Sobre a Produção da PRIO de Junho/2024. Julgamos os dados como negativos para tese, ainda que em patamares amplamente esperados. A empresa reportou uma produção de 88,2k bpde em Jun/24, uma ligeira queda vs Maio/24, quando a produção alcançou 88,7k bpde. Como mencionamos em nossos documentos pregressos, após produzir mais de 100k bpde em dezembro/23, a produção da empresa declinou devido a problemas técnicos em seus campos. No caso de Tubarão Martelo, a produção foi impactada devido a uma falha da bomba centrífuga submersa. No caso de Frade, um dos poços do ativo está parado. Por enquanto, tais ativos tem um desafio em comum: ambos precisam da anuência do Ibama para retomada de suas produções e processos workover/revitalização. Sendo assim, os dados publicados não trazem necessariamente nenhuma novidade para tese da empresa e achamos pouco provável que tal notícia tenha espaço para fazer preço nas cotações da empresa.
O que devemos esperar? O grande gatilho de valor de curto prazo para a empresa está relacionado ao fim da greve do Ibama e a respectiva emissão das licenças para retomada de revitalização não apenas dos ativos operativos, mas também das licenças de Wahoo. De acordo com as nossas estimativas, PRIO3 negociando a apenas 2x EV/EBITDA 25E e com uma geração de caixa livre 25E/valor de mercado de c. 25% (ja contemplando a entrada comercial de Wahoo) sob premissas muito conservadoras (brent US$69 e USD/BRL R$5,10). Sendo assim, seguimos como compradores no case e achamos que os recentes acontecimentos devem ser superados em breve.
