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    Publicado em 19 de Julho às 17:23:32

    WEG (WEGE3) | 2T23: Trimestre positivo! Nunca aposte contra WEG…

    Fomos surpreendidos positivamente pelo resultado do 2T23 de WEG. Além de receitas crescentes tanto na comparação anual quanto na trimestral, também tivemos um aumento de margens e principalmente do ROIC, que finalizou o trimestre em 34,4%. Mesmo com o câmbio médio inferior em relação ao trimestre passado, a composição favorável do mix de produtos vendidos e o movimento de estabilização de custos ajudaram a contribuir para novas melhoras na margens operacionais. O resultado foi impulsionado principalmente por uma demanda ainda forte dos produtos de ciclo longo, principalmente T&D nos EUA e até mesmo Brasil. Outro ponto que nos chamou atenção foi o desempenho acima do esperado na Europa, com crescimento de 48% t/t, quase 29% acima das nossas estimativas.

    O resultado nos surpreendeu positivamente, com crescimento de receita em dólar acima do esperado, manutenção dos níveis de receita no mercado local, aumento das margens operacionais e ROIC crescendo 3,0 pp em relação ao 1T23. Esperávamos uma leve queda nas margens em relação ao 1T23 devido a um aumento nos preços de aço e cobre nos primeiros meses do ano, no entanto, isso não foi refletido nos resultados. A margem EBITDA da companhia subiu cerca de 0,5pp em relação ao primeiro trimestre, finalizando o 2T23 em 22,4% superando nossas expectativas em 1,5pp.

    Do lado operacional, destacamos o bom desempenho do segmento de T&D nos EUA e no Brasil. Acreditamos que ele deve perdurar até 2024 graças a boa carteira de pedidos. Lembramos que em nossa visita à fábrica de Betim, verificamos o alto nível de contratação e o alto número de ordens em execução. Também ressaltamos o bom desempenho de sua operação na Europa, que também contribuiu positivamente para o aumento das receitas em dólar (37,2% t/t e 48,4% a/a), puxado pelos negócios de geração. Com o enfraquecimento dos segmentos de motores comerciais e solar, esperamos um patamar de margens acima de 20% para 2023. O mix de produtos com maior representatividade de produtos de ciclo longo auxiliou no crescimento das margens operacionais.

    Quando olhamos para a figura do Caixa líquido (Caixa – Dívidas), o indicador cresceu R$ 410 milhões na comparação com o 1T23. Olhando para o fluxo de caixa, observamos que boa parte dos resultados operacionais foram destinados às amortizações de dívida, Capex e pagamentos de dividendos e JCP, resultando em um pequeno consumo de caixa (~R$ 187 milhões).

    Mercado Interno

    No mercado interno, destacamos principalmente a manutenção da demanda do segmento industrial, além da continuidade da demanda dos setores de óleo & gás, mineração e papel & celulose. A receita líquida reportada ficou 1,9% acima das nossas estimativas. Essa diferença pode ser atribuída a uma performance estável nas áreas de Eletroeletrônicos Industriais e Motores Comerciais, que ficaram 5,2% e 3,4% acima das nossas estimativas, respectivamente.

    Além disso, tivemos bom desempenho no segmento de GTD. Nesse quesito, gostaríamos de destacar o segmento de geração solar distribuída, que segundo a companhia, apesar de ter apresentado uma queda na demanda na comparação anual, algo que já era esperado dado o término da isenção fiscal de taxas de distribuição, apresentou evolução frente ao 1T23.

    Mercado Externo

    Já no mercado externo, assim como imaginávamos, boa parte da demanda no segmento de T&D segue forte, principalmente para projetos de energias renováveis. Assim como no Brasil, equipamentos de ciclo longo também seguem suportados por uma boa demanda voltada para projetos nos setores de óleo & gás e mineração.

    Análise Quantitativa

    O 2T23 totalizou R$ 8,17 bilhões de receita líquida (+13,7% a/a e +6,2% t/t), ficando 5,5% acima de nossas expectativas e em linha com as do mercado. O EBITDA somou R$ 1,83 bilhões (+45,9% a/a e +8,5% t/t), surpreendendo as nossas estimativas e a do mercado em 13% e 8,7%, respectivamente. Olhando para última linha do resultado, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 1,37 bilhões (+49,9% a/a e +4,7% t/t), também superando ambas as estimativas em aproximadamente 6%.

    Achamos que WEG deve continuar apesentando resultados fortes nos próximos trimestres, impulsionados principalmente por uma boa carteira de pedidos voltada para produtos de ciclo longo. Mantemos nossa recomendação de COMPRA com preço alvo de R$ 47,50.

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