Para entender melhor o contexto desse segundo dia do leilão, não deixe de acompanhar o resumo do primeiro dia aqui.
Mostrando para que vieram!
Esse segundo dia foi marcado por propostas mais brandas sem ofertas agressivas igual vimos em alguns casos no primeiro dia. A Claro e a Vivo participaram apenas das disputas pelos lotes do tipo G dominando a aquisição desses lotes que correspondem às faixas de 26 GHz nacionais, com blocos de 200 MHz e um prazo de 20 anos. A TIM, por sua vez, adquiriu a faixa de 26 GHz nacional porém de prazo de 10 anos através do lote I6 e obteve, também, lotes regionais do tipo H (prazo de 20 anos) e do lote J (prazo de 10 anos). Outro nome que apareceu durante o leilão foi a Algar que levou 5 lotes do tipo H. Em suma, bastante positivo sobretudo para a TIM que, por meio do leilão, buscou solucionar seus possíveis problemas com falta de espectro.
No lote tipo G, a Claro levou os lotes G1 (R$ 52,8m, ágio 0%) e G2 (R$ 52,8m, ágio 0%) nacionais, enquanto a Vivo levou os lotes G3, G4 e G5 todos com o mesmo valor de R$ 52,8m e ágio de 0%.
TIM e Algar dominando os lotes regionais
Nos lotes H que possuem prazo de 20 anos, os principais nomes da vez foram TIM e Algar. A TIM adquiriu os lotes H19 do Sul (R$ 8,0 m, ágio 6%), H25 do Sudeste exceto SP (R$ 11,0 m, ágio 9%) e H31 de SP (R$ 12,0 m, ágio 6%).
A Algar dominou os lotes dos setores 3, 22, 25 e 33, sendo eles: H37 (R$ 0,93m, ágio 15%), H38 (R$ 0,93m, ágio 15%), H39 (R$ 1,03m, ágio 27%), H40 (R$ 1,03m, ágio 27%) e H41 (R$ 1,40 m, ágio 71%).
Pegando sua fatia nacional
Como a TIM não adquiriu nenhum lote do tipo G, ela optou por participar dos lotes do tipo i cujos prazos são menores, de 10 anos. Dessa forma, foi a única companhia a arrematar lote nessa categoria, sendo o I6 com valor de R$ 27,0m e ágio de 2%.
TIM dominando lotes J!
A TIM reiterou sua posição em obter lotes regionais ao adquirir J20 (R$ 4,0m, ágio 6%), J26 (R$ 6,0m, ágio 18%) e J33 (R$ 6,0m, ágio 6%). Nessa faixa, a única surpresa foi a participação da Neko que obteve o lote J32 com um valor de R$ 6,0 m e ágio de 50%.
Conclusão do leilão
O leilão conseguiu arrecadar R$ 46,79 b, um ágio de R$ 4,79 b frente aos R$ 42,0 b ofertados. Cerca de 85% dos lotes foram arrematados, indicando forte interesse e sendo interpretado como um grande sucesso pelos responsáveis do leilão. Vimos o posicionamento das grandes companhias que se concentraram nos lotes nacionais e em alguns regionais, além da entrada de novos players dentro do segmento móvel. Isso demonstra a forte expectativa sobre as oportunidades que o 5G pode trazer, o que promete trazer maior dinamismo ao setor de telecomunicações ao mesmo tempo que busca cada vez mais se integrar junto a outros setores da economia.
Na sessão de perguntas à imprensa, tivemos o esclarecimento de alguns pontos importantes e até a perspectiva da própria Anatel. O edital do leilão previa que todo o ágio do leilão fosse para arcar as obrigações e compromissos vinculados aos lotes. Na visão de Emmanoel Campelo, um dos conselheiros, o leilão foi um sucesso absoluto e caso o montante do ágio ultrapasse os valores dos compromissos, o remanescente poderia ser adicionado ao tesouro nacional.
Outro ponto foi o das escolas públicas. De acordo com Abraão Balbino, o edital já está garantindo R$ 3,1 b para a conectividade de escolas públicas. Com o objetivo de dar conectividade a uma localidade similar a uma escola, o custo é em torno de R$ 1,0m, ou seja, com o valor garantido pelo edital cerca de 3000 escolas seriam beneficiadas pelo leilão.
Em atualização. (Mais updates serão adicionados conforme o decorrer da sessão).