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    Publicado em 11 de Outubro às 08:38:10

    Construtoras | Prévias operacionais: um bom dia para as construtoras

    Cury

    A Cury lançou 7 empreendimentos no 3T23, sendo 5 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro. O volume de lançamento alcançou R$ 806m (-29% t/t e -8% a/a), com um preço médio por unidade atingindo R$ 257k (-20% t/t e +2% a/a). A performance de vendas continua extremamente forte, com uma manutenção de VSO bem acima dos concorrentes, chegando a 41,5% (-3,9p.p. t/t e +1,2p.p. a/a) e influenciada pelo volume de vendas (%Cury) de R$ 874m (-23% t/t e +4% a/a), acima do próprio volume lançado. No mais, a Cury se movimentou para crescer seu banco de terrenos, aumentando o número de projetos dentro de casa para 68 (+7 t/t e -4 a/a) e sem exposição de capital significativa nas aquisições (que são feitas via permuta ou pagamento condicionado pela aprovação dos projetos), permitindo uma geração de caixa recorde de R$ 137m (~12% de yield anualizado).

    Nossa visão: A Cury continua a se destacar com uma operação extremamente eficiente, capaz de gerar caixa enquanto cresce e se prepara para surfar as melhorias do programa MCMV. Se anualizarmos as vendas deste trimestre ainda teríamos um crescimento de 12,5% vs. vendas de 2022, demonstrando que o trimestre foi forte, mesmo que mais fraco no comparativo trimestral. Além disso, a Cury está a caminho de conseguir ultrapassar os R$ 4,2b lançados até o final do ano, que representaria um crescimento de mais de 27% a/a. No geral, gostamos dos números operacionais do trimestre, que seguem fortes e damos bastante valor para o crescimento do landbank, sinalizando mais crescimento à frente.

    Tenda

    A Tenda lançou 18 empreendimentos no trimestre, dos quais 9 serão desenvolvidos pela Alea. No total, os lançamentos alcançaram R$ 881m (-9% t/t e +134% a/a) no trimestre que marcou o fim da restrição de lançamentos acordado com os debenturistas (limite de 15k unidades/ano). Deste total lançado, a Alea representa R$ 133m (+311% t/t), demarcando – na nossa visão – o início oficial das operações da Alea. As vendas totalizaram R$ 924m (+22% t/t e +80% a/a), dos quais R$ 51m da Alea. Este patamar de vendas implica em uma VSO consolidada de 30% (+4p.p. t/t e +9p.p. a/a), e uma VSO de Alea de 25%. Por fim, houve um aumento significativo do banco de terrenos da Alea, que passou a deter 43 empreendimentos dentro de casa (+9 t/t e +33 a/a) e indica o crescimento desta unidade de negócios.

    Nossa visão: Consideramos os números operacionais fortes, com retorno de uma VSO para um patamar elevado, que deve levar a Tenda a se aproximar de uma operação com turnover de ativo mais elevado, implicando em uma geração de caixa mais consistente (como vemos com a Cury) e capacidade de operar com um Patrimônio Líquido menor. Além disso, o desenvolvimento da marca Alea é um sinal positivo de aproveitamento dos investimentos já realizados na fábrica e aproximação do breakeven das operações (que deve ocorrer com 2,5k unidades/ano).

    Moura Dubeux

    A Moura Dubeux lançou 3 projetos no trimestre, sendo dois no modelo de condomínio e um em incorporação, com o início das operações da nova marca Mood. Os lançamentos totalizaram um VGV R$ 320m (-46% t/t e -18 a/a), sendo 80% condomínio e o restante incorporação. Mesmo com dois dos lançamentos feitos apenas em setembro, as vendas cresceram bem, atingindo R$ 408m (+16% t/t e +13% a/a), com vendas de mais de 23% do projeto Mood em apenas um mês. Com esse patamar de vendas, a VSO alcançou 18,9% (+2,7p.p. t/t e -3,7p.p. a/a), um patamar muito saudável para o segmento de média/alta renda. No trimestre, houve uma queima de caixa de R$ 52m, praticamente em linha com a queima de caixa do trimestre passado.

    Nossa visão: Consideramos os números fortes, com um desempenho muito bom de vendas dos lançamentos do trimestre. O VGV vendido superou novamente o VGV lançado, demonstrando que ainda há capacidade de crescimento dos lançamentos. Além disso, a queima de caixa veio dentro do esperado, seguindo a dinâmica do setor, de forma que devemos ver o endividamento ficando abaixo dos 15%. Ainda que não sendo uma métrica padrão, não pudemos deixar de notar que o EV/vendas líquidas é de 0,6x e está muito abaixo de 1x há mais de um ano.

    Direcional

    A Direcional lançou 15 projetos no trimestre, totalizando um VGV lançado (%Direcional) de R$ 1,26b (+16% t/t e +30% a/a), dos quais R$ 534m da marca Riva e R$ 725m da marca Direcional. As vendas também cresceram, chegando a R$ 751m (+2% t/t e +10% a/a), sendo R$ 427m Riva e R$ 322m Direcional. Dessa forma, a VSO se manteve praticamente inalterada em 17% (vs. 18% no 2T23 e 19% no 3T22), mas que representou uma reversão na tendência natural da companhia, que costumava ter uma VSO Direcional mais alta do que a VSO Riva. Por fim, houve uma queima de caixa de R$ 51m, que pode ser explicada pelo aumento da participação de projetos Riva nos custos caixa, dado seu crescimento nos últimos trimestres.

    Nossa visão: vemos os números do trimestre como positivos, com um adendo para a VSO da operação do MCMV, que foi de apenas 15%, caindo 2p.p. t/t. As operações da Riva estão excelentes, dado seus lançamentos em regiões da zona oeste de São Paulo (Do It), compensando a desaceleração da marca Direcional.

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