Sobre a Produção da PRIO de Abr/2024: Julgamos os dados como NEGATIVOS para tese. Apesar da ligeira melhora em relação ao mês anterior, Prio segue entregando uma produção média diária muito aquém do seu potencial. A produção diária do mês foi de 71,7k bpde (vs 67,6k em Julho/24 e 101k bpde em Dez/23). Como principais motivos para produção ainda abaixo do recorrente nos 1T24-2T24 (88,3k-89,9k bpde), citamos: I) manutenção programada no campo de Frade, já finalizada, II) parada em três poços do Cluster Polvo+TBMT devido a um problema na bomba centrífuga. Pelo menos um deles já iníciou o workover e deve retormar a sua produção ainda em setembro. Os demais seguem esperando a aprovação do Ibama (que finalmente já acabou com a sua greve, importante mencionar) e III) Albacora Leste: queda na produção devido a uma falha no compressor de gás e o seu funcionamento deve ser retomado na primeira semana de setembro. A venda de óleo nos meses de Julho/Agosto foi de 2,7 milhões de barris (vs 8,5 milhões ao longo do 2T24). Sendo assim, acreditamos que o resultado do 3T24 não vá ser tão bonito de ser visto em comparação com o 1S24, principalmente se o preço do brent se estabilizar nos patamares atuais.
A grande ansiedade. Em nossa interpretação, o principal gatilho de valor para o case da empresa segue dizendo respeito a entrada comercial do campo de Wahoo. De acordo com guidance da empresa, a produção deve começar entre 6-7 meses desde o ínício da produção. Sendo assim, com a aprovação da licença ambiental de Wahoo (esperada para setembro/24), acreditamos que até 2T25 a produção de Wahoo já deva ter começado. De acordo com as nossas estimativas, PRIO3 negocia apenas 2,2x EV/EBITDA 25 (ou seja, considerando a entrada de Wahoo), fazendo com que sigamos comprados no papel.