3R PETROLEUM

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    Publicado em 05 de Abril às 18:51:29

    3R Petroleum (RRRP3) | Nova Certificação de Reservas Dez/2023!

    Conclusão. Em geral, podemos interpretar os dados como neutros. Do lado positivo, vemos o ligeiro incremento nos volumes recuperáveis esperados, derivados principalmente de maiores volumes em Papa-Terra, um ativo com muitos questionamentos relacionados ao seu redesenvolvimento. No lado negativo, observamos as curvas de produção esperada sendo deslocadas em praticamente um ano em relação a certificação publicada no ano passado. Além disso, apesar dos investimentos requeridos entre 2024-2030 terem apresentado ligeiro decréscimo, os investimentos no curto prazo foram incrementados. Sendo assim, sem considerarmos as demais variáveis contidas em nossas estimativas (preço de petróleo, o mais óbvio) o fluxo de caixa da empresa deve ser pressionado em relação as nossas estimativas atuais. É importante mencionar que ano passado tanto a produção já tinha sido postergada, como os investimentos para o ano seguinte (2023, no caso) já tinha sido incrementada. Destacamos também que a própria avaliação dos ativos feito pela certificadora dos ativos da 3R ficou em linha com a do ano passado: US$4,9 bilhões vs US$4,8 bilhões (Tx desconto de 15%, 2P). Sendo assim, vamos trabalhar na atualização das nossas estimativas e apropriar os números divulgados o quanto antes.

    O Fato. A empresa divulgou o relatório de reservas dos seus ativos operacionais (Macau, Rio Ventura, Fazenda Belém, Pescada, Peroá, Recôncavo, Duna e Papa-Terra) certificados pela consultoria Degolyer & Macnoughton com data-base de Dezembro de 2023. O certificado deve ser analisado sob os pontos tradicionais: I) volumes esperados, II) perfil das reservas (qual percentual das reservas são provadas e possuem pelo menos 90% de chance de serem recuperáveis), III) premissas de preços utilizadas para avaliação das reservas e IV) investimentos esperados e avaliação dos ativos.

    I) Volume de Reservas: Um pouco mais… mas só la na frente!

    Os volumes recuperáveis 2P sofreu um ligeiro incremento em relação a certificação anterior, alcançando 530 milhões de barris (vs 515 milhões de barris na certificação anterior), incremento de 2,9% a/a. O grande destaque do ano ficou com o Cluster da Bacia de Campo, que contém o ativo Papa-Terra. Queremos dar destaque aos números desse ativo devido a todo questionamento levantado após a produção claudicante do ativo ao longo de 2023. Em nossa leitura, o aumento dos volumes recuperáveis mostra a confiança da certificadora no ativo ao longo do tempo. Vale mencionar o grande potencial do ativo em relação a melhoria na sua taxa de recuperação ao longo dos próximos anos, tendo em vista a baixa taxa de recuperação dos volumes de óleo do ativo pelos seus antigo operadores.

    Assim como no ano anterior, a curva de produção foi deslocada para os anos seguintes: 51-68k bpde 24-25E vs 58-75k 24-25E na recertificação do ano anterior. Tal fato, naturalmente, tende a pressionar o fluxo de caixa da empresa no curto prazo.

    II) Perfil: Provadas (1P)/Prováveis (2P):

    A relação 1P/2P ficou praticamente estável em relação ao ano anterior. Não temos grandes comentários em relação a esse tópico.

    III) Premissas de Preços de Petróleo

    A certificação foi realizada com uma premissa de US$80-69 24-29E vs US$86-70 24-29E na curva atual. Achamos esse evento positivo por mostrar um ligeiro conservadorismo em relação aos preços praticados no mercado. A empresa pode, por exemplo, redesenvolver novos campos marginais em relação aos planos originais à medida que os preços de mercado se mantiverem nesse patamar.

    IV) Investimentos Esperados: Reperfilamento dos Investimentos!

    Assim como houve uma postergação nos volumes esperados de produção, os investimentos vão precisar ser maiores no curto prazo vs a certificação anterior, porém, ligeiramente inferiores ao longo do tempo em relação até 2030 (US$1,9 bilhões vs US$2,1 bilhões na certificação anterior). Como mencionado, ainda que o valor da empresa siga sendo preservado ao longo do tempo devido aos maiores volume e menores investimentos, no curto prazo, a menor produção somada a maiores investimentos tendem a pressionar o fluxo de caixa esperado.

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