Conclusão
Seguimos com a recomendação de MANTER para BRAV3. A Brava renovou o recorde de produção diária total bruta, alcançando a marca de 88,6kboed, um aumento de +8%, comparativamente ao mês de Abril/25 (veja nosso relatório anterior: Brava (BRAV3) | Dados de Produção Abril/25 – O Recorde de Produção!). Em maio, a performance continuou positiva dada a evolução no segmento offshore da companhia, atual foco da Brava no ramp-up de sua produção. Relembramos que os dois ativos responsáveis por essa performance são: (i) Atlanta e (ii) Papa-Terra. No ativo Atlanta, o maior nível de produção foi atingido desde o início da operação no campo. Já em Papa-Terra, a produção atingiu seu melhor desempenho desde setembro/21.
Nossa recomendação de MANTER permanece. A melhora operacional já está contratada pela companhia, com a meta da diretoria em alcançar os 100kboed até o final de 2026. Vale ressaltar que, durante a última teleconferência (referente aos resultados do 1T25), a companhia detalhou a expectativa de um pico na produção de Atlanta e, em seguida, um natural declínio ainda em 2025. Portanto, não seria estranho observamos uma queda de produtividade no 2° semestre para o ativo de maior destaque da companhia. Tal produtividade deverá ser revertida em 2026 – veja mais detalhes em: BRAVA (BRAV3) | Detalhes da Teleconferência 1T25! – Foco na Geração de Caixa!. Dito isso, entendemos que o cenário de preços do Brent ainda é delicado. Se por um lado os preços tendem a seguir os patamares atuais (US$60-65), o mercado tem se protegido tanto para altas quanto para baixas bruscas (leia mais sobre em: Petróleo & Gás | Entendendo as Estruturas de Oferta & Demanda do Preço do Petróleo!). Observamos cases mais defensivos financeiramente dentro do setor, enquanto o principal gatilho de destravamento de valor para a companhia deve estar calcado exatamente na expectativa de materialização de uma geração de caixa positiva.
Os Fatos
Sobre a Produção da Brava Energia de Maio/2025. Em maio, a companhia produziu 88,6kboed, seu mais novo recorde de produção (anteriormente alcançado em Abril/2025). Os destaques do mês são ainda mais evidentes para o portfólio offshore: Atlanta e Papa-Terra.
Ativo por Ativo (Participação Brava)
Atlanta. A produção total foi de 30,1kboed em maio/25, +14% acima da produção de abril/25. O FPSO Atlanta continua apresentando eficiência operacional acima do previsto em dezembro/24. A conexão dos poços 2H e 3H continuam em curso, com previsão de conclusão entre final de junho e início de julho. Com a conclusão desses poços, o ativo operará seis poços.
Papa-Terra. A produção total foi de 12,2kboed em maio/25, um crescimento de +7% em relação a abril/25. Aqui, o desempenho continuou a apresentar um significativo ramp-up especialmente em óleo, com o acréscimo de ~762 barris na média diária nesse segmento. Esse aumento compensou a queda marginal em gás (uma diferença de -24boe/d).
Manati. Nesse ativo, a produção foi retomada pelo operador. No mês de maio, a produção diária de gás foi de 1,1kboed. A companhia também divulgou que houve um acréscimo na média diária de produção, alcançando 2,9kboed nos últimos 10 dias, um aumento de +2,6x em relação a média do mês de maio/25.
Potiguar. A produção foi de 25,2kboed em maio/25, um incremento de ~3% em comparação ao mês anterior. Aqui, o ativo não apresentou significativas variações, conseguindo apresentar um crescimento tanto em óleo (+3% m/m) quanto em gás (+5% m/m).
Recôncavo. A produção foi de 9,3kboed em maio/25, uma queda marginal de -1% m/m. O ativo registrou uma queda de -4% m/m no segmento de óleo e uma estabilidade na produção de gás.
