Alterando recomendação. Estamos alterando a nossa recomendação de TAESA (TAEE11) de VENDER para MANTER. De acordo com as nossas estimativas, vemos as ações a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno Implícita de 8,5% em termos reais, nível em que a ação começa a negociar com algum prêmio em relação ao rendimento real das Notas do Tesouro Nacional de 30 anos em termos reais, em aproximadamente 6%. Além disso, a empresa começa a negociar com algum potencial de retorno em relação ao nosso preço-alvo + estimativa de rendimento de dividendos para 2023E depois das ações ficarem um bom tempo na casa dos R$40-44/unit – níveis esses que passamos a considerar muito descolados dos fundamentos da empresa.
Mas o que aconteceu? Em nossa leitura, essa realização nos preços da TAEE11 está relacionada a alguns fatores, como: I) aumento na taxa de juros (SELIC), que trás um impacto negativo ao resultado financeiro da empresa – vale lembrar que TAESA é a transmissora que opera com o maior endividamento em comparação com Alupar/Transmissão Paulista, II) prazo de concessões curtas e III) aquisição de novos lotes com alto deságio, nos fazendo acreditar que o processo extensão do prazo médio das concessões da empresa vá ser bem desafiador tendo em vista os retornos mais apertados por novas concessões.
Desgostamos da empresa? Do ponto de vista qualitativo, nunca desgostamos da empresa. TAESA é uma empresa sólida, grande track-record na execução de projetos de transmissão e generosa pagadora de dividendos. Por enquanto, preferimos outros nomes no setor por considerar, como Alupar e Eletrobrás.