Conclusão
Seguimos com recomendação de COMPRAR para a PRIO3. Essencialmente, a emissão da licença prévia para a interligação do campo de Wahoo e Frade representam muito para tese da empresa tendo em vista toda a dificuldade para obtenção de licenças ambientais no último ano. Acreditamos que o licenciamento foi obtido em prazo razoável tendo em vista o que foi anunciado. Resta acompanhar os próximo passos até entrada operacional do ativo até o final de 2025 – o que julgamos muito interessantes tendo em vista todos os entraves que o case atravessou.
Os fatos
Via fato relevante, a Prio anunciou a emissão por parte do IBAMA o licenciamento prévio do Sistema de Desenvolvimento e Produção do Campo de Wahoo e interligação ao FPSO de Frade. Ainda de acordo com o fato relevante, a “Companhia dará continuidade ao processo para a emissão da Licença de Instalação (“LI”), necessária para iniciar a construção submarina e interligação do campo ao FPSO Frade e manterá o mercado informado acerca do cronograma do projeto assim que obtiver a LI.” Ou seja: a empresa atingiu um importante marco na execução do seu plano de negócios tendo em vista a relevância da produção esperada do Ativo vs produção atual da empresa. Para além da produção em si, é importante mencionar dois pontos relevantes para tese: I) a emissão dessa licença acontece em linha com as expectativas anunciadas pela empresa em sua última teleconferência e II) o lifting cost (custo de extração) do campo de Wahoo será de apenas US$1/barril, tendo em vista a sua produção dentro de um cluster que já se encontra em operacional (FPSO Frade + Wahoo)
O contexto: a tese da PRIO está muito relacionada ao seu crescimento em termos de volume de produção da operação dos seus ativos. Desde a greve do IBAMA, a empresa passou a apresentar atrasos na entrada da operação de seus projetos ou workovers no redesenvolvimento dos seus ativos que já estão em operação. Tendo em vista a relevância de Wahoo vs o atual porte da empresa e toda a dificuldade na obtenção de licenças ambientais no último ano, a emissão desse licenciamento era algo esperado com certa ansiedade pelos investidores.
Fazendo o “check” nas caixinhas!
Escrevemos um breve relatório sobre os detalhes da teleconferência 1T25. Achamos interessante como o management mencionou uma série de eventos próximos do ponto de vista operacional que acabam por compor a tese da empresa para os próximos 12 meses. O documento em questão é o Prio (PRIO3) | Detalhes da Teleconferência 1T25! – Geração de Caixa 2026 é a cereja do bolo!. Essencialmente a empresa espera alcançar uma geração de caixa de c. US$3 bilhões/12 meses pós entrada operacional do campo de Wahoo e consolidação de 100% da aquisição de Peregrino. Tal valor representaria um rendimento de fluxo de caixa de c. 42% em relação ao atual valor de mercado da empresa – usando o guidance de US$60/barril para o brent (vs US$68 atualmente). Sendo assim, entendemos que a execução precisa ser acompanhada de perto para entendermos se a empresa está marcado “check” nos pontos anunciados pela empresa. Dos pontos que precisam ser acompanhados baseados no relatório marcado acima, citamos:
I) Produção 120k até Julho | Ainda NÃO! Resta saber o resultado dos workovers do campo de Tubarão Martelo.
II) Projeto Wahoo Produzindo até o final do ano | Licenciamento Ambiental nos faz ser otimistas com o prazo anunciado! Importante mencionar que o anuncio da aprovação do licenciamento
III) Aquisição de Peregrino | Ainda NÃO! Conclusão ainda é esperada apenas no 2º Semestre de 2026.
IV) Lifting Cost | Expectativa de cair para US$8 com entrada de Wahoo.
V) Geração de Caixa | Expectativa de geração de caixa de US$3 bi em 12 meses após o 2º semestre 2026.