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    Publicado em 03 de Agosto às 17:01:06

    3R Petroleum (RRRP3) | Dois Coelhos com uma cajadada! – Peroá & Emissão de Dívida!

    Conclusão. Em nossa leitura, os eventos anunciados são muito interessantes para a tese empresa à medida que, em nossa leitura, o grande desconto em termos de valuation tem em relação a outros ativos semelhantes na américa latina é fundamentado no fato da empresa ainda ser considerada “pré-operacional” (entre aspas mesmo por que não concordamos com essa afirmação ainda que seja isso que o nível de valuation da empresa nos indique). A dívida a ser emitida será usada no pagamento do Polo Potiguar – ativo este que representa quase 50% das reservas certificadas da empresa e que tem a sua conclusão esperada para Março/23. Além disso, a empresa também anunciou a conclusão do Polo Peroá na manhã de hoje. O ativo é um daqueles que estavam em transição e esperando a aprovação da ANP para sua conclusão. Nos atuais termos no momento da aquisição, Polo Peroá produz atualmente o equivalente a 5k bpd (vs. 12,2k bpd em junho/22 de toda a 3R Petroleum) e possui uma reserva P2 de 16,7 milhões de barris (c. 3,5% das reservas totais da empresa) – ou seja, é um passo importante, mas longe de ser representativo como deverá ser a conclusão do tão esperado Polo Potiguar. Atualmente, a empresa negocia a US$4,2 EV/P2 vs média de US$8 EV/P2 dos pares na america latina e, à medida que a consolidação de ativos segue nessa toada, a nossa impressão é que esse desconto tende a ir se fechando gradualmente. Vale lembrar que para além da mera obtenção do controle das operações, a 3R tem sido bem sucedida em conseguir resultados de curto prazo (aproximadamente 6-12 meses) na revitalização da produção dos polos aquiridos, fator esse que também deve contribuir para a interpretação de mitigação de risco de execução que o mercado tem pela empresa.

    Os fatos. Na noite de ontem e nesta manhã, a 3R divulgou dois fatos relevantes que consideramos muito interessantes para o case da 3R Petróleum. O primeiro, na noite de ontem, foi o anúncio da contratação da emissão de uma dívida de US$500 milhões. E o segundo, nesta manhã, foi o anúncio da conclusão da aquisição do Polo Peroá.

    Dívida. De acordo com a nota publicada, a emissão será de US$500 milhões e terá como objetivo a aquisição do Polo Potiguar – o ativo mais relevante da empresa, representando quase 50% da reserva provada da companhia. Achamos os termos razoáveis: o custo será de 6,25% + Taxa de Referência SOFR (taxa de juros publicada pelo Federal Reserve Bank de Nova York, sendo o custo médio dos empréstimos em dólares dos EUA com prazo de 1 dia), atualmente em 2,2%. Ou seja, o custo total seria de aproximadamente 8,5% ao ano – elevado, mas condizente com a atual realidade do mercado. O prazo para pagamento seria de 54-60 meses, que também consideramos apropriado tendo em vista o prazo de maturidade do projeto.

    Polo Peroá. A aprovação da transferência foi anunciada pela manhã, onde a empresa assumiu as operações do ativo desde o dia 02/agosto. Conforme já plenamente anunciado, o valor total da transação foi de US$55 milhões, sendo I) US$5 milhões na assinatura do contrato, II) US$8,07 milhões no dia do fechamento e III) US$42,5 milhões em pagamentos contingentes a depender do preço do petróleo nos próximos anos. Se considerarmos a fatia de 70% que 3R tem no ativo (DBO Energy detém os outros 30%), as reservas 2P são de 16,7 milhões de barris equivalentes (sendo 98% em gás natural), tal reserva representaria c. 3,5% do total de reservas 2P da 3R Petroleum. Já pela ótica da produção, o incremento se considerado a produção atual da empresa (c. 12k bpd em junho/22) deve ser incrementada em c. 5k bpd com a consolidação do Polo Peroá (763k m3/dia e 225 bpd).

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