A Ambev (ABEV3) e a Petz (PETZ3) ambas reportam seus resultados na próxima quinta-feira (05/05), e preparamos este relatório com as nossas expectativas para os números de cada empresa em relação às expectativas de mercado com uma análise sobre cada empresa. No geral, seguimos otimistas com a Petz e mais conservadores com a Ambev, devido ao cenário macroeconomico mais desafiador.
Ambev
Observando o trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos ver um pequeno aumento de receita de 8,3% por conta de uma base comparativa fraca. Mesmo assim, consideramos isso um fraco crescimento. Enxergamos também um EBITDA estável na comparação a/a, chegando em R$ 5,4 bi e traduzindo em uma redução de margem EBITDA de -2,5 p.p., chegando a 29,5% no 1T22. Estamos mais pessimistas em relação ao mercado pois acreditamos que a pressão nos custos de produção da empresa (principalmente trigo, cevada e alumínio) deve seguir tendo forte impacto no balanço, dado que os preços dessas commodities seguem em patamares bastante elevados. Além disso, o dólar permaneceu alto em relação ao real no trimestre, e a inflação no Brasil segue pressionando o poder de compra dos consumidores. Para suas divisões fora do Brasil, esperamos que a LAS (América Latina do Sul) tenha uma melhora por conta de uma melhora geral no cenário dos países de atuação. Para o Canadá e CAC (América Central e Caribe), os resultados devem permanecer estáveis, sem muito alteração. Esses fatores nos levam a ter uma perspectiva mais conservadora para a maior cervejaria do Brasil, pois os desafios devem permanecer no curto prazo e pensando no médio/longo prazo o cenário continua bastante incerto na nossa visão.
Petz
Sem surpresas nesse trimestre. Temos uma perspectiva em linha com o mercado pois não acreditamos que haverá surpresas para a companhia no trimestre, nem para o lado positivo e nem para o negativo. Contudo, isso é algo para ser otimista na nossa visão, pois a Petz continua entregando o que ela promete: crescimento tanto orgânico quanto através de aquisições, enquanto ela mantém um balanço saudável e entrega valor aos seus acionistas. A empresa anunciou distribuição de dividendos de R$ 10 mi, equivalente a R$ 0,023 por ação recentemente – apesar de ainda ser um número relativamente pequeno, a tendência é que esse valor aumento com o tempo. Para o trimestre, o EBITDA que projetamos de R$ 101 mi corresponde a um aumento de mais de 100% a/a, além de expansão de margem EBITDA atingindo o patamar de 14,4% no trimestre. No curto prazo, estamos cautelosos com a companhia, porém acreditamos na sua capacidade de se tornar uma gigante no setor pensando em um prazo mais longo.