Dentro das expectativas!
No resultado do 3T21 da TIM, os números foram bastante em linha com o esperado pela Genial e pelo consenso, sendo visto como positivo dada a conjuntura econômica e a resiliência do setor. A empresa apresentou um crescimento de receita líquida total impulsionado sobretudo pelos serviços móveis, que obteve aumento de 4,1% a.a e de 2,8% t.t alcançando R$ 4,1 b. Além disso, houve um aumento da base total de clientes móveis para 51,6 milhões (0,9% a.a e 0,5% t.t), com um crescimento da receita média por usuário (ARPU) do móvel em 4,4% a.a e 2,7% t.t. Seu EBITDA foi de R$ 2,17 b obtendo uma margem de 48,0%.
Vale ressaltar que a base de clientes tanto do pré quanto do pós se expandiram, com destaque para os serviços pré que tiveram adições líquidas positivas (mais pessoas entraram no plano do que saíram), tendo forte correlação com a situação macroeconômica, na qual, em momentos de pressão inflacionária acabam tornando mais propensos a adesão de pessoas a planos mais flexíveis e baratos, como os pré-pagos. Ao mesmo tempo, o período de transição da venda de 51% da FiberCo para IHS e a não entrada em novos municípios para expansão de fibra óptica acabaram minimizando o crescimento dos serviços fixos, enquanto o desempenho fraco da parte de produtos foi afetado principalmente pela escassez de chips relacionado à falta de silício.
A receita total divulgada foi pouco menor do que a estimada, refletida pelo crescimento superior da base de clientes pré em relação a do pós, o que resulta em números inferiores haja visto o ticket médio (ARPU) mais baixo dos serviços pré frente aos pós. Os custos também foram pouco superiores aos esperados impactados pelo aumento com custo com pessoal (principalmente devido à inflação) e de comercialização relacionado à atividade comercial mais intensa frente ao 2T20. Mesmo assim, a margem EBITDA continua a melhorar atingindo o patamar de 48,0%.
Pontos Positivos
- Receita Líquida Total alcançando os R$ 4,5 b representando um aumento de 2,8% a.a e 2,4% t.t, relacionado ao aumento da base de clientes que alcançou 51,6 milhões no 3T21;
- Adições líquidas positivas tanto na base de clientes pré (+0,2% t.t) quanto pós (+1,0% t.t);
- ARPU móvel continua a expandir significando uma maior geração de valor por cliente, apresentando um crescimento de 2,7% t.t e 4,4% a.a, auxiliado principalmente pelo ARPU pós-pago que também aumentou (+1,5% a.a e +1,4% t.t);
- EBITDA atingindo R$ 2,17 b representando uma alta de 4,5% a.a e 3,1% t.t, garantindo uma margem EBITDA de 48,0% (+0,35 p.p frente ao 2T21 e +0,78 p.p comparado ao 3T20);
- A Plataforma de Clientes, um dos segmentos dos serviços móveis, garantiu R$ 38 milhões em receita através de parcerias comerciais e estratégicas, tendo um crescimento de 30% t.t sendo uma das grandes apostas para o futuro da TIM.
- Lucro líquido acima do esperado de R$ 0,474 b devido a normalizações, gerando uma margem líquida de 10,5%.
Pontos Negativos
- O crescimento dos clientes pré (+ 0,2% t.t) acabou afetando a ampliação do pós, agregando menos valor à receita e consequente menor ganho de margem que o esperado;
- A transição de 51% FiberCo para a IHS juntamente com a não-entrada em novos municípios para expansão de fibra óptica acabaram não gerando fortes números da parte fixa, que por sua vez cresceu apenas 1,3% t.t e 5.5% ao ano;
- A escassez de chips afetou negativamente o resultado de aparelhos e produtos da companhia, observando uma baixa de -28,3% a.a e 7,9% t.t.