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    Publicado em 10 de Maio às 21:11:16

    Panvel (PNVL3) | Resultado 1T23: Mais um trimestre sólido!

    A Panvel divulgou seus resultados do 1T22, nesta quarta-feira (10/Mai), após o fechamento do mercado. Como esperado, mais um forte trimestre da companhia, com ganhos de rentabilidade e market-share.

    Impulsionado pelo aumento do parque de lojas, melhoria do mix de vendas e um crescimento real das lojas maduras, a Panvel segue expandindo sua penetração de mercado na Região Sul, com destaques nesse tri para SC e PR, + 40 bps e +30 bps a/a, respectivamente.

    Reiteramos nossa recomendação de COMPRA para PNVL3, com preço-alvo 2023E de R$ 14,00, que confere um upside de 29,7% em relação ao fechamento do dia 10/05/23.

    Receita bruta cresce +14,1%; Sem dificuldades para meta de aberturas do ano

    A companhia inaugurou 14 novas lojas, sendo 7 em SC, 4 no RS, 2 no PR e 1 em SP, com foco dessas expansões para regiões fora do centro e das capitais. Com isso, a farmacêutica finaliza o trimestre com um parque de 565 lojas, com uma expansão de +7,2% a/a. Vale considerar que com as novas aberturas, a companhia atingiu ~30% do seu portfólio em estágios de maturação – o maior na história.

    A Panvel tem demonstrado certa robustez na execução do seu plano de aberturas, dada a consistência dos números apresentados. Frente a uma boa posição de caixa e tal histórico, não esperamos nenhuma dificuldade para o atingimento do guidance estipulado em 60 novas lojas em 2023.

    No cenário competitivo, as estratégias endereçadas pela farmacêutica têm trazido resultados. No trimestre, a Panvel alcançou um market-share de 11,7% na Região Sul, com ganhos de +20 bps vs. 1T22, marcando o 13º trimestre de aumento consecutivo. Além da boa penetração atingida nas regiões (20,7% no RS, 6,0% em SC e 5,7% no PR), a companhia ganhou share em todas as categorias de medicamentos com destaque para genéricos, com 8,4% de penetração na Região Sul (+50 bps a/a).

    Dentro do digital, a companhia atingiu uma participação de 17,9% na receita bruta do varejo – o maior nível dentre as listadas. Um gatilho que nos despertou o interesse é referente a última milha da Panvel, no qual cerca de 47% das 480 mil entregas realizadas no 1T22 foram feitas em até 60 minutos – um feito que aumenta o NPS e recorrência da marca além de gerar incrementos de LTV na jornada desse cliente.

    Dito isso, a companhia reportou uma receita bruta consolidada de R$ 1,1b (+14,1 a/a), mesmo com uma forte base comparativa com os avanços da variante Ômicron em jan/22. A expansão é derivada da expansão no parque de lojas (+7,2% a/a) e do reajuste CMED 2022 de 10,89% – acima das médias históricas -, provocando um bom desempenho tanto do SSS como do MSSS, que cresceram 10% e 6,2%, respectivamente, acima da inflação do período.

    Melhor mix de vendas beneficia queda nas vendas de produto covid

    O lucro bruto consolidado foi de R$ 314m (+13,9% a/a). Já o lucro bruto das operações de varejo foi de R$ 300m (+14,9% a/a), com expansão de +20 bps na margem para 30%.

    A expansão de margem é explicada pela melhora do mix de vendas da companhia, com destaques para as categorias de Higiene & Beleza e Genéricos, que aumentaram sua participação em +3,4 p.p. e +0,6 p.p., respectivamente. Esse efeito positivo gerado pelo mix mais do que compensa o impacto ocasionado pela queda nas vendas de produtos derivados à covid.

    Carrego de MB + diluição em vendas = ganho de rentabilidade

    O management da Panvel vem reforçando que uma de suas grandes prioridades para o ano, é a redução das despesas com vendas e tal compromisso tem gerado resultados. Em 2020, a companhia iniciou um robusto ciclo de investimentos vs. seu histórico, em expansão e em CDs. Já começamos a ver os frutos desses ganhos de produtividade, com as despesas com vendas sendo diluídas em 0,5 p.p. nesse trimestre.

    Já dentro do G&A, vimos as despesas se mantem estáveis, mesmo em um ambiente inflacionário, se traduzindo em ganho de eficiência operacional.

    Com o carrego positivo de margem bruta da operação de varejo somados a diluição gerada em SG&A, vimos a companhia reportar um EBITDA consolidado ajustado de R$ 50m (+25,9% a/a) e uma margem de 4,5% (+40 bps a/a).

    IR/CSLL gera pressão na margem líquida

    O nível de endividamento bruto da companhia subiu ano contra ano, saindo de uma alavancagem de 0,3x Div. Líq. / EBITDA LTM para 0,8x nesse trimestre, reflexo de um efeito sazonal. Contudo, a Panvel já direcionou que espera que até o final do ano chegar em um patamar de endividamento abaixo de 0,4x.

    Com o atual patamar da taxa de juros e uma maior alavancagem a/a, vimos a farmacêutica expandir seu resultado financeiro em +258% a/a.

    Na linha de IR/CSLL, tivemos um não recorrente (reconhecimento de créditos tributários na ordem de R$ 6,2m), que impactou positivamente o 1T22 da companhia. Logo, a linha trouxe um impacto negativo a/a de 0,6 p.p., deixando o lucro líquido ajustado em R$ 22,6m (-11,5% a/a) e uma margem de 2% vs. 2,6% no 1T22.

    O ciclo de caixa da companhia subiu em +2 dias para 78 dias, reflexo da queda de -14 dias em fornecedores e -12 dias em estoques.

    A Panvel teve um menor consumo de caixa livre do que o registrado no 1T22, com uma queda anual de -33%, passando de -R$ 111m para -R$ 75m.

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