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    Publicado em 11 de Maio às 23:45:22

    Minerva (BEEF3) | 1T22: China de volta e avanços no Brasil

    O 1T22 marcou o retorno das exportações à China através do Brasil para a Minerva, que estava proibida de exportar carne bovina do Brasil (assim como todos os outros frigoríficos no país) por conta de uma restrição do governo Chinês que durou praticamente todo o 4T21. Isso junto com uma forte demanda mundial puxou volumes, e os preços continuaram favoráveis, portanto os resultados foram positivos. Seguimos com perspectiva positiva para as ações da Minerva, e continuamos com nosso preço-alvo de R$ 20,00 e recomendação de COMPRA para o frigorífico.

    Esse foi o primeiro trimestre em que a companhia abriu os seus resultados por país de origem, e fica evidente que o maior desafio foi para Colômbia e Paraguai, onde vimos reduções de receita bruta de -24% e -14%, respectivamente, assim como também uma queda de volumes. A principal razão para isso é a exposição que esses países tem para a Rússia, que sempre foi um cliente importante para os países e a sua ausência como cliente (por conta da guerra com a Ucrânia) afetou a companhia nesses países.

    Por outro lado, com a retomada da China e preços da carne bovina ainda bastante favoráveis, vimos um avanço de 25% para o 1T22 na receita líquida consolidada da Minerva, em comparação com o 1T21, chegando a R$ 7,3 bi e um pouco acima da nossa expectativa (6% acima). Quanto ao EBITDA, vimos um avanço de 33% a/a, atingindo o patamar de R$ 646 mi e também apenas um pouco acima do que esperávamos para a empresa, refletindo o bom momento para as exportadoras de commodities do Brasil. Além disso, já começamos a ver indícios de uma retomada no ciclo do gado no Brasil, o que deve trazer uma maior disponibilidade de gado e portanto preços melhores para os frigoríficos. Apesar de acreditarmos que isso deve se concretizar mais para o final de 2022, pensamos que a Minerva seguirá reportando bons números até então, por conta da sua estratégia de diversificação geográfica, demanda forte e preços ainda atrativos. Na última linha (o lucro líquido) vimos uma desaceleração de -56% em relação ao mesmo período do ano passado, correspondendo a R$ 115 mi. Isso pode ser explicado pela volatilidade do dólar americano em relação ao real durante o trimestre, o que afetou negativamente, por conta política de hedge feita pela companhia, o resultado financeiro e consequentemente lucro líquido.

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