MOVIDA

    Ações > Transporte > MOVIDA > Relatório > Movida (MOVI3) | 4T21: Resultado robusto e novos recordes de rentabilidade.

    Publicado em 22 de Fevereiro às 15:45:25

    Movida (MOVI3) | 4T21: Resultado robusto e novos recordes de rentabilidade.

    A Movida surpreendeu mais uma vez o mercado com números muito fortes no 4T21. A incorporação completa dos ativos da CS Frotas mais impactou positivamente o resultado do GTF, levando a empresa a apresentar recordes em alguns indicadores. O EBITDA recorde de R$ 777 milhões, que veio 13% acima das expectativa do mercado e 8% acima das nossas expectativas. No 4T21 o crescimento foi 154% na comparação anual e 27% trimestral, com a margem EBITDA Ajustada passando de 38,9% no 3T21 para 44,6% no 4T21. Já o lucro líquido atingiu novo recorde, R$ 276,7 milhões, em linha com as projeções do mercado. A margem líquida de 15,9% foi inferior aos 16,5% reportado no 3T21 e superior aos 14,4% reportados no 4T20. Destaque para locação, RAC e GTF somados cresceram 86% a/a

    Vale destacar dois pontos em relação à melhora de margens:

    1. os ganhos de escala ao longo de 2021 devido aos volumes fortes, que possibilitaram a diluição de despesas gerais e administrativas, e
    2. o reconhecimento de R$ 18 milhões em créditos tributários do PIS/COFINS. As novas regras de contabilização da vida útil de veículos no RAC e GTF seguirão e devem impactar positivamente os próximos resultado.

    Operacional

    apesar da dificuldade na oferta de veículos 0 km em 2021, a empresa conseguiu aumentar sua frota. Comprovando que a estratégia de vender carros logo no início da pandemia e retomar as compras antecipadamente foi assertiva. A frota total atingiu 187 mil carros em 2021, crescimento de 58,1% em relação a 2020 – adição líquida de 68 mil carros quando comparado a 2020, considerando a incorporação da CS Frotas.

    RAC

    a adição de frota foi muito superior à vista no trimestre passado, finalizando o ano com 90.671 carros vs 79.888 no 3T21. Além disso, destacamos a evolução de 27% na diária média que atingiu R$ 119 no 4T21. A demanda seguiu aquecida, especialmente vinda de pessoas físicas para locações na alta temporada.

    GTF

    A frota aumentou de 47 mil carros para mais de 96 mil de 2020 para 2021, em função da incorporação da CS Frotas, cuja frota foi adicionada a partir do mês de agosto/21 e da adição de carros no final de dezembro/21. O foco da empresa na expansão do GTF ajuda a garantir previsibilidade nos seus resultados, já que essa divisão é responsável pelo aluguel de longa duração. Ticket médio mensal atingiu R$ 1,6 mil expansão de 12% ano a ano e 30,0% no 4T21 versus o 4T20 devido ao reajuste de contratos vigentes.

    Seminovos

    A empresa aproveitou a alta temporada e as tarifas elevadas do período para vender -14,0% menos carros do que no tri anterior, porém, o aumento de 11,4% no ticket médio dos veículos vendidos em relação ao trimestre anterior manteve a receita líquida do segmento em patamares elevados. O EBITDA de R$ 181,6 milhões foi 216,4% superior ao do 4T20 e -3,0% inferior ao do 3T21.

    Consolidado

    A despesa financeira quase cresceu 56,8% frente ao trimestre passado, em decorrência do aumento da taxa de juros, de 4,25% em fev/21 para 9,25% em dez/21. Também contribuíram para esse aumento, as novas captações da empresa.

    Acreditamos que a subida nos preços médios dos veículos é estrutural e não devemos ver uma queda no futuro. A valorização do último ano, segundo a FIPE em média de 16%, ajuda a proteger a companhia contra os aumentos de juros. Na nossa visão o alongamento da dívida feito em 2021, a posição de caixa de R$ 5,5 bilhões, a maior exposição ao GTF, o novo patamar de tarifas devido ao mix mais premium, colocam a empresa em uma posição mais resiliente mesmo com o nível de alavancagem próximo à 3,0x Div.Líq./EBITDA, o que consideramos aceitável.

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir