Conclusão
Seguimos com a recomendação de MANTER para BRAV3. A Brava apresentou um recorde de produção diária total bruta de 81,8kboed, um aumento de +15%, comparativamente à média do primeiro trimestre do ano (1T25). A performance positiva está atrelada a (i) evolução da operação offshore, com a melhoria operacional sobretudo em Papa-Terra e (ii) os resultados preliminares dos poços 4H e 5H de Atlanta. Em Atlanta, portanto, o incremento da produção já reportado no mês, deverá ser maior nos próximos, com a captura do potencial máximo dos 4 poços (2H e 3H devem entrar em junho/25). Como citamos nos dados de produção do mês anterior (março/25), essa melhora já estava encomendada, com a companhia conseguindo materializar a eficiência de seus ativos. Portanto, Abril/25 já representa o primeiro dado mensal desse novo patamar alcançado pela Brava.
Ainda assim, permanecemos com a recomendação de MANTER. Reconhecemos a melhora operacional da companhia, embora os dados da certificação de reserva (veja nossa análise em: Brava (BRAV3) | Certificação de Reservas 2025 – Finalmente!) tenham sido marginalmente negativos, em nossa visão. Acreditamos que o desafiador cenário macroeconômico ainda deve pautar boa parte da performance dos papéis do setor. Do início do ano pra cá, o preço do Brent já apresentou uma queda de aproximadamente -18%, e a tendência é de uma continuidade de preços mais baixos no curto e médio-prazo, ao menos (com barril no patamar de ~US$62). Além disso, entendemos que outras companhias no setor apresentam maiores gatilhos de valor e crescimento, com risco relativo menor (como é o caso de PRIO3).
Os Fatos
Sobre a Produção da Brava Energia de Abril/2025. Em abril, a companhia produziu 81,8kboed, seu recorde de produção. Os destaques do mês estão relacionados à (i) eficiência operacional de Atlanta; (ii) ganho de escala de Papa-Terra; (iii) atividades de integridade e recuperação em Potiguar e (iv) estabilidade operacional em Recôncavo. Ainda em Maio/25, a Brava espera a retomada da operação em Manati – o que também deverá gerar um incremento a produtividade.
Ativo por Ativo
Potiguar. A produção total foi de 24,4kboed em abril/25, estável em relação a março/25. A companhia está realizando (i) a implementação de projetos de reativação de poços e (ii) ampliação da injeção de vapor em campos de óleo pesado.
Recôncavo. A produção total foi de 9,5kboed, uma produção marginalmente negativa (-3%) em relação ao mês anterior. Aqui, o desempenho não apresentou novidades, permanecendo estável em relação ao mês anterior – continuidade operacional.
Papa-Terra. A produção foi de 11,4kboed em abril/25, um incremento de ~47% em comparação ao mês anterior. Em março/25, a companhia havia concluído a otimização do sistema de geração de energia. Com isso, o ativo entregou seu melhor mês em termos de produtividade, desde dezembro/2023.
Atlanta. A produção foi de 27,2kboed em abril/25, um incremento de ~38% em comparação ao mês anterior. A Brava realizou a conclusão dos poços 4H e 5H próximo da metade do mês (13/04), portanto, esse incremento ainda não capta totalmente o potencial máximo dos 4 poços em produção. Dessa forma, o crescimento de produção de Atlanta já está ‘contratado’. Além disso, (i) o FPSO continua com a eficiência operacional acima do esperado, como já comentado pela companhia em meses anteriores e (ii) os poços 2H e 3H devem entrar em junho/25.
