Em geral os resultados vieram em linha com os estimados pela Genial. A receita líquida de R$ 6,47 bi no trimestre teve um crescimento duplo-dígito de 16,5% a.a. E a companhia de fato reportou uma queda de margem EBITDA e líquida, de -0,84 p.p. e -1,15 p.p, em decorrência dos efeitos inflacionários e dos investimentos em novas tecnologias e outras iniciativas que darão sustentabilidade à nova ambição de negócios da companhia. Entretanto, o impacto negativo que esperávamos na margem líquida e na margem de contribuição foram menores que o estimado, frente aos ganhos de margem bruta com o reajuste da CMED acima da média histórica e os ganhos do AVP. O lucro líquido ajustado do trimestre encerrou em R$ 204 milhões, uma queda de 4,3% a/a, acima das expectativas. Caso não fosse considerado ajustes o lucro líquido teria sido de R$ 187,1 milhão e também teria ficado dentro das nossas estimativas.
Apesar do mercado ter estimado em certa medida uma receita líquida próximo ao reportado, destoou significativamente em termos de EBITDA e margem EBITDA, que fecharam em R$ 448 milhões e 6,5%, uma diferença de 32,4% e -3,5 p.p. do estimado pelo mercado. O lucro líquido ajustado também ficou acima do consenso de mercado.
No ano a companhia teve um bom desempenho, com crescimento de +20% na receita bruta, +30% no ebitda, +35% no lucro líquido. O destaque fica para a expansão de 0,7 p.p. na margem de contribuição.
A nossa perspectiva é que a companhia ainda continuará fazendo uma boa execução na abertura de novas lojas. O mercado não tem dúvidas disso. Mas o grande valor/incerteza virá no longo prazo relativo ao desafio de desenvolvimento da plataforma digital. O grande desafio é se os investimentos em TI e em infraestrutura, que serão mais agressivos em 2022, serão recompensados em termos de retorno. Em termos de F&A, por meio da RD Ventures esperamos que a companhia continue fazendo pequenas aquisições ou investindo em empresas que serão sinergéticas para a operação digital. Só neste trimestre foram 3 empresas adquiridas.
Dado esse cenário, inda continuamos com o nosso TP de R$ 26,50 e seguimos com a nossa recomendação de manter a ação.
Abertura de lojas: 240 no ano, 86 no tri.
Conforme estimávamos, o guidance de abertura de 240 lojas estipulado para o ano de 2021 foi realizado. Foram 86 aberturas no tri, que levaram a companhia aos mercados do Acre, Rondônia e Roraima, completando assim a sua presença nos 26 estados brasileiros e DF.
Para os próximos anos, de 2022 a 2024, esperamos o aumento no número de lojas abertas por ano passando de 240 lojas para 260 lojas, com foco em pequenas cidades mantendo a diversificação geográfica e demográfica.
- Expansão do market share no contra ano, com evolução de 0,3 p.p. atingindo 14,2%. O destaque fica para o Norte, com alta de 0,6 p.p.
Digitalização da Saúde
A penetração dos canais digitais de 9,2% manteve-se constante em relação ao tri passado, representando um crescimento de 1,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, conseguiu evoluir na expansão do marketplace (300 sellers e 80k SKUs) e no número de downloads acumulados de app, que já chega atingir 15,9 milhões de clientes, um total de 37,8% frente ao número total de clientes ativos.
Perspectivas e Metas para 2022:
- Fortalecer e Escalar o Marketplace
- Acelerar a digitalização trabalhada em 3 pontos: NPS digital, logística e programas de fidelidade.
- Avançar com a Vitat
- Transformar a infraestrutura tecnológica
- Evoluir para um Cultura Digital