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    Publicado em 11 de Novembro às 00:39:22

    Itaú (ITUB4) | Resultado 3T22: Segue o líder da consistência de rentabilidade e crescimento

    O Itaú reportou mais um consistente resultado neste trimestre, com bom crescimento de lucro e alta rentabilidade. Com uma expansão de +5,2% t/t e +19,2% a/a, o lucro líquido recorrente alcançou R$ 8,08b, em linha com nossas estimativas de R$ R$ 8,14b e também com a expectativa do mercado de R$ 8,021b. Contrastando com a queda de rentabilidade vista no 3T22 de Santander e Bradesco, o ROE de Itaú continuou consistente com os últimos trimestres, alcançando 21,0%, uma pequena melhora de +0,18 pp t/t e +1,3 pp a/a.

    O bom resultado do Itaú foi impulsionado principalmente pelo crescimento da Margem Financeira (NII) de +5,6% t/t e +22,5% a/a, bem acima do que o crescimento da carteira, mitigando o aumento das provisões para fazer frente a piora do ciclo de crédito. Do lado um pouco mais negativo, a receita com prestação de serviços não cresceu t/t (-0,8%), porém com aumento de 3,4% a/a.

    As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) apresentou um aumento de +5,9% t/t e +49,8% a/a, atingindo a marca de R$ 8,3b. O forte aumento da PDD é explicado pelo cenário macroeconômico desafiador que impacta negativamente nos negócios de varejo (pessoas físicas e micro/pequenas e médias empresas), principalmente no segmento baixa renda. Somado a isso, houve também um incremento de provisões na carteira da América Latina vindo do Chile.

    Apesar do bom trimestre, o banco manteve o guidance de 2022. Na nossa avalição, o resultado do 3T22 foi positivo, reforçando o bom momento do banco que deve se estender para 2023. Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de COMPRA com preço alvo de R$ 34,00.

    Crédito: Em crescimento

    A carteira de crédito (visão Bacen) cresceu +2,5% t/t e +14,7% a/a, alcançando R$ 880,3b, impulsionada principalmente pela pessoa física que subiu +3,4% t/t e +27,0% a/a. O crescimento t/t deste segmento foi puxado por: (i) crédito pessoal, (ii) crédito imobiliário e (iii) crédito consignado.

    Margem Financeira (NII): Continua crescendo

    A Margem Financeira de Juros (NII) continuou o bom desempenho de crescimento, diferentemente de Bradesco e Santander. Dividido em duas frentes (i) NII Clientes e (ii) NII Mercado (tesouraria), o NII alcançou R$ 23,90b, crescendo 5,6% t/t e 22,5%  a/a.

    O NII Clientes apresentou um bom resultado chegando a um valor de R$ 23,39b, um aumento de +6,4% t/t, +33,0% a/a e em linha com nossas estimativas de R$ 22,8b. Esta linha foi impulsionada principalmente pelo maior volume médio de crédito e pela maior quantidade de dias corridos no trimestre, além do aumento da margem na América Latina.

    O NII Mercado reportou um valor de R$ 516m, apresentando uma queda de -20,6% t/t e -73,2% a/a. O resultado veio abaixo das nossas expectativas (R$ 650m), sendo puxado por menores ganhos na tesouraria da América Latina.

    Custo de Crédito: Varejo em sinal de alerta

    O Custo de Crédito aumentou 6% t/t e 53% a/a, atingindo R$ 7,99b. O banco continuou a consumir cobertura moderadamente no 3T22, com índice de 90 dias atingindo 215% (-3 pp t/t e -19 pp a/a), impactada principalmente pela redução na cobertura do segmento de varejo Brasil.

    A inadimplência de 90 dias continuou a subir moderadamente no 3T22 com um aumento de 0,08 pp t/t para 2,82%, sendo puxado principalmente por pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas. O segmento de grandes empresas permanece no menor nível da série histórica.

    Esperamos que o pico de inadimplência aconteça por volta do 4T22, apresentando melhoras gradual ao longo de 2023. Portanto, pode ser que ao longo do próximo ano já consigamos presenciar reduções nas provisões (PDD).

    Receitas de Prestação de Serviços/Seguros: Serviços deixou a desejar

    A receita de serviços e seguros, apresentou um resultado de R$ 12,25b, uma redução de -0,2% t/t e aumento de +5,9% a/a. O resultado mais fraco se deu principalmente por (i) Administração de Recursos que apresentou uma queda de -11,8% t/t e -7,9% a/a; e (ii) Assessoria Financeira e Corretagem (-16,5% t/t e -14,2% a/a).

    O resultado de seguros continua com bom desempenho, apresentando um crescimento de +4,0% t/t e +22,8% a/a, apresentando um valor final de R$ 1,84b, não sendo expressivo para fazer com que a linha de receitas fosse positiva.

    Ainda do lado positivo, as receitas com as atividades de emissão de cartões apresentaram uma alta de +8,7% t/t e +14,3% a/a.

    Despesas não Decorrentes de Juros: Sob controle

    As despesas não decorrentes de juros apresentaram um aumento de 4,7% t/t e 8,7% a/a. O crescimento nesta linha se deu principalmente pela despesa com pessoal, a qual apresentou um crescimento de +9,5% t/t e +9,9% a/a puxada principalmente pelo dissídio e abono salarial.

    As despesas administrativas ficaram de lado em relação ao tri passado (+0,7% t/t), sendo que o maior crescimento dentro dessa linha veio de marketing (+28,1% t/t e +25,1% a/a). No 3T22, 70% das contratações de produtos por pessoas físicas foram realizadas digitalmente, ajudando no controle dessas despesas viabilizadas pelo aprimoramento do autoatendimento do cliente.

    O Itaú conta atualmente com 100,4 mil colaboradores, apresentando um aumento de +0,4% t/t. De acordo com o banco, as novas contratações vieram da área de assessoria de investimentos e tecnologia.

    Capital: Lucro crescente ajudou reforçar o capital

    O índice de capital nível 1 do Itaú melhorou em +0,6 pp t/t e +0,3 pp a/a, atingindo 13,2%, impulsionado principalmente pela forte geração de lucro do banco.

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