    Renovação de Concessões. A empresa espera que com o término de alguma de suas concessões a partir de 2030, o cenário mais provável é o governo federal leiloar esses ativos. Sendo assim, a empresa esperar participar desses leilões e ter como vantagem competitiva exatamente o know-how no uso destes ativos.

    TAG. Com o final dos contratos de gás atual (que foram herdados da própria Petrobras no momento da aquisição), os preços devem começar a serem estabelecidos via processos de revisão similares ao de distribuidoras de energia elétrica (Base de Remuneração x WACC Regulatória) – em linha com o funcionamento regulatório do negócio de distribuição de energia. A empresa ainda aguarda o resultado da oficialização da sua base de ativos e o WACC regulatório desse negócio (que deve ficar acima de 8% em termos reais, o que julgamos muito interessante). O fim dos contratos deve fazer com que a tarifa caia entre 50-60% vs contratos atuais – o que enxergamos com naturalidade por que desde o início da aquisição esse movimento já era esperado.

    Curtailment. A empresa tem uma expectativa de impacto de curtailment de 5% para energia eólica vs 15% de fontes solar. Essas variáveis devem ser normalizadas até 2028 com a entrada de algumas linhas de transmissão que devem fazer o sistema passar a funcionar regularmente.

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