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    Publicado em 28 de Outubro às 19:23:33

    Movida (MOVI3) | 3T21 : Com muitos recordes, lucro cresce 598%.

    Após um forte resultado no 2T21, a Movida surpreendeu de novo as estimativas do mercado nesse trimestre, colocando a empresa em um novo patamar de escala e rentabilidade. A incorporação parcial dos resultados da CS Frotas nesse trimestre impactou positivamente o resultado, levando a empresa a apresentar recordes em alguns indicadores. O Ebtida recorde de R$ 613 milhões, que veio 30,5% acima de nossa expectativa e 24% acima da expectativa do mercado, teve um crescimento de 58% t/t e 188% a/a, com a margem passando de 32,1% no 2T21 para 38,9% no 3T21. Já o lucro líquido recorde de R$ 259 milhões, veio 27% melhor que nossa estimativa e 24% melhor que a do mercado, com uma margem de 16,5%, acima dos 14,4% e 3,6% apresentados no 2T21 e 3T20 respectivamente.

    Com a incorporação da CS Frotas, a empresa aumenta a sua participação em GTF, que traz previsibilidade de receita em momentos de turbulência econômica, algo que devemos ver pela frente. Seguimos animados com a empresa, que deve apresentar resultados ainda melhores no 4T21 devido a diminuição dos casos de Covid-19 no país e a crescente demanda pelo serviço de locação de veículos, que facilita o aumento das tarifas média para compensar a alta de juros e da inflação.

    Apesar da dificuldade na oferta de veículos 0km, a empresa conseguiu aumentar sua frota nesse trimestre em 6% ou quase 10k carros, comprovando que a estratégia de vender carros logo no início da pandemia e retomar as compras antecipadamente foi assertiva. No RAC, mesmo com uma frota levemente superior que o trimestre passado (+1,8%), o número de diárias veio 11,4% acima, explicado pela melhor taxa de ocupação da frota, que atingiu 82,9% nesse trimestre vs 79,6% no tri anterior. A diária média passou para R$ 96,40, uma alta de 14,6% t/t e com uma sinalização pela empresa de crescimento para o próximo trimestre. A idade média da frota de RAC caiu quase 3% t/t, o que ajuda a empresa a segurar os custos com manutenção, revisões e peças que os veículos mais antigos necessitam e consequentemente melhorando as suas margens. Esses fatores levaram a receita do segmento crescer 27,7% t/t enquanto os custos ex depreciação subiram somente 0,7%, melhorando o Ebitda do segmento em 65,7% t/t, com uma margem de 52,6% vs 41,1% no 2T21.

    No GTF, a frota aumentou em 32,6k carros ou 58,5% t/t, devido a adição de 25,6k carros da CS Frotas. Desconsiderando o efeito da CS Frotas, a frota orgânica de GTF cresceu em quase 7k carros (+12,5% t/t), que demonstra que a empresa tem focado mais na expansão em GTF para garantir previsibilidade nos seus resultados, já que essa divisão é responsável pelo aluguel de longa duração. Ticket médio mensal e número de diárias atingiram R$ 1.407 (+7,6% t/t) e 6.259 (+37,7% t/t) respectivamente, contra R$ 1.308,5 e 4.544 no trimestre anterior. Na parte financeira, a receita líquida saiu de R$196 milhões no tri anterior para R$287,3 milhões, um crescimento de 46,6%. Custos ex depreciação subiram 61,8% t/t, explicados pelo aumento da frota e G&A reduziu 5% t/t, levando a um Ebitda de R$193,1 milhões (+51,2% t/t) com margem de 67,2% vs 65,1% no 2T21.

    Em seminovos, a empresa aproveitou o aumento do preço dos veículos usados e vendeu mais carro que no tri anterior. Com o aumento da frota, ela conseguiu acelerar o volume de vendas sem se preocupar em ficar sem veículos disponíveis para alugar no trimestre de maior sazonalidade, o 4T. Como resultado, o Ebitda apresentado no 2T21 de R$120mm teve uma variação positiva de 55,9% para R$ 187,2 mm, com uma margem recorde de 22,2% vs 17,8% que vimos no tri anterior.

    No consolidado, a despesa financeira quase dobrou devido ao aumento da taxa de juros e as novas captações da empresa, se antecipando a um possível cenário de restrição de crédito que possa atrapalhar seu crescimento futuro. O lucro líquido de R$ 259mm (R$1,037 bi anualizados) coloca a empresa em um novo patamar, diminuindo ainda mais o gap para seus concorrentes.

    Pontos Positivos

    • Aumento da frota apesar da dificuldade na oferta de carros 0km
    • Crescimento de tarifas no RAC e no GTF
    • Melhora de margens em todas as divisões

    Pontos Negativos

    • Aumento do preço médio dos veículos comprados de 26% t/t
    • Aumento dos custos ex depreciação por veículos
    • Aumento da depreciação dos veículos
    • Aumento de 97% do resultado financeiro vs 2T21
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    Leitura Dinâmica

    Recomendações

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